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Os Benefícios Da Hidroterapia E Equoterapia Em Crianças Com Paralisia Cerebral

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Por:   •  18/2/2015  •  4.939 Palavras (20 Páginas)  •  794 Visualizações

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Resumo

A paralisia cerebral é um distúrbio ocorrido no Sistema Nervoso Central devido alguma lesão ou anomalia do desenvolvimento ocorrida durante o período pré, peri e pós-natal. Esses distúrbios se caracterizam pela falta de controle dos movimentos voluntários, por modificações adaptativas do comprimento dos músculos, e em alguns casos por distúrbios posturais e deformidades ósseas. Como a paralisia cerebral é um distúrbio irreversível, os tratamentos atuais propõe minimizar as alterações existentes. Este estudo tem por objetivo apontar as evidências científicas existentes sobre os benefícios das intervenções terapêuticas de hidroterapia e equoterapia em pacientes portadores de comprometimento motor, provocado pela Paralisia Cerebral. Foi realizada uma revisão bibliográfica, com pesquisa nas bases de dados Scielo, Medline, Lilacs, PEDro e Bireme. Os estudos evidenciam a importância da fisioterapia no tratamento de pacientes com paralisia cerebral, através da utilização de recursos fisioterapêuticos como a hidroterapia e equoterapia, que favorecem a melhora da capacidade funcional dessa população. Conclui-se que os métodos terapêuticos abordados trouxeram grandes benefícios para os pacientes mostrando a importância da fisioterapia para reabilitação de portadores de paralisia cerebral.

Palavras- Chave: paralisia cerebral, fisioterapia, hidroterapia e equoterapia.

Abstract

cerebral palsy is a disorder occurred in the Central Nervous System due to an injury or developmental anomaly occurred during the pre – peri - and postnatal . These disorders are characterized by lack of voluntary movement control by adaptive changes in the length of muscles, and in some cases by postural disorders and bone deformities. How cerebral palsy is an irreversible disorder, current treatments only proposes to reduce existing changes. This study aims to point out the existing scientific evidence on the benefits of hydrotherapy and therapeutic interventions equine therapy in patients with motor impairment caused by cerebral palsy. Literature review, research was carried out in the databases SciELO, MEDLINE, LILACS, PEDro and Bireme data. Studies show the importance of physiotherapy in the treatment of patients with cerebral palsy, through the use of resources such as physical therapy and hydrotherapy hippotherapy, which favors improved functional capacity in this population. We conclude that therapeutic methods discussed have brought great benefits to patients. Showing the importance of physiotherapy for rehabilitation of patients with cerebral palsy.

Keywords: cerebral palsy, physiotherapy, hydrotherapy and hippotherapy .

Introdução

O termo paralisia cerebral, atualmente conceituado pela O.M.S. como Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância por se tratar de um distúrbio não progressivo, porém mutável (o que contradiz com o termo paralisia), é designado como um distúrbio no sistema nervoso central ocorrido devido alguma lesão ou anomalia do desenvolvimento ocorrida durante o período pré, peri ou pós-natal, os fatores etiológicos podem ser diversos e na maioria dos casos são desconhecidos. Esses distúrbios se caracterizam pela falta de controle sobre os movimentos voluntários por modificações adaptativas do comprimento dos músculos, e, em alguns casos, por distúrbios posturais e deformidades ósseas. O portador de paralisia cerebral também pode apresentar características como alterações cognitivas, sensoriais, auditiva ou visual, disfagia, convulsões, alterações da fala e distúrbios da comunicação.1,2,3

A lesão cerebral não é progressiva, mas as manifestações clínicas mudam à medida que a criança se desenvolve. Essas mudanças parecem estar ligadas a maturação e adaptação do sistema nervoso central, e são influenciadas pelas experiências do lactante.2

A incidência manteve-se estável nos últimos anos, no entanto, na classificação da incidência nos países, há grande desigualdade de prevalência, pois em países desenvolvidos, na forma moderada ou grave, ela é de 1,5 e 2,50:1000 nascidos vivos e em países em desenvolvimento chegam a 7:1000 nascidos vivos.1,3

O diagnóstico baseia-se no histórico, na avaliação neurológica e na avaliação física que determina as partes do corpo que a paralisia afeta, é normalmente classificada de acordo com as extremidades envolvidas: quadriplégica, hemiplégica e diplégica; com a disfunção neurológica: espástica, hipotônica, atetósica, atáxica e mista discinética (combinam formas espásticas, atetóide e atáxica) e a gravidade: leve, moderada ou grave.1,2

O tratamento de pacientes com lesão cerebral não está associado a nenhuma técnica específica de intervenção. Atualmente há uma variabilidade de propostas de tratamento para reabilitação dos acometidos, e, diante do fato, torna-se viável o estudo da possibilidade de facilitação da aquisição de movimentos utilizando-se de outros recursos terapêuticos além da fisioterapia tradicional. 3,4

A hidroterapia é um recurso da fisioterapia que utiliza a piscina de água aquecida para execução de exercícios terapêuticos, utilizando as propriedades físicas da agua, permitindo a qualquer paciente realizar movimentos que em solo ele não conseguiria, realizando assim atividades com maior grau de dificuldade, esse efeito combinado com o calor da água, são algumas das vantagens da atividade nesse meio.5,6,7

A terapia é direcionada para que se transfira o aprendizado que se obteve em meio aquático para o solo onde existem forças gravitacionais, visando o desenvolvimento motor e maior independência do paciente, os benefícios da terapia diferem de um grupo diagnóstico para outro.5,6

A equoterapia utiliza os movimentos do cavalo como ferramenta para abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de necessidades especiais, melhorando funções motoras como ajuste do tônus muscular, alinhamento corporal, coordenação motora e força muscular, coordenação espacial e temporal, equilíbrio, flexibilidade.8,9

O constante balanço do cavalo ocasiona estabilização dinâmica da região lombar, mobilizando coluna, quadril e ombros. O posicionamento do paciente proporciona o alongamento dos músculos adutores e rotadores internos do quadril. Em contato com este, sendo que a sua temperatura corporal é maior que a do ser humano,

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