A Transição Nutricional Brasileira Da Desnutrição Para A Obesidade.
Trabalho Universitário: A Transição Nutricional Brasileira Da Desnutrição Para A Obesidade.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anacaguiar1983 • 7/12/2012 • 1.848 Palavras (8 Páginas) • 1.583 Visualizações
Universidade de São Paulo
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
A transição nutricional brasileira da desnutrição para a obesidade.
Ana Caroline de Aguiar – 4932380
Plano de atividades apresentado como parte dos requisitos necessários
para cumprimento da disciplina ACH-3557
Docente: Professora. Dr. Flávia Mori.
São Paulo
2011
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Conteúdo
Introdução .............................................................................................................................................. 3
Metodologia ........................................................................................................................................... 4
Resultados .............................................................................................................................................. 5
Discussão ................................................................................................................................................ 9
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 10
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Introdução
A obesidade vem crescendo cada vez mais nas sociedades onde o consumo está cada vez mais acelerado. O consumo exagerado de alimentos gordurosos e com grandes quantidades de açúcar associado com o crescente sedentarismo faz com que a obesidade tenda a aumentar.
No Brasil vive-se um período de transição o problema da subnutrição vem sendo substituído pelo problema da obesidade e sobrepeso. “(...) assim como outros países em desenvolvimento, convive com a transição nutricional, determinada freqüentemente pela má-alimentação. Ao mesmo tempo em que se assiste à redução contínua dos casos de desnutrição, são observadas prevalências crescentes de excesso de peso, contribuindo com o aumento das doenças crônicas não transmissíveis.” (Coutinho, J. G., Gentil, P. C., Toral, N.)
Dados do IBGE mostram que de 1974 a 2009 a subnutrição entre crianças de 05 a 09 anos diminuiu consideravelmente em relação a obesidade. “A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o das mulheres, que foi de 28,7% para 48%.” (IBGE site)
Neste artigo vamos buscar entender como essa transição vem se configurando na sociedade brasileira. Quais os fatores levaram a essa transformação nutricional da sociedade antes marcada pela subnutrição e agora com altos índices de obesidade.
Importante destacar que a subnutrição ainda é um problema grave o qual necessita de políticas públicas para que seja reduzindo ainda mais ou solucionado. O que vem acontecendo é apenas uma queda percentual do número de indivíduos com problemas de desnutrição e um aumento considerável de crianças, jovens e adultos obesos, o que marca ainda a desigualdade social que vivemos no Brasil.
O objetivo geral deste trabalho é entender como está ocorrendo a transformação nutricional que a sociedade brasileira está passando. E se desdobra em objetivos específicos de analisar através de indicadores e bibliografia sobre o tema quais os desafios que as políticas públicas tem com relação a este problema.
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Metodologia
Para entendermos melhor sobre como a obesidade infantil tem aumentado no Brasil vamos analisar alguns indicadores e dados coletados em pesquisas sobre o tema tentando entender essa transição a qual o Brasil vem passando da diminuição dos casos de desnutrição e aumento da obesidade.
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Resultados
A tabela abaixo, extraída de IBGE/UNICEF, 1982, 1992; Monteiro et al .,2000, mostra que o déficit de altura em crianças brasileiras menores de cinco anos por regiões e por zona urbana e rural. Mostrando também a variação anual em porcentagem em dois momentos, entre 1975 e 1989 e entre 1989 e 1996. Este critério é muito utilizado para medir a desnutrição.
Outros estudos comparativos dos últimos anos mostram que há um declínio na prevalência da desnutrição em crianças menos de cinco anos. Este estudo feito pelo PNDS mostra que em todas as regiões houve uma queda percentual no índice de crianças com subnutrição, chegando a diminuir no Nordeste quase 50%. E para o Brasil a diminuição ocorreu cerca de 70% em 3 décadas, o que representa uma mudança brusca na situação alimentar da população brasileira.
Com relação à obesidade o resultado de dados analisados nas últimas três décadas mostra que o quadro já se caracteriza por epidemia, os resultados descritos entre 1975 e 1996 mostra que o problema a obesidade triplicou entre homens e mulheres maiores de 20 anos no Nordeste e entre os homens do Sudeste (Filho, M. B., Rissin, Anete ).
A principio pensava-se nessa distribuição de forma geográfica onde a obesidade se concentrava em regiões mais ricas o que indicava discriminação dos cenários epidemiológicos entre o Sudeste e o Nordeste, entretanto, começou-se a notar a presença da obesidade em estratos sociais de rendas mais baixas e um declino desta em mulheres adultas de rendas mais elevadas. (Filho, M. B., Rissin, Anete )
No estado do Pernambuco o índice de mulheres adultas obesas do interior se equipara ao percentual de mulheres com baixo peso da mesma região e é maior que o percentual de subnutridos.
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A tabela abaixo mostra o déficit de IMC em mulheres brasileiras em idade adulta por regiões e por zona urbana e rural. Mostrando também a variação anual em porcentagem em dois momentos, entre 1975 e 1989 e entre 1989 e 1996.
Os dados reiteram a análise de que o percentual de mulheres com IMC abaixo de 18,5 (consideradas abaixo do peso) diminui em todas as regiões e também caí entre as zonas rural e urbana no primeiro período. Havendo um aumento pouco significativo no segundo período entre as residentes de área urbana e as residentes em áreas rurais do Centro-sul.
O gráfico abaixo mostra a situação inversa o aumento do número de
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