Retinopatia Diabética Resumo Oftalmologia
Por: rbalboa09 • 17/4/2021 • Trabalho acadêmico • 912 Palavras (4 Páginas) • 424 Visualizações
RETINOPATIA DIABÉTICA
Estatística
Após 20 anos de doença, mais de 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% com o tipo 2 apresentarão algum grau de retinopatia.
A principal causa da baixa visão é o edema macular.
Na RD proliferativa não tratada a taxa de evolução para cegueira é de 50% em 5 anos.
O risco de cegueira pela RD pode ser reduzido a menos de 5% quando o diagnóstico é realizado em tempo adequado e o tratamento realizado corretamente.
Fatores de Risco
- Tempo da doença
- Hiperglicemia
- DM1; HAS; tabagismo; nefropatia; gestação (controle trimestral).
Fisiopatologia
- Estado hiperglicêmico crônico
- Alta dos resíduos da metabolização da glicose – (ADE – Advanced Glycation Endproducts)
- Há DANO ENDOTELIAL dos capilares de todo corpo, causando:
- Espessamento da membrana basal da parede, aumentando seu calibre e causando a oclusão capilar. Há também perda dos pericitos que são células que ficam em volta dos capilares – função contrátil e de restauração da parede capilar – promovendo os microaneurismas.
- Aumento da permeabilidade vascular: liberação de líquido – edema; sangue – hemorragias; gordura – exsudatos duros.
- Devido ao dano endotelial e consequentemente edema, hemorragias e exsudatos irá promover a isquemia retiniana: infarto de fibras nervosas – exsudatos algodonoso. [ocorre quando há descompensação brusca da glicemia].
- A isquemia irá promover o aumento do fator de crescimento endotelial vascular – VEGF: Neovascularização (vasos mal formados, sem organização celular).
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- Ao mesmo tempo acontecerá dois mecanismos, edema e isquemia retiniana. Nos DM1 apresentará mais comumente a forma isquêmica.
Diagnóstico
É clínico. Avaliado pela fundoscopia, MR e retinografia simples.
Classificação
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OBS: O edema macular não entra na classificação pois não correlaciona a nenhum estado específico da isquemia. Pode aparecer tanto na leve ou proliferativa ou ausente na proliferativa.
Classifição (ETDRS) – Edema Macular clinicamente significativo
- Espessamento macular de +- 500micra a +- 500micra do centro da fóvea
- Exsudato duros juntamente com espessamento macular a +-500micra
- Espessamento macular de +- 1.500micra a +- 1.500micra do centro da fóvea
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Classificação alto risco para perda visual severa em cinco anos (ETDRS)
- Neovasos de disco maior que 1/3 da área total do disco.
- Qualquer neovascularização de disco associada a hemorragia vítrea.
- Neovaso de retina com área maior que ½ do diâmetro do disco com HV
Lesões Elementares
- Microaneurismas: primeiras lesões; presente na camada nuclear interna.
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- Exsudatos Duros: acúmulo de proteínas e gordura na camada plexiforme externa.
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- Exsudatos algodonosos: isquemia localizada na camada de fibras nervosas – descontrole metabólico agudo
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- Hemorragias em chama de vela: localizada na camada de fibras nervosas
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- Hemorragias em borrão: Hemorragia dos capilares intrarretinianos
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- Edema Macular: Depósito líquido nas camadas plexiforme externa e nuclear interna.
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- IRMA: Mal formação vascular intraretiniana. “pré neovasos”. Ligam arcadas vasculares, adjacentes a áreas isquêmicas. Não ultrapassa a MLI e não extravasa na angio.
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VASOS EM ROSÁRIO: Aspecto de "salsicha"
ISQUEMIA: Há espessamento da membrana basal e perda de pericitos dos capilares e consequentemente apoptose dos mesmos, gerando áreas de exclusão
NEOVASOS: Vasos superficiais que romperam MLI. Não apresentam pericitos: intenso extravasamento.
PROLIFERAÇÃO FIBROVASCULAR: Fibrose e vasos gerando tração e descolamento tracional da retina. Pode causar um DR tracional. Inicialmente começa sobre o disco e vai em direção as arcadas
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