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Memórias

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Por:   •  17/7/2013  •  Resenha  •  360 Palavras (2 Páginas)  •  365 Visualizações

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Pesquisadores alemães descobriram um método de gerar novos neurônios humanos a partir de outros tipos de células encontradas no cérebro. A pesquisa, publicada dia 5 deste mês na revista Cell Stem Cell, pode ajudar a criar novas terapias para tratar danos neurológicos e doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson e o Alzheimer. “Nosso trabalho pretende converter células que estão presentes por todo o cérebro, mas que não são células nervosas, em neurônios. O objetivo final é que um dia possamos induzir essa conversão no próprio paciente, e reparar o cérebro doente ou danificado”, diz Benedikt Berninger, pesquisadora da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, na Alemanha.

A partir de pesquisas anteriores, os cientistas já sabiam ser possível reprogramar diferentes tipos de células a partir da ação de proteínas conhecidas como fatores de transcrição. Elas se ligam a regiões específicas do DNA e podem controlar a expressão desses genes — ajudando a definir a função exercida pela célula. O grande desafio dos pesquisadores era encontrar no cérebro humano células capazes de serem convertidas em neurônios.

Depois de analisar amostras de células retiradas do cérebro de 30 voluntários, os pesquisadores descobriram que poderiam reprogramar os pericitos, células encontradas em associação com o sistema nervoso central e vasos sanguíneos pelo corpo. No cérebro, eles têm como função manter a barreira hematoencefálica intacta, e participam na regeneração de partes danificadas no resto do corpo.

Os pesquisadores descobriram que os pericitos poderiam ser transformados em neurônios a partir da expressão de dois fatores de transcrição (proteínas que podem controlar diversas funções genéticas nas células), chamados de Sox2 e Mash1. “Nós pensamos que, se conseguirmos mirar especificamente essas células e as transformar em neurônios, podemos tirar vantagem dessa capacidade de regeneração”, diz Berninger.

Testes mostraram que esses neurônios recém-convertidos podiam produzir sinais elétricos e se comunicar com outros neurônios, dando evidências de que as células podiam se integrar ao sistema nervoso do corpo. “Ainda precisamos realizar muitos estudos para adotar essa estratégia de reprogramação neuronal para reparar tecidos vivos. Mas nossos dados dão suporte à ideia de que a reprogramação de pericitos no cérebro danificado pode se tornar um método viável para substituir neurônios degenerados”, afirma a pesquisadora.

Fonte: http://www.medplan.com.br/materias/2/22702.html

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