Problema Respiratorio: Asma
Por: Ana Luiza Dantas • 19/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 236 Visualizações
Sistema Respiratório
Grupo 3:
PATOLOGIA RESPIRATÓRIA: ASMA
FISIOPATOLOGIA DA ASMA:
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que envolve células inflamatórias (mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos) e células brônquicas estruturais (epiteliais, musculares lisas, endoteliais, fibroblastos, miofibroblastos e nervos). Estão presentes nessa condição mediadores inflamatórios como quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina e óxido nítrico.
A patologia decorre de estreitamento brônquico intermitente e reversível, causado pelas alterações: Contração do músculo liso brônquico, edema da mucosa e hipersecreção mucosa. Essa resposta broncoconstritora exagerada é resposta à estímulos que nada desencadearia em pessoas normais.
A inflamação crônica da asma ocorre em ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar ao remodelamento irreversível das vias aéreas.
POR QUE ALGUMAS PESSOAS POSSUEM ASMA NA INFÂNCIA E NA FASE ADULTA NÃO APRESENTAM MAIS?
Na infância o sistema imunológico ainda não está muito desenvolvido e a resposta aos estímulos é um pouco exagerada, então, ao entrar um agente irritante no corpo, produz-se um anticorpo com uma reação de hipersensibilidade ao invés de produzir um anticorpo adequado contra ele. Na primeira fase da asma esse é o tipo de reação que ocorre. Ela impede que o agente irritante entre no organismo, mas causa uma inflamação enorme, pois os brônquios se fecham e a crise ocorre. Porém, na adolescência o sistema imunológico amadurece e os anticorpos são produzidos naturalmente, o que acarreta a diminuição das crises.
Durante a infância, a asma apresenta evolução variada dependendo de mecanismos imunopatológicos distintos.
O risco de persistência da asma até a idade adulta aumenta com a gravidade da doença, a presença de atopia, tabagismo e gênero feminino.
As principais características que têm sido utilizadas para prever se a asma recorrente na criança irá persistir na vida adulta são as seguintes:
- Diagnóstico de eczema nos três primeiros anos de vida;
-Genética: pai ou mãe com asma;
- Presença de Rinite nos três primeiros anos de vida;
- Sibilância sem resfriado (em virose);
- Eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de parasitoses).
POR QUE ALGUNS NÃO RESPONDEM AOS BRONCODILATADORES?
O diagnóstico de asma é confirmado pela detecção da limitação ao fluxo de ar associada principalmente pela reversibilidade, parcial ou completa, após a inalação de um broncodilatador de curta ação.
Caso não seja comprovada resposta ao broncodilatador, é desejável que o paciente seja submetido à pletismografia, para confirmação de diagnóstico de Hiperinsuflação isolada não detectada na manobra de expiração forçada. Acomete certa de 10% das crianças com sintomas similares à asma. A hiperinsuflação pulmonar é a expansão crônica e excessiva do pulmão. Ela pode ser resultante do excesso de dióxido de carbono retido nos pulmões ou da falta de elasticidade dos órgãos devido a alguma doença.
DIAGNÓSTICO (Aspectos biofísicos dos exames):
Alguns sintomas sugestivos da asma são: Dispneia, tosse crônica, sibilância, opressão ou desconforto torácico, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã. Podem ser desencadeados por irritantes inespecíficos (como fumaças, odores fortes e exercício) e aeroalérgenos (como ácaros e fungos). A asma que se inicia na fase adulta pode estar relacionada com exposições ocupacionais.
A presença de sibilos é indicativa de obstrução ao fluxo aéreo, porém nem sempre acontece. O diagnóstico deve ser realizado por:
- Espirometria (antes e após o uso de broncodilatador);
- Testes de broncoprovocação;
- Medidas seriadas de PFE;
A avaliação funcional da asma, através da espirometria, tem três utilidades principais: confirmar o diagnóstico, verificar a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo; e monitorização da doença e suas modificações após iniciar o tratamento.
A espirometria fornece duas medidas importantes para o diagnóstico: VEF1 e CVF. Há uma limitação ao fluxo aéreo se houver redução da relação VEF1 /CVF, e a intensidade dessa limitação é determinada pela redução percentual do VEF1 em relação ao seu previsto. O diagnóstico de asma é confirmado pela demonstração de significativa reversibilidade, parcial ou completa, após a inalação de um broncodilatador de curta ação.
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