Semiologia do Fígado
Por: Renato Campos • 8/5/2015 • Trabalho acadêmico • 10.951 Palavras (44 Páginas) • 1.117 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE MEDICINA
UNIDADE CURRICULAR - 3
SEMIOLOGIA DO FÍGADO E VIAS BILIARES
CUIABÁ- MT
2015
BEATRIZ VILACIAN ALMEIDA
GABRIEL HENRIQUE GUIMARAES OLIVEIRA
JOSE SUDÁRIO CARDOSO NETO
LILIAN LACERDA FERNANDES
MARIA THAIS MIKUNI MENDONÇA
MARINA GABRIELA DOMINGUES DE LIMA
RENATO VIEIRA CAMPOS
TIAGO ANTÔNIO BORGES PINHEIRO
SEMIOLOGIA DO FÍGADO E VIAS BILIARES
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito avaliativo da disciplina de Saúde do Adulto I.
Tutor: Dr. João Felix Dias
CUIABÁ- MT
2015
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO
2. ANAMNESE
2.1 Caso Clínico - História da Doença Atual
3 - SINAIS E SINTOMAS: FÍGADO E VIAS BILIARES
3.1 – Edema
3.2 – Ascite
3.3 – Icterícia
3.3.1 – Síntese e metabolismo da bilirrubina
3.3.2 – Fisiopatologia da hiperbilirrubinemia
3.3.3 – Abordagem ao paciente ictérico
3.4 – Dor abdominal
3.4.1 – Bases neurológicas da dor abdominal
3.4.2 – Classificação da dor abdominal
3.4.3 – Características semiológicas da dor abdominal
3.5 – Hipogonadismo
4 - EXAME FÍSICO: FÍGADO E VIAS BILIARES
4.1 – Inspeção
4.1.1 – Inspeção Estática
4.1.2 - Inspeção Dinâmica
4.2 – Ausculta
4.3 – Percussão
4.4 – Palpação
5 - CONCLUSÃO
6 - REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Mecanismos de formação do edema em pacientes cirróticos
Figura 2: Conversão do heme em bilirrubina.
Figura 3: Tipos de circulação colateral.
Figura 4: Manobra de Palpação Bimanual
Figura 5: Tipos de Borda Hepática
Figura 6: Características do Fígado em algumas hepatopatias.
Figura 7: Manobra de Schuster.
1 – INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta como tema a semiologia do fígado e vias biliares, abordando os principais sinais e sintomas apresentados pelos pacientes com acometimento hepático e o exame físico do abdome direcionado ao fígado, às etapas e às manobras que podem vir a apresentar algum tipo de alteração relacionada.
A motivação para a escolha do tema possui relação direta com as nossas aulas práticas no Hospital Universitário Júlio Muller, no qual vários pacientes entrevistados e examinados por nós apresentavam cirrose hepática ou colelitíase.
A semelhança entre os sinais e sintomas dessas afecções, e a diferenciação entre elas com base em outros achados associados é de grande importância para o exame clínico do abdome, sendo, portanto, pano de fundo para a discussão apresentada no decorrer do trabalho.
Ademais, tanto a cirrose hepática como a colelitíase são doenças de grande prevalência mundial, por isso a importância do profissional médico de não só em conhecer a semiotécnica do exame do abdome, mas também em dominar a fisiopatologia tanto das doenças, quanto dos sinais, sintomas e manobras perceptíveis durante o exame clínico.
A metodologia utilizada no trabalho se baseia na revisão bibliográfica de livros e artigos de revisão acerca do tema.
2. ANAMNESE
A anamnese direcionada a pacientes para investigação de comprometimentos hepáticos e da vias biliares segue a mesma sequência clássica, atentando-se especialmente para algumas características. Sendo assim, a anamnese realizada deve conter todos os tópicos padrões, atentando-se para hábitos de vida, idade, antecedentes pessoais, antecedentes familiares e interrogatório sintomatológico do sistema gastrointestinal. Além disso, deve-se investigar os sintomas que precedem ou estão concomitantes com a queixa principal.
Em relação a idade é importante considerar a faixa etária do paciente, pois muitas patologias apresentam maior incidência em determinados grupos etários, tais como: hiperbilirruninemias congênitas e hiper-hemólise, presentes no período neonatal, Hepatite A, com maior frequência na infância e adolescência, Litíase Biliar, em paciente na meia-idade e ainda neoplasias malignas, em pessoas com mais de 40 anos (CASTRO & COELHO, 2004; ZATERKA & EISIG, 2011).
Quanto a antecedentes pessoais deve-se investigar se o paciente realizou transfusões sanguíneas, visto que são condições que transmitem as hepatites B e C. Investigar também o uso ou exposições a agentes químicos e medicamentos usados nos últimos seis meses, incluindo consumo de ervas e medicação alternativa, visto que todos são potencialmente capazes de produzir dano hepático. É importante também sempre questionar o paciente quanto a sua vacinação e sobre doenças sistêmicas (CASTRO & COELHO, 2004; ZATERKA & EISIG, 2011).
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