Ouvido Externo
Casos: Ouvido Externo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: hellenbrenda • 22/3/2015 • 1.461 Palavras (6 Páginas) • 312 Visualizações
Ouvido Externo
Pavilhão Auricular
A audição
Constituição do sistema auditivo humano
O ouvido humano pode ser separado em três grandes partes, de acordo com a função desempenhada e a localização. São elas: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Segue-se então uma vista panorâmica do sistema auditivo humano na qual as suas três zonas constituintes são discriminadas.
autores: Stephan Blatrix, Rémy Pujol
Figura 1 - Vista panorâmica. (Passe com o rato por cima da imagem para ver as legendas)
1. O ouvido externo
Fazem parte do ouvido externo o pavilhão auricular e o canal auditivo, cujas funções são recolher e encaminhar as ondas sonoras até ao tímpano. É também no canal auditivo que se dá a produção de cera, que não é mais do que uma forma de este se manter húmido e limpo. Isto porque a cera ajuda a reter partículas de pó, sujidade e microorganismos. Será importante referir que os vulgares cotonetes não devem ser introduzidos no canal auditivo. Isto porque ajudam a empurrar a cera contra o tímpano podendo danificá-lo ou, no mínimo, formar uma barreira que dificulta a audição.
O pavilhão auricular é muito desenvolvido em muitas das espécies de mamíferos terrestres (sendo fundamental na localização de presas e de predadores) e é dotado de movimento. Com a evolução da nossa espécie, essa capacidade foi-se perdendo. Contudo, existem humanos que ainda hoje conseguem produzir pequenos movimentos com as orelhas.
2. O ouvido médio
O ouvido médio, também denominado de caixa timpânica, representado com algum detalhe na Figura 2, é uma cavidade com ar, por detrás da membrana do tímpano (4), através da qual a energia das ondas sonoras é transmitida, do ouvido externo até à janela oval na cóclea, esta já no ouvido interno. Essa transmissão de energia é efectuada através de três ossos minúsculos (o martelo (1), a bigorna (2) e o estribo (3)), que vibram, solidários com o tímpano. Estes três ossos (seis, se contarmos com os dois ouvidos) são os mais pequenos que podemos encontrar no corpo humano. No ouvido médio existe ainda um canal, em parte ósseo, em parte fibrocartilagíneo, denominado de trompa de Eustáquio (6), que o mantém em contacto com a rinofaringe. Esta é a forma encontrada pela natureza de manter uma pressão constante no ouvido médio. Para que isso possa acontecer, a trompa de Eustáquio abre e fecha constantemente.
A membrana do tímpano é, na realidade, constituída por três camadas, sendo a camada exterior uma continuação da pele do canal auditivo. A parcela superior da membrana denomina-se de pars flaccida, enquanto que a parcela inferior se chama pars tensa. É na parte central da pars tensa que se localiza a área vibrante activa, em resposta a um estímulo sonoro. A membrana timpânica é uma estrutura auto-regenerativa, sendo por isso capaz de corrigir um furo na sua estrutura.
A cadeia de pequenos ossos, as suas articulações e ligamentos estão revestidos por uma mucosa e pode tornar-se mais ou menos tensa, pela acção de dois pequenos músculos, o do martelo e o do estribo. Através deste mecanismo é possível limitar a transmissão de energia para o interior da cóclea (algo que é útil para evitar danos no ouvido interno quando estamos expostos a sons de intensidade elevada).
Legenda
1. Martelo
2. Bigorna
3. Estribo
4. Tímpano
5. Janela Redonda
6. Trompa de Eustáquio
autores: Stephan Blatrix, Rémy Pujol
Figura 2 - Ouvido médio em mais detalhe.
3. O ouvido interno
É no ouvido interno ou labirinto que se encontra a parte mais importante do ouvido periférico (o que se encontra entre o pavilhão auricular e os nervos auditivos). É ela a cóclea, em forma de caracol e responsável em grande parte pela nossa capacidade em diferenciar e interpretar sons. De facto, desenrola-se na cóclea uma função complexa de conversão de sinais, em resultado da qual os sons nela recebidos (do tipo mecânico) são transformados em impulsos eléctricos que "caminham" até ao cérebro pelo nervo auditivo, onde são depois descodificados e interpretados. Como se pode ver na Figura 3, a cóclea parece uma concha do mar, sendo constituída por um "tubo" ósseo enrolado sobre si próprio, com as dimensões aproximadas de uma ervilha.
Legenda
1. Canais semicirculares
2. Nervo Auditivo
3. Membrana Basilar
4. Cóclea
autores: Stephan Blatrix, Rémy Pujol
Figura 3- Ouvido interno em mais detalhe.
Para além da cóclea, no ouvido interno encontra-se também o labirinto vestibular, constituido pelo sáculo (4) e pelo utrículo (14), que são os órgãos do sentido do equilíbrio e que informam o nosso cérebro sobre a posição do corpo no espaço. Repare-se na figura seguinte. Os canais semicirculares laterais, anteriores, e posteriores fazem também parte do labirinto vestibular, informando o cérebro sobre o movimento rotatório no espaço. A informação proveniente do labirinto vestibular e da cóclea é transmitida ao cérebro pelo nervo auditivo, como ser pode verificar na Figura 3.
Legenda
1. Canal Semicircular Anterior
2. Canal Superior
3. Canal Lateral
4. Sáculo
5. Ducto Coclear
6. Helicotrema ou Apex
7. Canal Lateral
8. Canal Posterior
9. Canal Posterior
10. Janela Oval
11. Janela Redonda
12. Ducto Vestibular (Scala Vestibuli)
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