Questões De Parasitologia
Trabalho Escolar: Questões De Parasitologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: menica • 13/10/2014 • 2.549 Palavras (11 Páginas) • 259 Visualizações
Dermatofitose
Nomes populares
Dermatomicose, Tinea, Tinha, Ringworm.
Agente causador
São causadas por fungos filamentosos, queratinofílicos e queratinolíticos pertencentes
aos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton.
Espécies acometidas
Humanos, animais domésticos e silvestres.
Sintomas nos seres humanos
Lesões na pele e anexos - eritematosas, descamativas, alopécicas e normalmente
pruriginosas. Lesões nas unhas (onicomicoses) - caracterizadas por uma mancha branca
opaca e espessa normalmente na região subungueal distal ou lateral.
Sinais clínicos nos animais
Lesões cutâneas superficiais caracterizadas por alopecia circular e descamação que
podem ser classificadas em localizadas, disseminadas ou do tipo kérion. Pequenos
animais podem desenvolver, raramente, onicomicose ou infecção profunda da derme
denominada de pseudomicetoma ou micetoma dermatofítico.
Formas de transmissão
As dermatofitoses podem ser transmitidas através do contato direto com o ambiente,
animais e/ou humanos acometidos pela doença ou portadores assintomáticos. A
transmissão também pode ocorrer através do contato com instrumentos e objetos
contaminados com os fungos.
Diagnóstico
O diagnóstico das dermatofitoses é baseado nos sinais clínicos e exames laboratoriais
que confirmem a presença do agente em amostras clínicas de pele, pelos e unhas. O
exame direto com hidróxido de potássio (KOH) 10% a 40% revela a presença de
artroconídios, hifas ou esporos fúngicos enquanto que o isolamento micológico
DERMATOFITOSE
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DERMATOFITOSE
determina o gênero e a espécie fúngica envolvida, propiciando assim, a determinação
de medidas adequadas de controle e prevenção.
Laboratórios e Serviços de Referência
Animais:
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Centro de Pesquisa e Diagnóstico em Micologia Veterinária (MICVET)
Campus Universitário Capão do Leão
R. Gomes Carneiro, 1 - Centro - Capão do Leão / RS
CEP 96010-610 - Telefones: (53) 3275-7140 / 3275-7644
www.ufpel.edu.br
Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre
Laboratório de Patologia e Micologia
R. Sarmento Leite, 187 - Centro - Porto Alegre/RS
CEP 90050-170 - Telefone: (51) 3214-8410
www.santacasa.org.br
Notificação Obrigatória
Não.
1. HISTÓRICO
As dermatofitoses, também denominadas de tinhas, Ringworm ou Tinea, são micoses
cutâneas causadas por um grupo de fungos denominados genericamente dermatófitos que
geralmente afetam somente tecidos queratinizados, como extrato córneo, pelos, unhas,
casco e pena de animais. É uma doença de grande importância em saúde pública por ser uma
zoonose ou antropozoonose, sendo sua ocorrência influenciada por fatores ambientais e de
manejo. Geralmente, as lesões das dermatofitoses são superficiais, no entanto, em alguns
casos, pode ocorrer a formação de granulomas dermatofíticos, também chamados de
pseudomicetomas.
Em pequenos animais a ocorrência da dermatofitose não está relacionada à
sazonalidade, não havendo diferenças na prevalência desta com relação ao sexo dos
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animais. Porém, em relação à idade, os jovens com idade inferior a um ano apresentam maior
predisposição à dermatofitose. Em relação à raça, parece haver predisposição aos animais
puros, ocorrendo principalmente em Yorkshire, nos caninos; e nos Persas, em felinos. Em
pequenos animais, um estudo na região de Santa Maria (RS) no período de 1998 a 2003,
demonstrou 12,3% de positividade fúngica sendo Microsporum canis a espécie mais isolada,
seguida por M. gypseum e T. mentagrophytes.
Um estudo realizado na cidade de Porto Alegre/RS sobre a prevalência das
dermatopatias em 250 caninos no período de um ano observou-se que as doenças fúngicas
ocorreram em 7,6% dos casos, sendo o M. canis o mais isolado.
No Rio Grande do Sul, a prevalência de dermatofitose bovina por Trichophyton
verrucosum varia de 7,5% a 42,8%, sendo uma doença de alta morbidade e baixa mortalidade.
Já em equinos, a doença apresenta baixa ocorrência sendo causada principalmente por
T. equinum e T. mentagrophytes.
Em suínos, a dermatofitose é considerada rara. No entanto, em 2004 foi descrito um surto
por T. mentagrophytes no RS com o acometimento de matrizes e leitões. Esses apresentaram
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