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Sifilis

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Por:   •  19/11/2013  •  1.746 Palavras (7 Páginas)  •  1.915 Visualizações

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• O que é sífilis?

A sífilis é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada pela bactéria Treponema pallidum, cujo sintoma mais comum é uma úlcera indolor na região genital. Na era pré-antibióticos, a sífilis era uma doença crônica, prolongada, dolorosa e que em fases avançadas acometia todos os sistemas do organismo, sendo extremamente temida e muito estigmatizada.

• Agente etiológico

Treponema pallidum é uma espécie de bactéria gram-negativa do grupo das espiroquetas e o agente causador da Sífilis. Possui forma espiral, apresentando de 6 a 14 espirais espaçadas e regulares no centro, diminuindo de amplitude e de periodicidade ao nível das extremidades, 6 a 10 filamentos axiais e 1 disco de inserção. Tem cerca de 10 micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura. Move-se ao longo do seu eixo longitudinal, tipo "saca-rolhas". Não é cultivável in vitro, sendo extremamente frágil (sensível à temperatura, humidade e desinfectantes). Tem como

habitat a mucosa urogenital. É anaeróbia facultativa e catalase negativa. A Treponema pallidum possui 4 sub-espécies:

1. T. pallidum pallidum (agente causador da Sífilis)

2. T. pallidum pertenue

3. T. pallidum carateum

4. T. pallidum trirocllium

5. T. pallidum endemicum

• Fatores de virulência

Proteínas da membrana interna - responsáveis pela sedução da bactéria;

Fibronectina- Impede a fagocitose

Hitrufunidazte- Enzima que degrada o limotriacilismo presente nos tecidos.

• Transmissão da sífilis

A transmissão ocorre, na maioria dos casos, pela via sexual e se dá pela penetração da bactéria através de microscópicas feridas ou abrasões na mucosa da vagina ou do pênis. Estima-se que o risco de contágio em cada relação sexual desprotegida com parceiro infectado seja de aproximadamente 30%. Se houver feridas ou inflamações na vagina/pênis, este risco é ainda maior. Os pacientes que transmitem sífilis são aqueles que apresentam a doença na fase primária ou secundária, principalmente se houver lesões ativas nos órgãos sexuais. Apesar de não ser 100% efetiva, a camisinha ainda é o melhor método para prevenir a transmissão por via sexual da sífilis.

Nas fases mais avançadas da doença, a sífilis pode ser transmitida por beijos e até pelo toque, se houver lesões na pele ou na boca.

A transmissão da sífilis por transfusão de sangue é muito rara uma vez que o Treponema pallidum não sobrevive por mais de 48h no sangue estocado.

Existe também a sífilis congênita, que é aquela adquirida pelo feto quando a mãe encontra-se contaminada pelo Treponema pallidum durante a gestação. A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.

• Etiopatogenia

A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação, enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão.

Entretanto, a imunidade humoral não tem capacidade de proteção.

• Sintomas da sífilis

A doença é dividida em 03 estágios, denominados sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária.

1. Sintomas da sífilis primária

O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre o contágio e os primeiros sintomas, é em média de 2 a 3 semanas. Todavia, há casos em que este intervalo pode ser tão curto quanto três dias ou tão longo quanto três meses.

A lesão da sífilis primária é uma pápula (uma pequena elevação na pele) nos órgãos genitais que em poucas horas se transforma em uma úlcera não dolorosa. Nas mulheres esta lesão pode passar despercebida, uma vez que é pequena (em média 01 cm de diâmetro), indolor e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos ou dentro da vagina. Não há outros sintomas associados à lesão da sífilis primária; o paciente apresenta no máximo aumento dos linfonodos da virilha.

Em alguns casos a úlcera pode surgir na boca ou na faringe, caso a transmissão tenha se dado através do sexo oral.

A úlcera da sífilis recebe o nome de cancro duro e após 3 a 6 semanas desaparece mesmo sem tratamento, levando à falsa impressão de cura espontânea. Portanto, a sífilis inicialmente é uma doença indolor, que costuma frequentemente passar despercebida e que parece desaparecer espontaneamente após algum tempo. O problema é que o desaparecimento do cancro duro não significa cura, pelo contrário, a bactéria agora está se multiplicando e se espalhando pelo organismo silenciosamente.

2. Sintomas da sífilis secundária

Em 25% dos pacientes não tratados na fase primária, algumas semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a sífilis retorna, agora disseminada pelo organismo. Em alguns casos, o paciente só descobre que tem sífilis na fase secundária, pois a lesão primária pode ter passado despercebida na época.

Essa forma de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são comuns febre, mal estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo.

As lesões nas solas dos pés, palmas das mãos e mucosa oral são características, mas as erupções de pele podem ocorrem em qualquer local do corpo.

Outra lesão típica da sífilis secundária é o chamado condiloma lata, uma lesão úmida, com aspecto de uma grande verruga, que surge geralmente próximo do local onde existiu a lesão do cancro duro na sífilis primária.

Há casos, porém, que a sífilis secundária apresenta poucos sintomas, fazendo com que o paciente não dê muita importância ao

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