Primeiros Socorros: Sinais Vitais
Trabalho Escolar: Primeiros Socorros: Sinais Vitais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: railsoncav • 3/9/2014 • 6.354 Palavras (26 Páginas) • 1.029 Visualizações
INTRODUÇÃO
Qualquer pessoa, em qualquer fase da sua vida, está sujeita a sofrer acidentes. Estes surgem geralmente de maneira imprevisível, atingindo crianças, adultos, adolescentes, trazendo consequências não menos imprevisíveis, pois podem causar desde pequenos sustos ou ferimentos, até, desgraçadamente, a invalidez ou a morte.
Em situações de emergência a avaliação da vítima e seu atendimento devem ser eficazes, permitindo a redução de sequelas e o aumento da sobrevida. O aumento da sobrevida está relacionado com a instalação das etapas de suporte básico precocemente e, estas incluem: ativação do sistema médico de emergência, reconhecimento da vítima com perda súbita da consciência e realização de manobras de abertura das vias aéreas, respiração e circulação, além das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar.
Determinados sinais destacam-se pela sua importância, pois evidenciam o funcionamento e as alterações das funções do organismo, por serem intimamente relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais. Neste trabalho serão abordados os sinais clássicos que constituem a avaliação primária nas manobras suporte básico a vida, sendo: respiração, pressão arterial, pulso, temperatura, reações pupilar e reações da pele.
PRIMEIROS SOCORROS
SINAIS VITAIS
1 RESPIRAÇÃO
1.1 CONCEITO
Para o processo de manutenção do suporte básico a vida consideramos dentro da fisiologia do sistema respiratório a parte que consiste na mecânica da ventilação pulmonar, a respiração, representada pela expansão e contração dos pulmões, cuja finalidade da ação é prover oxigênio para os tecidos através da inspiração e remover dióxido de carbono dos mesmos através da expiração (Guyton & Hall, 2006).
1.2 TÉCNICAS DE AFERIÇÃO
A conduta dentro da avaliação primária em primeiros socorros exige que o socorrista verifique se as vias áreas estão permeáveis e o tórax livre, em seguida deve-se procurar por sinais de deficiências respiratória avaliando a qualidade da ventilação através da frequência e profundidade ventilatória, onde temos (Munhoz et al, 2005):
Ausência de respiração;
Respiração lenta;
Respiração rápida;
Respiração muito rápida.
Observando os aspectos adjacentes as inconformidades respiratórias (Pergola & Araujo, 2007):
Esforço exagerado para realizar a expiração e/ou inspiração, ou então, pouco perceptíveis;
“Azulamento” (cianose) de lábios, nariz, mãos e pés;
Confusão mental;
Inconsciência;
Ruídos estridulosos durante os movimentos de respiração.
1.3 VALORES DE REFERÊNCIA
A unidade de referência para respiração é “ventilação-minuto” que é a quantidade total de ar movido para o interior das vias respiratórias a cada minuto. O volume corrente normal é de carca 500 mililitros, e a frequência respiratória normal é de aproximadamente 12 respirações por minuto. Portanto, a “ventilação-minuto” é em média de 6L/min (Guyton & Hall, 2006; Eu sou 12 por 8, 20 mar. 2014).
1.4 APLICABILIDADE EM PRIMEIROS SOCORROS
A respiração, juntamente com as vias áreas, consistem em um dos itens principais na avaliação primária de um paciente que necessite de imediato do atendimento de suporte básico à vida, uma vez que um paciente com a respiração comprometida e consequentemente o transporte de oxigênio aos tecidos, poderá sofrer lesões potencialmente graves e até irreversíveis após 3 minutos ou mais sem a suplementação adequada de oxigênio para o cérebro (Pergola & Araujo, 2007).
Concomitantemente, a queda nos níveis de oxigênio no organismo levam a hipóxia tecidual comprometendo a atividade metabólica, celular e, finalmente, as funções celulares e orgânicas. O fluxo sanguíneo é direcionado para o cérebro e coração, entretanto, com a contínua ausência de oxigênio os mecanismos compensatórios entram em falência, resultando em choque e morte. (Marson et al, 1998).
Dentro dos procedimentos gerais em primeiros socorros uma atenção especial tem que ser dada, imediatamente, à respiração do paciente (Munhoz et al, 2005).
1.4.1 AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS VIAS ÁREAS
Vias áreas consistem em nariz, boca e garganta. O socorrista deverá (Giannou & Bernes, 2007):
Identificar obstrução da via aérea;
Desobstruir rapidamente;
Manter a via aérea aberta;
Identificar a via aérea em risco e estar preparado para ação imediata;
Assistir a vítima consciente no autocontrole da via aérea.
Exame (Giannou & Bernes, 2007):
Caso a vítima responda normal e coerentemente às perguntas, a via aérea está aberta;
Uma via aérea livre não emite nenhum som óbvio e não exige esforço aparente para a entrada do ar;
Respiração barulhenta e esforços para a entrada do ar significam via aérea obstruída;
O silêncio total e a ausência total do esforço indicam ausência da respiração.
A via aérea está em risco de obstrução posterior nas seguintes situações (Giannou & Bernes, 2007):
Lesão na cabeça: a vítima vagarosamente perde a consciência após algum tempo;
Lesão no rosto: leva a inchaço posterior (edema) da língua e garganta;
Lesão no pescoço: leva a um acúmulo de sangue no pescoço que pressiona a via aérea, bloqueando-o para fora. Lesão química ou queimadura do rosto e via aérea, ou inalação de fumaça: edema de glote pode não se desenvolver por algumas horas.
1.4.2 TÉCNICAS PREFERENCIAIS
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