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Sifilis

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Por:   •  8/5/2013  •  2.053 Palavras (9 Páginas)  •  3.209 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Treponema pallidum é uma bactéria patogênica para o homem, causadora da sífilis, É pertencente ao gênero Treponema, da família dos Treponemataceae. A sífilis é doença infecciosa crônica, que desafia há séculos a humanidade. Acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais.

Tornou-se conhecida na Europa no final do século XV, e sua rápida disseminação por todo o continente transformou-a em uma das principais pragas mundiais. A riqueza do acometimento da pele e das mucosas associou-a fortemente à dermatologia.Duas teorias foram elaboradas na tentativa de explicar sua origem. Na primeira, chamada de colombiana, a sífilis seria endêmica no Novo Mundo e teria sido introduzida na Europa pelos marinheiros espanhóis que haviam participado da descoberta da América. Outros acreditavam que a sífilis seria proveniente de mutações e adaptações sofridas por espécies de treponemas endêmicos do continente africano.

Veremos que a sífilis pode ser transmitida sexualmente ou verticalmente de mãe para filho e devido o comportamento atual da sociedade há o aumento dos números gerais da doença.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SÍFILIS

A sífilis é doença infecto contagiosa, transmitida sexualmente e verticalmente durante a gestação. Caracteriza-se por período de atividade; onde ocorrem manifestações sistêmicas, isto é, comprometendo várias partes do corpo e período latência que o individuo infectado está assintomático. No período de atividade o acometimento sistêmico disseminado pode gerar evolução para complicações graves em parte dos pacientes que não trataram ou que foram tratados inadequadamente.

É conhecida desde o século XV, e seu estudo ocupou todas as especialidades médicas e, de modo especial, a dermatologia. Seu agente etiológico, o Treponema pallidum, nunca foi cultivado e, apesar de descrito há mais de 100 anos e sendo tratado desde 1943 pela penicilina, sua droga mais eficaz, continua como um problema de saúde importante em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos. Dadas às características da forma de transmissão, a doença acompanhou as mudanças comportamentais da sociedade e nos últimos anos tornou-se mais importante ainda devido à possibilidade de aumentar o risco de transmissão da síndrome de imunodeficiência adquirida.

Novos testes laboratoriais e medidas de controle principalmente voltadas para o tratamento adequado do paciente e parceiro, uso de preservativo, informação à população fazem parte das medidas adotadas para controle da sífilis pelos responsáveis por programas de saúde.

MORFOLOGIA

O Treponema pallidum é uma bactéria patogênica para o homem, causadora da sífilis, É pertencente ao gênero Treponema, da família dos Treponemataceae.

Quanto a morfologia, a Treponema pallidum é uma bactéria gram-negativa do grupo das espiroquetas, assim possui forma espiral, delgadas,com cerca de 0,2µm de espessura e 5 a 15µm de comprimento , sendo que as espiras são espaçadas regularmente de 1µm uma da outra, contendo de 6 a 14 espirais espaçadas e regulares no centro, diminuindo de amplitude e de periodicidade ao nível das extremidades, 6 a 10 filamentos axiais e 1 disco de inserção. Tem cerca de 10 micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura. Estes microrganismos são ativamente móveis, girando uniformemente em torno de seu eixo longitudinal, tipo "saca-rolhas". Não é cultivável in vitro, sendo extremamente frágil (sensível à temperatura, umidade e desinfetantes). Além disso, são Microaerófilos, pois crescem em meios com quantidade de oxigênio muito pequenas e meios com quantidades de oxigênio normal não conseguem crescer. Não possui membrana celular e é protegido por um envelope externo com três camadas ricas em moléculas de ácido N-acetilmurâmico e N-acetil glucosamina.

O seu genoma é constituído por 1.138.006 pares de bases. Aparentemente, não há "componentes transferíveis" o que explicaria a sua sensibilidade à penicilina preservada ao longo do tempo. Seu tempo de geração dentro do corpo humano é de 33 horas.

EPIDEMIOLOGIA

A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorreia, clamídia, tricomoníase).

A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que ocorrem 30 milhões de casos novos da doença por ano no mundo. Na América Latina, esse número gira em torno de 11 milhões, 70% dos quais no Brasil. Isso quer dizer que aparecem de 3,5 milhões a 4 milhões de casos novos de sífilis todos os anos. Essa estimativa refere-se aos casos da doença adquirida de adultos, e não à sífilis congênita, transmitida da mãe infectada para o feto.Em relação à sífilis congênita, os dados obtidos em programas de pré-natal e maternidades mostraram soro prevalências elevadas, principalmente em países africanos.

O número de casos notificados de sífilis congênita no Brasil (quando o bebê nasce com a doença, transmitida pela mãe) subiu de 6.964 em 2010 para 9.374 em 2012, um aumento de 34%, segundo o Ministério da Saúde. A elevação, porém, é reflexo de um avanço no diagnóstico, e não de um acréscimo no número de casos, acredita o governo. A notificação é feita entre crianças com até 1 ano de idade, mas o contágio pode ser facilmente prevenido. Assim que a mulher engravida, um dos exames tradicionalmente exigidos é o de sífilis.

FATORES DE VIRULÊNCIA

A cinética de infecção humana pelo T. Pallidum é relativamente bem conhecida. Entretanto, os fatores de virulência da bactéria não o são, porém algumas evidências sugerem que:

• Há fixação da bactéria a receptores existentes nos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo por meio de uma das extremidades. Estudos recentes indicam que o receptor é a fibronectina e que a bactéria adere a essa glicoproteína através de adesinas de natureza proteica.

• T. Pallidum produz uma enzima, a mucopolissacaridase,¬ que dissolve os mucopolissacarídeos responsáveis pela união das células endoteliais, permitindo a passagem da bactéria para os espaços extravasculares. Além disso, a distribuição desses mucopolissacarídeos

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