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Medicina Social

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Por:   •  2/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  365 Visualizações

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Introdução:

A imunização é definida como o ato de imunizar, que se materializa na proteção imunológica do organismo humano contra agentes infecciosos causadores de doenças. A imunização pode ser feita por meio de vacinas, soros contendo anticorpos ou imunoglobulinas. De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa imunizada é aquela que possui anticorpos contra um agente infeccioso. Esses anticorpos podem ser adquiridos por uma imunização ativa, isto é, pela exposição ao micro-organismo infeccioso, causando uma resposta imune e geração de anticorpos específicos ao micro-organismo (vacinas levam a esse tipo de resposta ou imunidade), ou, imunização passiva, que ocorre quando o organismo recebe anticorpos prontos para uma doença infecciosa específica (soro).

Nesse sentido, a imunização tem peso relevante dentro da ótica de saúde coletiva, uma vez que realiza a prevenção e, possivelmente, erradicação de doenças dentro dos segmentos de uma sociedade, visando, muitas vezes, a totalidade de alcance. A imunização é um importante indicador de saúde, funciona como uma espécie de previsão das doenças que ocorrem ou não dentro de um território específico.

Para que as ações de imunização sejam efetivas em maior escala, a organização de atividades, coordenação das mesmas, estabelecimento de metas e diretrizes, é essencial. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a valorização de fatores subjetivos nos obriga à análise da gestão inovadora da qual fazemos parte, isto é, frente ao crescente estímulo de utilização de agentes imunizantes no sentido de evitar a migração de doenças de específicos locais do globo para outros, a imunização coordenada e específica para cada país urge como um dos mais relevantes indicadores de saúde. A prática cotidiana prova que a constante divulgação das informações aponta para a melhoria do fluxo de informações, facilitando a propagação das ações de imunização.

Análise:

No Brasil, em 1973, o Programa Nacional de Imunizações – PNI – foi promulgado por determinação do Ministério da Saúde. Com objetivo de coordenar as ações de imunização no país, o programa propôs, também, a expansão dessas ações para uma área mais extensa no território nacional. Em 1975 foi institucionalizado o PNI, respondendo à tendência mundial de aumento na utilização de agentes imunizantes e sua amplitude. A partir desse momento, o PNI iniciou a coordenação das ações de imunização dentro da rede de serviços públicos de saúde no país, assim como traçou diretrizes através de sua própria rede.

Hoje, o PNI faz parte do DEVEP/SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde, inserido na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações – CGPI. A Secretaria de Vigilância em Saúde se divide nas diversas regiões do país – Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) -, recebendo as informações de imunização das respectivas áreas. No caso do Rio de Janeiro, o fluxo de informações se dá, inicialmente, nas Unidades de Saúde espalhadas pelos bairros dentro de Áreas Programáticas (APs), onde as informações sobre taxas e frequências ligadas a vacinações nas salas de imunização da unidade são registradas em um documento, o Consolidado Mensal de Registros. O Consolidado Mensal de Registros de cada unidade é enviado para uma unidade central, que fará a digitação desse documento. Atualmente, os Consolidados da AP específica são enviados diretamente para o Serviço de Vigilância em Saúde (SVS) – divisão do DVS – até o dia 5 de cada mês (sujeito a alteração) sem passar pelas CAPs, o que agiliza o processo. Hoje, as informações que chegam até o SVS podem ser enviadas diretamente ao Ministério da Saúde, sem passar pela SMS e SME, onde serão organizadas e analisadas.

O CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde) é serviço online que registra os dados informativos colhidos em cada unidade de saúde das APs. Esse sistema permite a visualização dos servidores de saúde em qualquer computador, desde que estes tenham login e senha do serviço, facilitando o processo de correção de dados e visualização da distribuição de imunização. Auxilia, também, o estabelecimento de metas para regiões específicas. Esse sistema tem como principal limitação a paralisação súbita, uma vez que é dependente da internet e, muitas vezes, ocorre problemas com a conexão.

O API Web é um sistema recente de compartilhamento de dados de cada unidade com o Serviço de Vigilância referente com o Ministério da Saúde (federal). Assim, temos uma integração, organização e análise muito mais rápida e eficaz (dados diretos na rede,sendo facilmente acessados e visualizados). Novamente, devido o mau funcionamento da conexão, pode interferir no processo de notificação de agravos. Nesse processo feito por cada unidade de serviço de vigilância, os casos mais graves devem ser informados a um órgão superior para fazer um mapeamento das regiões que precisam de maior assistência e evitar incidentes e agravos evitáveis. Então, a falha na rede apresenta-se como um obstáculo para essa notificação, retardando o processo e interferindo na análise e na localização dos pacientes necessidades de assistência especial.

O Cadastro do Vacinado é o registro de todos os dados e informações de cada paciente no sistema, em rede nacional.

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