Relações Ecológicas Entre Seres Vivos
Dissertações: Relações Ecológicas Entre Seres Vivos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RodrigoManarin • 23/4/2013 • 1.368 Palavras (6 Páginas) • 1.336 Visualizações
Relações Ecológicas entre Seres Vivos
Podemos classificar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos:
• as intra-específicas, que ocorrem entre seres da mesma espécie;
• as interespecíficas, entre seres de espécies diferentes.
É comum diferenciar-se as relações em harmônicas e desarmônicas. Nas harmônicas não há prejuízo para nenhuma das partes associadas, e nas desarmônicas há.
Relações Intra-específicas Harmônicas
a) Colônias
Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam um grau de interdependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo impossível a vida quando isolados do conjunto, podendo ou não ocorrer divisão do trabalho.
Ex.: As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em colônias.
b) Sociedades
São agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isolada mas preferem viver na coletividade. Os indivíduos de uma sociedade têm independência física uns dos outros. Pode ocorrer um certo grau de diferenciação de formas entre eles e de divisão de trabalho com alguns insetos denominados sociais (que formam sociedade). A comunicação é feita através dos ferormônios - substâncias químicas que servem para essa função. Os ferormônios são usados na demarcação de territórios, atração sexual, transmissão de alarme, localização de alimento e organização social.
Ex.: as formigas, as abelhas e os cupins.
Relações Intra-específicas Desarmônicas
a) Canibalismo
Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie.
Ex.: ocorre com escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc. Na espécie humana, quando existe, recebe o nome de antropofagia (do grego anthropos, homem; phagein, comer).
Relações Interespecíficas Harmônicas
a) Comensalismo
É uma associação em que uma das espécies — a comensal — é beneficiada, sem causar benefício ou prejuízo ao outro (não-comensal).
Ex.: A rêmora é um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubarões, aproveita os restos alimentares que caem na boca do seu grande "anfitrião". A Entamoeba colié um protozoário comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos da digestão.
b) Inquilinismo
É a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeiro), sem prejudicá-lo. Trata-se de uma associação semelhante ao comensalismo, não envolvendo alimento.
Ex.: Peixe-agulha e holotúria, o peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.
As epífitas (epi, em cima) são plantas que crescem sobre outras plantas sem parasitá-las, usando-as apenas como suporte. Ex.: as orquídeas e as bromélias.
c) Mutualismo
Associação na qual duas espécies envolvidas são beneficiadas, porém, cada espécie só consegue viver na presença da outra, associação permanente e obrigatória entre dois seres vivos de espécies diferentes.
Ex.:
1.Líquens - constituem associações entre algas unicelulares e certos fungos. As algas sintetizam matéria orgânica e fornecem aos fungos parte do alimento produzido. Esses, por sua vez, retiram água e sais minerais do substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de algas, protegendo-as contra desidratação.
2.Cupins e protozoários - ao comerem madeira, os cupins obtêm grandes quantidades de celulose, mas não conseguem produzir a celulase, enzima capaz de digerir a celulose. Em seu intestino existem protozoários flagelados capazes de realizar essa digestão. Assim, os protozoários se valem em parte do alimento do inseto e este, por sua vez, se beneficia da ação dos protozoários. Nenhum deles, todavia, poderia viver isoladamente.
3.Ruminantes e microorganismos - no estômago dos ruminantes também se encontram bactérias que promovem a digestão da celulose ingerida com a folhagem.
4.Bactérias e raízes de leguminosas - no ciclo do nitrogênio, bactérias do gênero Rhizobium produzem compostos nitrogenados que são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas bactérias a matéria orgânica necessária ao desempenho de suas funções vitais.
5.Micorrizas - são associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros, tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.
d) Protocooperação
Trata-se de uma associação bilateral, entre espécies diferentes, na qual ambas se beneficiam; contudo, tal associação não é obrigatória, podendo cada espécie viver isoladamente.
Ex.:
1.Alguns animais que promovem a dispersão de algumas plantas comendo-lhes os frutos e evacuando as suas sementes em local distante; a ação de insetos que procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a polinização das plantas.
2.Caramujo paguro e actínias - também conhecido como bernardo-eremita, trata-se de um crustáceo marinho que apresenta o abdômen longo e mole, desprotegido de exoesqueleto. A fim de proteger o abdomên, o bernardo vive no interior de conchas vazias de caramujos. Sobre a concha aparecem actínias ou anêmonas-do-mar (celenterados), animais portadores de tentáculos urticantes. Ao paguro, a actínia não causa qualquer dano, pois se beneficia, sendo levada por ele aos locais onde há alimento. Ele, por sua vez, também se beneficia com a eficiente "proteção" que ela lhe dá.
3.Pássaro-palito e crocodilo - o
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