Patologias Que Acometem Idosos Em Todo O Brasil

O Brasil envelhece rapidamente. A expectativa média de vida se amplia de tal forma que grande parte da população atual irá alcançar a velhice. Em 2003, segundo as informações da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a população de 60 anos ou mais era de 17 milhões de pessoas, representando cerca de 10% da população total do país. A PNAD 2006 apontava que os idosos alcançavam, aproximadamente, 19 milhões de pessoas, o que evidencia o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira.

Da mesma forma que ocorre em todo o mundo, no Brasil, o número de mulheres idosas é maior do que o número de homens idosos: em 2003, segundo as informações da PNAD, a proporção era de 55,9% e 44,1%, respectivamente.

Em 2003, 29,9% da população brasileira reportou ser portadora de, pelo menos, uma doença crônica. O fato marcante em relação às doenças crônicas é que elas crescem de forma muito importante com o passar dos anos: entre os idosos a porcentagem destas doenças atinge 75,5% do grupo, sendo 69,3% entre os homens e 80,2% entre as mulheres (VERAS; PARAHYBA, 2007).

Embora a proporção de idosos que declararam doença crônica tenha diminuído, já que era 78,7%, em 1998, e, em 2003, passou para 75,5%, fica evidenciada a característica de múltiplas patologias entre aqueles que declararam alguma doença crônica: 64,4% tinham mais de uma patologia.

REGIÃO SUDESTE

O Sudeste é a região que concentra o maior volume populacional do país, cerca de 43% da população brasileira residia nesta região em 2000. De acordo com o Censo Demográfico de 2000, isso significa 72,4 milhões de habitantes, dos quais 6,7 milhões eram idosos, pessoas com 60 anos ou mais, conforme estabelecido pelo Estatuto do Idoso.

Este segmento populacional foi responsável por 9,3% da população total, percentual este mais elevado do que a média do país, 8,6%. Entre os estados que compõem a região, o maior percentual de idosos foi observado no Rio de Janeiro (10,7%) e o menor no Espírito Santo (8,1%).

PATOLOGIAS QUE ACOMETEM OS IDOSOS NA REGIÃO SUDESTE

1. Reumatismo:

Reumatismo é o nome comum que damos para as doenças que afetam o sistema músculo esquelético. Existem mais de 100 tipos diferentes de doenças que podem ser classificadas como reumáticas e, as mais comuns, em especial na região Sudeste, são: artrite, artrose e osteoporose.

1.1 Artrite e Artrose:

O que é?

São inflamações em uma ou mais articulações pela quebra ou desgaste da cartilagem que recobre a articulação dos ossos permitindo a estes o movimento suave uns sobre os outros para permitir o movimento.

Causas:

Doença autoimune, osso quebrado, desgaste geral das articulações com o passar do tempo, infecções bacterianas ou virais.

Sintomas:

Dor e inchaço nas articulações, redução da capacidade de movimento, vermelhidão na pele ao redor da articulação e rigidez.

Tratamento:

O objetivo do tratamento é reduzir a dor, melhorar a função e evitar danos articulares posteriores. Normalmente, não há cura. O paciente é indicado principalmente a fazer exercícios físicos, fisioterapia e alguns medicamentos para reduzir a dor.

1.2 Osteoporose:

O que é?

É uma doença metabólica, sistêmica e que pode acometer todos os ossos. A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente, ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo - em alguns casos, pode ocorrer as duas coisas. Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos e finos, sujeitos a fraturas.

Causas:

Deficiência de cálcio, mineral essencial à formação dos ossos;

Envelhecimento, quando ocorre perda gradativa da matriz óssea, pois os ossos crescem só até os 20 anos e aumentam em densidade até os 35;

Menopausa, mulheres que não menstruam mais têm problemas com a rápida absorção óssea pois não produzem mais estrogênio, hormônio responsável por retardar essa absorção.

Medicamentos a base de glicocorticoides, hormônios tireoidianos.

Sintomas:

Dor e sensibilidade óssea, diminuição da estatura, postura encurvada, dores lombares e na região do pescoço.

Tratamento:

O tratamento retarda ou elimina a perda óssea e alivia a dor, mas não cura a doença. Para o paciente são indicados medicamentos, terapias e, nos casos mais grave, cirurgias.

2. Diabetes Mellitus:

O que é?

É uma doença crônica caracterizada por uma elevada taxa de glicose no sangue e por uma falta parcial ou total da produção de insulina pelo pâncreas. Ocorre em 20% dos idosos acima de 70 anos sendo a Diabetes Mellitus de tipo II a que mais acomete essa faixa etária.

Causas:

Vida sedentária, idade avançada, obesidade abdominal, predisposição genética, estresse.

Sintomas principais:

Poliúria (urinar em excesso, acima de 2.5 litros por dia), perda de peso inexplicada, fadiga.

Tratamento:

Não há cura. O objetivo do tratamento é controlar a hiperglicemia e seus sintomas através de medicamentos e atenção à taxa glicêmica do idoso.

3. Hipertensão (Pressão Alta):

Acomete 50% dos indivíduos entre 60 e 69 anos e 75% dos indivíduos com mais de 70 anos.

O que é?

É uma doença crônica determinada por elevados índices de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para bombear sangue pelos vasos sanguíneos para o corpo inteiro.

Causas:

Idade, a pressão arterial aumenta linearmente com a idade; consumo de sódio excessivo, obesidade,