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Relatorio De Microbiologia

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Por:   •  24/11/2013  •  1.296 Palavras (6 Páginas)  •  942 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Os seres humanos, quando fetos, geralmente são livres de microrganismos. Ao nascimento, populações microbianas normais e características começam a se estabelecer de imediato. No ser humano, o primeiro contato que o recém-nascido tem com microrganismos ocorre na passagem pelo trato vaginal da parturiente, a qual possui uma multiplicação intensa de lactobacilos imediatamente antes do parto, tornando-se os microrganismos predominantes do intestino do bebê. Com a respiração e o início da alimentação, mais microrganismos são introduzidos no corpo do recém-nascido a partir do meio ambiente. A E. coli e outras bactérias provenientes dos alimentos começam a habitar o intestino. Esses microrganismos permanecerão nesse sítio para o resto da vida do indivíduo e, em respostas as mudanças anormais, podem aumentar ou diminuir o seu número, contribuindo para o surgimento de doenças. A microbiota depende de fatores genéticos e ambientais, sendo muito influenciado pela alimentação (COIRADAS et al., acesso em 09/10/2013).

A microbiota humana tem importante função de proteção e defesa do organismo hospedeiro na tentativa de colonização de micróbios potencialmente patogênicos ao competir com eles por nutrientes, produzir substâncias prejudiciais aos micróbios invasores e afetar condições como pH e a disponibilidade de oxigênio. Possui a estimulação do sistema imune em recém-natos, além de auxiliar na absorção de nutrientes. A relação entre a microbiota normal e o hospedeiro é chamada de simbiose, uma relação entre dois organismos na qual pelo menos um é dependente do outro. A simbiose confere proteção confere proteção ao individuo (MACHADO, 2008).

O corpo humano é habitado por uma quantidade enorme de microrganismos, que estabelecem residência permanente (colonizam). A composição da microbiota bacteriana humana é relativamente estável, o que significa que em condições normais não geram doenças no seu hospedeiro. Possuem gêneros específicos ocupando as diversas regiões do corpo, ou seja, cada sítio anatômico possui uma microbiota característica no qual os vários gêneros e espécies de microrganismos são altamente adaptados às condições durante períodos particulares na vida de um indivíduo. Estes microrganismos que habitam o ser humano são chamados de microbiota normal. Calcula-se que o número de simbiontes microbianos presentes no corpo humano seja da ordem de 100 trilhões, número este que é 10 vezes maior que a quantidade de células do próprio corpo humano. A microbiota humana desempenha funções importantes na saúde e na doença (UNESP, acesso em 09/10/2013).

Antissepsia é o conjunto de medidas propostas para remover, destruir ou inibir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos na microbiota transitória e alguns residentes da pele e mucosas. Utiliza-se para essa técnica produtos denominados antissépticos, que são agentes germicidas, porém com baixa causticidade, hipoalergênico e passível de ser aplicado em tecido vivo (MORIYA & MÓDENA, 2008).

O antisséptico de escolha deve ser aquele que melhor se adeque aos parâmetros de ação sobre a microbiota em questão, tolerância do profissional e custo. Para o uso hospitalar é mais indicado: álcool glicerinado a 2% 70 Gl (que não resseca tanto a pele e é virucida e tuberculicida), iodóforos como PVPI e gluconato de clorhexidina. Também podem ser utilizados sabões que são sais sódicos (ácidos graxos + radicais básicos). Têm ação tensoativa (detergente) permitindo a retirada pela água de sujidades e microrganismos não residentes. Sua qualidade depende dos materiais empregados na sua Confecção (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).

No âmbito Hospitalar os mais utilizados são álcool etílico, gluconato de Clorhexidina e os compostos de iodo. Perdem sua efetividade sobre influência de luz, Temperatura, pH e tempo. Os principais são:

Álcool etílico a 70% Age por desnaturação de proteínas. É indicado para:

• Desinfetar artigos semicríticos e superfícies fixas.

• Fazer antissepsia de mãos após lavação.

• Antissepsia de pele antes de venopunção.

• Antissepsia de coto umbilical em recém-nascido.

Clorhexidina (gluconato de Clorhexidina) - Rompe a membrana celular de micróbios e precipita seu conteúdo. É indicado para:

• Antissepsia em pele e mucosas (solução aquosa a 4%).

• Antissepsia complementar e demarcação da pele no campo operatório (solução alcoólica em álcool 70% de 0,5% de Clorhexidina).

• Degermação de campo cirúrgico e antissepsia de mãos e antebraços no pré-operatório (detergente líquido + solução aquosa a 4%).

• Casos de alergia ao PVPI.

• Em epidemias ou surtos de Staphylococcus aureus para antissepsia de mãos e banho em recém-nascidos.

Iodóforos - PVPI (polivinilperrolidona 10% iodo 1%) age penetrando na parede celular e substituindo seu conteúdo por iodo livre.

• É virucida, tuberculicida, fungicida, amebicida, nematocida, inseticida tendo alguma ação esporicida. É bactericida para Gram positivo e negativo.

• O efeito residual é de seis a oito horas e necessita de dois minutos de contato para começar a agir.

• Deve ser acondicionado em frascos âmbar, exceto solução alcoólica que deve ser guardada em frascos transparentes.

• É inativo por substâncias orgânicas não devendo ser usado em recém-nascidos.

Pode ser encontrado como:

- PVPI detergente (solução detergente): degermação pré-operatória (campo e equipe), ao redor de feridas. Deve ser enxaguado e usado apenas em pele íntegra.

- PVPI tópico (solução aquosa): antissepsia em mucosas e curativos, aplicação em feridas superficiais e queimaduras, entre outras.

- PVPI tintura (solução alcoólica): luva química,

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