SAUDE DO HOMEM
Pesquisas Acadêmicas: SAUDE DO HOMEM. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: morganakbf • 12/11/2013 • 4.290 Palavras (18 Páginas) • 659 Visualizações
O Ministério da Saúde, nos 20 anos do SUS, apresenta uma das prioridades desse governo, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem,
desenvolvida em parceria entre gestores dos SUS, sociedades científicas,
sociedade civil organizada, pesquisadores acadêmicos e agências de
cooperação internacional.
Nesse sentido, a política traduz um longo anseio da sociedade ao reconhecer
que os agravos do sexo masculino constituem verdadeiros problemas de
saúde pública. Um de seus principais objetivos é promover ações de saúde
que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular
masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. e
possibilitem o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população.
Para isso, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem está
alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica – porta de entrada do
Sistema Único de Saúde - e com as estratégias de humanização em saúde, e
em consonância com os princípios do SUS, fortalecendo ações e serviços em
redes e cuidados da saúde.
O Ministério da Saúde vem cumprir seu papel ao formular a Política que deve
nortear as ações de atenção integral à saúde do homem, visando estimular o
auto-cuidado e, sobretudo, o reconhecimento que a saúde é um direito social
básico e de cidadania de todos os homens brasileiros.
A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa
qualificar a atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de
cuidado que resguardem a integralidade da atenção. O reconhecimento de que a
população masculina acessa o sistema de saúde por meio da atenção especializada
requer mecanismos de fortalecimento e qualificação da atenção primária, para que a
atenção à saúde não se restrinja à recuperação, garantindo, sobretudo, a promoção
da saúde e a prevenção a agravos evitáveis.
Vários estudos comparativos entre homens e mulheres têm comprovado o fato
de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às
enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as
mulheres
. A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de
morbimortalidade, os homens não buscam, como o fazem as mulheres, os
serviços de atenção primária
adentrando o sistema de saúde pela atenção ambulatorial e hospitalar de
média e alta complexidade, o que tem como conseqüência agravo da
morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o sistema de
saúde.
Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor adesão, visto
que os esquemas terapêuticos exigem um grande empenho do paciente que,
em algumas circunstâncias, necessitam modificar seus hábitos de vida para
cumprir seu tratamento. Tal afirmação também é válida para ações de
promoção e prevenção à saúde que requer, na maioria das vezes, mudanças
comportamentais.
As pesquisas qualitativas apontam várias razões, mas, de um modo geral,
podemos agrupar as causas da baixa adesão em dois grupos principais de
determinantes, que se estruturam como barreiras entre o homem e os serviços e
ações de saúde a saber,
barreiras sócio-culturais e barreiras institucionais
A isto se acresce o fato de que o indivíduo tem medo que o médico
descubra que algo vai mal com a sua saúde, o que põe em risco sua crença de
invulnerabilidade.
.
Uma questão bastante apontada pelos homens para a não procura pelos serviços
de atenção primária está ligada a sua posição de provedor. Alega-se que o horário
do funcionamento dos serviços de saúde coincide com a carga horária do trabalho.
A compreensão das barreiras sócio-culturais e institucionais é importante para a
proposição estratégica de medidas que venham a promover o acesso dos homens
aos serviços de atenção primária, que deve ser a porta de entrada ao sistema de
saúde, a fim de resguardar a prevenção e a promoção como eixos necessários e
fundamentais de intervenção.
resguardem as diferenças nas necessidades de saúde da população de homens no
país, sem discriminação.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, portanto, além de
evidenciar os principais fatores de morbi-mortalidade na saúde do homem
explicita o reconhecimento de determinantes sociais que resultam na
vulnerabilidade da população masculina aos agravos à saúde, considerando
que
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