MEDICAMENTOS CONTRA A MALARIA
Trabalho Universitário: MEDICAMENTOS CONTRA A MALARIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 160664 • 5/5/2014 • 1.457 Palavras (6 Páginas) • 881 Visualizações
MEDICAMENTOS CONTRA A MALÁRIA
A quinina era o único tratamento eficaz contra a malária de meados do século 17 até metade do século 20. Em 1946, cientistas britânicos e norte-americanos testaram um medicamento contra a malária descoberto em 1934 por um pesquisador alemão. A cloroquina tornou-se o primeiro composto sintético utilizado no tratamento da malária. Desde então, outros medicamentos passaram a ser usados, além da quinina e a cloroquina, como a sulfadoxina-pirimetamina (mefloquina), o atovaquone-proguanil (Malarone) e a doxiciclina. O Fansidar é mais eficiente para pessoas com certa resistência à malária. O medicamento primaquina destrói os parasitas dormentes no fígado, para impedir recaídas. No entanto, causa sérias complicações e é usado raramente.
O parasita causador da doença e a região onde a pessoa foi infectada determinam qual medicamento deve ser usado para combater a doença. Em algumas regiões, o P. falciparum desenvolveu resistência a quase todos os outros medicamentos usados no combate à malária. Até agora, os derivados da artemisinina continuam eficazes. Houve relatos ocasionais sobre oP. falciparum resistente à artemisinina, recentemente. Algumas regiões relatam que oP. vivax é resistente a alguns medicamentos, incluindo a cloroquina e o Fansidar.
PREVENÇÃO
Os investigadores estão a trabalhar no sentido de criar uma vacina contra a malária. É possível que a vacinação se torne um instrumento importante para prevenir a malária no futuro.
Uma forma de prevenir a malária consiste em evitar as picadas de mosquito através das seguintes estratégias:
• Permanecer o mais possível dentro de casa em áreas bem protegidas, especialmente à noite, quando os mosquitos são mais ativos.
• Usar redes mosquiteiras e redes para as camas. É preferível tratar as redes com permetrina, um repelente de insetos.
• Usar vestuário que cobra a maior parte do corpo.
• Usar um repelente de insetos contendo DEET ou picaridina.
• Estes repelentes são aplicados diretamente na pele, exceto em redor da boca e dos olhos.
• Aplicar permetrina no vestuário.
A malária é tratada com medicamentos anti-maláricos e com medidas para controlar os sintomas, incluindo medicamentos para controlar a febre, medicamentos anti-epilépticos, quando necessário, soros e eletrólitos. O tipo de medicamentos que são usados para tratar a malária depende da gravidade da doença e da probabilidade de resistência à cloroquina.
As formas mais prevalentes do protozoário causador da malária são o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax. O Plasmodium falciparum causa a forma mais grave da malária, sendo responsável por elevadas taxas de morbidade e mortalidade no mundo, sobretudo em países tropicais.
Em função da gravidade da doença causada pelo Plasmodium falciparum, os programas relacionados a estratégias de controle e erradicação da malária focam-se principalmente neste parasita. Entretanto, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, coordena-da pelo Prof. Marcelo Urbano Ferreira, juntamente com o Instituto Gulbenkian de Ciências de Portugal, mostraram um alto índice de infecção por Plasmodium vivax e relataram a importância da inclusão desse parasita nos programas de erradicação da malária.
Plasmodium vivax tem-se tornado cada vez mais grave, sobretudo pelo surgimento de algumas cepas resistentes e quadros de infecções fatais. Esse parasita apresenta um período de incubação ligeiramente maior que o Plasmodium falciparum, no entanto o que os diferencia é a capacidade do Plasmodium vivax de permanecer dormente em células hepáticas e alguns meses ou semanas após a primeira infecção causar um novo quadro infeccioso.
É em função dessa capacidade de permanecer dormente no organismo, que o Plasmodium vivax torna se resistente aos programas de erradicação da malária. Em regiões onde ambas as espécies estão presentes, esses programas apresentam-se muito mais eficazes em relação à prevalência do Plasmodium fal ciparum do que em relação ao Plasmodium vivax. Além disso, a reativação do Plasmodium vivax após algum tempo de latência no organismo permite que ele seja transmitido de uma maneira mais resistente. Quando são realizados programas capazes de erradicar também a forma latente do Plasmodium vivax, as taxas de efetividade em relação às duas espécies se aproximam, no entanto, a possibilidade de reemergência do Plasmodium vivax, em função de qualquer instabilidade do meio (como a presença de uma pessoa infectada em regiões vizinhas) é muito alta.
Os medicamentos utilizados no tratamento da malária são fármacos derivados da artemisina, uma substância extraída da planta Sweet Wormwood, aos quais são adicionados outros compostos com o intuito de prolongar o efeito do medicamento no organismo. Esses compostos são administrados na forma de uma Terapia Combinada com base em Artemisina (ACT). Para a forma latente do Plasmodium vivax, existe apenas um medicamento eficaz, o Primaquina. Em relação à aquisição de imunidade para as espécies de Plasmodium, percebeu-se que a imunidade contra o Plasmodium vivax é atingida em idades menos avançadas do que para o Plasmodium falciparum e acredita-se que isto esteja relacionado com as recidivas causadas pela forma latente do Plasmodium vivax.
Os medicamentos disponíveis para tratar a malária incluem:
• Cloroquina
• Quinino
• Hidroxicloroquina
• Atovaquona e proguanil
• Mefloquina
• Clindamicina
• Doxiciclina.
TRATAMENTO:
Plasmodium vivax ou P. ovale: O tratamento é feito com uma dose total de 25mg de cloroquina (base) por quilo de peso, administrada ao longo de três dias, associada a 0,5mg de primaquina (base) por quilo, diariamente, por
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