Psicultura Tambaqui

Tambaqui

(Colossomamacropomum)

Características da Espécie

O tambaqui é um peixe de escama, corpo romboidal, nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo que pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Os alevinos até 40 dias de idade apresentam uma mancha preta acima da linha lateral, que, com o tempo, vai desaparecendo lentamente. É uma espécie reofílica, ou seja, não desova em cativeiro.

Pertencente à classe Actinopterygii, ordem Characiformes, o tambaqui pode atingir 1m de comprimento e chegar a 30 kg. Ocorre naturalmente nas bacias do Amazonas e do rio Orinoco, sendo que é mais comum na foz do rio Xingu, no Estado do Pará. É também encontrado ao longo dos tributários de águas barrentas do rio Amazonas e nas partes baixas dos tributários de águas claras e negras. A área de vida dos tambaquis, de maneira geral, é caracterizadas por águas ricas em nutrientes, com temperaturas medias entre 25 e 34°C, e abundância de áreas alagáveis. A espécie é capaz de resistir a baixas concentrações de oxigênio dissolvido (~1 mg/l) .

Alimentação natural da larva de tambaqui consiste de zooplâncton invertebrados, porém na fase juvenil pode incorporar sementes pequenas, podendo ser arroz silvestre e pequenas frutas, ocorrendo sempre na época de enchentes. Os adultos se alimentam de pequenas frutas e plânctons, ingerindo, ocasionalmente, folhas e animais.

Reprodução, Incubação e Larvicultura

O tambaqui somente se reproduz em águas ricas em nutrientes. O tambaqui não se reproduz espontaneamente em tanques, embora alguns relatos sugiram que isso possa ocorrer. A reprodução dessa espécie, como a maioria dos peixes migradores, é induzida com a utilização de hormônios, sendo bastante dominada em cativeiros especializados. Os hormônios sintéticos, como a gonadorelina e gonadotropina. O extrato, feito com hipófises secas ou preservadas em etanol, é injetado nos peixes em solução salina ou em glicerina, que atinge com sucesso 80% do esperado.

Os ovos do tambaqui são incubados normalmente em incubadoras do tipo Woynarovich de 60 a 200 l de capacidade. A taxa de estocagem nessas incubadoras varia de 0,5 a 3,5 g de ovos/L, o que equivale a 800 a 6000 ovos/L. Entretanto, a maioria dos laboratórios usa 2 g/L ou 3000 ovos em incubadoras de 200L, fazendo que a taxa de eclosão chegue a 90%. As larvas podem ser transferidas para tanques adubados após 4-6 dias da eclosão. Essa é a fase mais sensível do processo de reprodução, e pode ocorrer alta mortalidade por causa da predação ou alimentação inadequada. A larvicultura é um processo em que variando de laboratórios alguns processos são diferentes, como manejo por exemplo. Inicialmente, as larvas são transferidas para os viveiros, de aproximadamente 200m² e, com densidade de 10 a 700 larvas/m³. Esses viveiros são calados e adubados antes da entrada dos peixes, podendo ser com adubo orgânico, fertilizante vegetal e/ou inorgânicos, o qual deve ser cheio de 2 a 4 dias antes.

Outro fator importante é o manejo de reprodutores, pois o sucesso da indução depende do manejo adequado. Esse processo depende da taxa de estocagem e da qualidade da alimentação. A quantidade e qualidade da ração oferecida também são bastante variáveis. Os plantéis recebem em média, 2,5% da biomassa em ração, contendo de 24 a 28% de proteína. Os tanques são adubados mensalmente pra estimular a produção de zooplâncton, e a suplementação ocasional com caramujos é comum em algumas estações. O manejo do plantel por estágio reprodutivo, sua alimentação e tratamento hormonal pode permitir múltiplas desovas por ano ou, pelo menos, estender o período reprodutivo por sete a oito meses.

Engorda

O tambaqui é criado em todo Brasil e, é o principal peixe criado na região amazônica, visto que, possui um bom potencial, alta produtividade, rusticidade, os animais jovens são de fácil obtenção, a demanda do produto é muito boa, fazendo que a busca pesquisas se intensifique cada vez mais.

A região norte é o grande produtor de tambaqui do país. A criação, normalmente, é feita de maneira semi-intensiva, se dividindo em recria e engorda. A primeira dura em torno de 60 dias e a segunda de 240 a