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Os Idosos No Brasil

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Por:   •  4/4/2014  •  9.448 Palavras (38 Páginas)  •  600 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O contato com atividades físicas na terceira idade inicia-se geralmente por indicação médica. Essas pessoas acabam encontrando nos exercícios muito mais que alívio para suas dores, fazem novas amizades e têm momentos de descontração. Além dos aspectos ligados à saúde, as atividades físicas trazem inúmeros benefícios psicológicos, de auto-estima e de melhoria do relacionamento social, aspectos muito importantes para pessoas da terceira idade, devido às inúmeras mudanças desta fase da vida.

A terceira idade, nova terminologia do idoso na sociedade contemporânea, implica na constatação de uma nova etapa de vida compreendida entre a idade adulta e a velhice. Categoria de idade, como as demais, opera em recorte no todo social, com direitos e deveres diferenciais característicos dessa população. As categorias de idade são constitutivas de realidades sociais específicas (BRANDÃO, 2004).

A terceira idade é acompanhada de um conjunto de práticas, instituições e agentes especializados encarregados de definir e atender às necessidades dessa população. Foi a partir de 1970 que, na maioria das sociedades européias e americanas, o idoso passou a ser visto como vítima da marginalização e da solidão (DEBERT, 2003).

A pesquisa antropológica tem demonstrado que as fases da vida, como a infância, a adolescência e a velhice, não são propriedades substanciais que o indivíduo adquire com o avanço da idade cronológica. As categorias de idade são construções históricas e sociais. Há trabalhos de diferentes autores que são unânimes em afirmar que os comportamentos em diferentes idades correspondem aos estímulos da natureza social, histórica e cultural que caracterizam diferentes épocas (DEBERT, 2003).

As representações sobre a velhice, a posição social dos idosos e o tratamento que ele recebe da sociedade ganham significados diversos conforme os contextos da sua época. Assim, o aposentado vem ganhando notoriedade nas falas das lideranças, nas suas associações, que desde a década de 1980 já vinham se concretizando em discussões sobre a Previdência Social. O idoso, como aposentado, ganhou identidade e formas de atuação no espaço público (SIMÕES, 2003).

Os idosos se nutrem do passado. Da sua trajetória se origina sua própria identidade, constituída pela representação de papéis sociais, papéis esses que vão dimensionar essa identidade. E há uma relação entre memória e construção de identidade social, compreendida no processo de envelhecimento. A memória, para o processo de envelhecimento tem lugar privilegiado na construção de sua identidade e suas estratégias de afirmação nos espaços sociais (FERREIRA, 2003).

Geralmente, a velhice está ligada às modificações do corpo, com o aparecimento das rugas e dos cabelos brancos, com o andar mais lento, diminuição das capacidades auditivas e visual, é o corpo frágil. Essa é a velhice biologicamente normal, que evolui progressivamente e prevalece sobre o envelhecimento cronológico. Cientistas e geriatras preferem separar a idade cronológica da idade biológica. Para eles, tanto o homem quanto à mulher se encontra na terceira idade por parâmetros físicos, orgânicos e biológicos (CACHIONI, 1999)

A cada ano a população que pertence ao grupo da terceira idade, cresce de forma acelerada e sem os devidos esclarecimentos a respeito desses tais benefícios. Atividades simples e leves como, caminhadas, viagens turísticas a lazer em geral, proporcionam uma melhoria na condição física e psicológica, auxiliando na realização de movimentos do dia-a-dia, tornando esses indivíduos prestativos em seu meio social e conscientes enquanto cidadãos.

A importância da recreação para o idoso está relacionada em utilizar o tempo livre, deixando de lado o sentimento de inutilidade, solidão e abandono, que muitas vezes ajudam no desenvolvimento de patologias. Aproveitar ao máximo este novo tempo com passeios, danças, teatro, jogos, esporte e tudo o que tiver vontade de fazer para viver com prazer. (BRANDÃO, 2004).

O lazer é de muita importância para saúde física e psicológica das pessoas, assim como também é responsável pela socialização e aumento a auto-estima. Praticar algum tipo de atividade física como, por exemplo, caminhadas, danças, ginásticas, dentre outras, pode ser um instrumento de recreação e lazer para o idoso. (BRANDÃO, 2004).

A população de idosos no Brasil é estimada atualmente em 13,5 milhões de pessoas. Isso faz com que se tenha uma crescente preocupação com a qualidade de vida dos idosos.

A qualidade de vida na terceira idade é importante para que se possa viver bem com saúde, sem sofrer tanto impacto com as alterações fisiológicas, psicológicas e cognitivas, próprias do processo de envelhecimento, e as modificações e intensificações sociais, físicas, políticas e morais que ocorrem ao mesmo tempo no ambiente. Para garantir a qualidade de vida, é fundamental adotar hábitos saudáveis, praticar atividade física regular e realizar uma alimentação equilibrada. Estas medidas precisam ser adotadas o quanto antes, pois contribuem para a melhoria das funções cardiovascular, endócrina, metabólica, músculo-esquelética e mental, prevenindo e adiando doenças debilitantes como osteoporose, diabetes e doenças cardiovasculares (PLUGIA, 2004).

Na sociedade atual, a qualidade de vida, não apenas de idosos, mas de todos crianças, jovens e adultos - é reflexo da alimentação adequada e também da prática de exercícios físicos. Uma dedicação a qualidade de vida dos idosos torna-se essencial, para uma reintegração social dos idosos, contribuindo para a sua saúde física e mental.

Segundo Dumazedier (1974), o lazer também é à busca da auto-satisfação, no qual o indivíduo procura suprir as necessidades do corpo e do espírito. Há, portanto, os lazeres físicos, artísticos, sociais e culturais, condicionados de acordo com o nível sócio-econômico e político-cultural de cada sociedade. Segundo este autor, o lazer resulta de uma livre escolha do indivíduo e o seu caráter desinteressado faz com que quem o pratique não busque fins lucraticos ou utilitários, somente a realização pessoal.

O lazer é um direito dos cidadãos e é um pré-requisito fundamental para uma vida saudável. O lazer é uma constante para grande parte das crianças e adolescentes o lazer. Muitas vezes os adultos se esquecem desta parte da vida dedicando-se apenas às atividades produtivas, onde o trabalho, a realização profissional ou a superposição de atividades remuneradas vêm em primeiro lugar. (VELOSO, 2004)

No momento em que esses adultos se aposentam, sente-se, de certa forma, descartada pela sociedade e é acometida por

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