O Nascimento da Medicina Social
Por: Nadson Moraes • 30/11/2015 • Trabalho acadêmico • 584 Palavras (3 Páginas) • 1.986 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB[pic 1]
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - DCHL
CURSO - ENFERMAGEM
Nadson Alves Moraes
RESUMO
O Nascimento da Medicina Social
Resumo apresentado a Professora Zamara Araújo, ministrante da disciplina Filosofia, para fins avaliativos.
JEQUIÉ
2015
Roteiro de Tópicos
Título: Foucault M, O nascimento da medicina social. In: Foucault M Microfísica do poder. 20ª edição. Rio de Janeiro: Graal; 1979. p.79-98.
Durante o século XVIII, na Europa, para Foucault a medicina social já existia. A consciência e a ideologia não eram fundamentadas para que o controle da sociedade sobre as pessoas fosse fomentado, mas sim como se fosse um objeto biopolítico (o impacto do poder político sobre os aspectos da vida humana), e o mesmo objeto pôde ser inserido na medicina. No texto são evidenciadas três etapas que podem mostrar o processo saúde-doença: A medicina de estado; A medicina urbana; A medicina da força de trabalho; Elas acontecem em três cidades diferentes do país europeu, Alemanha, França e Inglaterra.
- A Medicina de Estado: Ocorreu na Alemanha e seu principal foco era controlar as doenças dos súditos através da contagem feita pelos médicos nos hospitais. Os eventos epidemiológicos que surgissem dentro da fronteira do Soberano quando se tinha conhecimento tornava-se um saber engenhoso. O estado a partir desse momento iniciou a normatização do ensino médico, que assim passou a expedir e regulamentar os diplomas e o exercício legal da profissão, portanto para Foucault após o evento que o estado regulamentava esta padronização, os médicos nomeados e legalizados poderiam ser considerados como Soberano dentro de suas fronteiras.
- A Medicina Urbana: Ocorreu na França e seu principal foco foi a qualidade de vida dos moradores de Paris, XIX, pois os matadouros, favelas, cemitérios no meio da cidade ameaçavam os enfrentamentos que se tinham para lidar com as questões estéticas para a sociedade. Portanto as autoridades epidemiológicas e sanitárias teriam que garantir a vigilância para a população através da prevenção da doença.
- A Medicina da Força de Trabalho: Ocorreu na Inglaterra, e teve um marco no desenvolvimento industrial, pois a classe plebeia era uma potência contra a monarquia e perigosa para a sociedade, pois poderia disseminar epidemias fatais para a produtividade das fábricas. Entretanto, como havia certo repúdio contra os menos favorecidos houve a criação do sistema postal e do sistema carregadores de lixo, que de certa forma traria um progresso para a sociedade, mas também excluiria ainda mais essas pessoas de estarem participando do convívio naquela cidade. O sistema sanitarista preconizou que houvesse uma divisão entre bairro de rico e de pobre, e, portanto em 1870 o estado decretou a Lei dos Pobres que ofereciam assistência a esta classe, assim como o sistema que por medida de segurança faziam ações preventivas como as intervenções em locais insalubres, as verificações de vacinas e os registros das doenças. Diante do modelo proposto pelo sistema houve grande resistência contrária, principalmente por grupos de dissidência (parte dos membros do movimento que dele se separa por divergência de opiniões com a corrente dominante) religiosa que queriam ter o direito de viver, morrer e de se tratar livremente, apenas tendo direito pelo seu próprio corpo sem interferências do estado.
Por fim a medicina na Inglaterra foi fundamentalmente uma proposta para que se obtivesse um controle eficaz da saúde e do corpo das classes menos favorecidas para que elas pudessem se tornar capazes ao trabalho e para que a classe de pessoas pobres não oferecesse risco à classe de pessoas mais ricas.
Referências Bibliográficas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dissid%C3%AAncia_(religi%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biopol%C3%ADtica
...