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NUTRIÇÃO PARA OBESIDADE/HIPERTENSÃO/OBSTIPAÇÃO

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Por:   •  10/10/2013  •  3.906 Palavras (16 Páginas)  •  743 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças como obesidade, hipertensão e obstipação, há uma preocupação maior com a alimentação, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde. Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento (MATTOS, 1997).

Um dado preocupante quando se analisa o hábito alimentar da população brasileira, é que em geral, verifica-se uma baixa ingestão de alimentos fontes de fibras, principalmente nos grandes centros urbanos onde o estilo de vida atribulado influencia de forma negativa na dieta das pessoas contribuindo para o maior consumo de produtos refinados, menor frequência de alimentos naturais na dieta e a substituição de refeições caseiras por lanches rápidos, na maioria das vezes gordurosos e desbalanceados (GIUNTINI et al, 2003).

A referente pesquisa tem como objetivo analisar qual a nutrição adequada para a saúde na prevenção e tratamento da obesidade, da hipertensão e da obstipação.

1 OBESIDADE, HIPERTENSÃO E OBSTIPAÇÃO

1.1 Obesidade

Por muito tempo a obesidade foi vista como sinônimo de relaxamento, preguiça e falta de determinação, atribuindo-se ao obeso a indulgência de simpatia e caricatura. Atualmente, o conceito sobre a obesidade vem sofrendo modificações significativas, a partir de pesquisas e estudos científicos que buscaram explicações sobre a sua etiologia (HAYNAL, 2002).

Reconhecida por muitos como doença, Haynal (2002) fala que a obesidade pode ser considerada como sendo decorrente de alterações químicas e metabólicas complexas com forte substrato genético, assumindo proporções de um problema de saúde pública, uma vez que, o exagerado acúmulo de gordura pode levar a complicações cardiovasculares, metabólicas, ortopédicas, hepáticas, predisposição ao câncer, transtornos psicoemocionais, apnéia do sono, entre outros.

Para Oliveira (2008), a obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todos os níveis sócio- econômicos. Ela é definida em termos de quantidades excessivas de gordura corporal total, os padrões de obesidade são estabelecidos pela composição corporal. A obesidade constitui um estado de má nutrição, em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar.

A obesidade ou excesso de gordura corporal é comprovadamente fator de risco para saúde humana, sendo que a alta prevalência encontrada em países desenvolvidos e em desenvolvimento sugere que a obesidade não apresenta relações com o nível de riquezas das populações, ocorrendo em todas as classes sociais (MONTEIRO, 1998).

De acordo com Reis (2003), a obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.

A nutrição tem importância, considerando de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Atualmente se consome quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados, comparado com pesquisas realizadas nos anos de 50. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil (REIS, 2003).

O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, a globalização da comida ocidental principalmente dos Estados Unidos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual que muitas vezes pelo excesso de atividades não nos resta tempo para realizar as refeições básicas necessárias (OLIVEIRA, 2008).

1.2 Hipertensão

A pressão arterial sanguínea representa a força exercida pelo sangue contra as paredes arteriais. A forma de aferição mais comum é em milímetros de mercúrio (mmHq) que determina duas medidas: a primeira, mais alta, é chamada de pressão máxima ou sistólica, e corresponde à pressão arterial no momento em que ocorre a contração cardíaca; a segunda, mais baixa, é conhecida como pressão mínima ou diastólica, e corresponde a dilatação do mesmo. O valor ótimo da pressão arterial é 120/80 mmHg (lê-se 12 por 8).

Indivíduos com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14 por 9) são considerados hipertensos. Por ser uma doença silenciosa, a maioria dos pacientes só descobre que é portadora da doença quando os principais sintomas (cansaço excessivo, formigamento, dores de cabeça e hemorragia nasal) começam a aparecer.

As consequências para os afetados sem tratamento são graves, já que é um fator de risco importante para doenças cardíacas, sendo responsável por 40% dos infartos; contribui com a ocorrência de até 80% dos acidentes vasculares cerebrais; e influencia em 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Por isso, as pessoas devem medir regularmente a pressão para diagnosticar a doença nos estágios iniciais.

A hipertensão é uma doença genética multifatorial que atinge, aproximadamente, 25% da população brasileira. Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que, nos últimos anos, a doença aumentou em todas as faixas etárias, principalmente entre os idosos.

Esse aumento na ocorrência da doença é resultado de associação de hábitos de vida pouco saudáveis com pouca atividade física ao longo da vida, estresse, além de fatores genéticos, na maioria dos casos. Como todo padrão multifatorial (com várias origens) o fenótipo é desenvolvido por uma interação complexa entre fatores de risco impossíveis de controlar como: hereditariedade (múltiplos genes envolvidos) e idade; e fatores ambientais controláveis como: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, obesidade, estresse e alimentação.

A hipertensão não tem cura, mas tem como ser controlada. Para tanto, o indivíduo afetado precisa conhecer

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