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TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO

Por:   •  1/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.436 Palavras (10 Páginas)  •  299 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento humano se inicia quando um oócito – óvulo – é fecundado por um espermatozoide, uma série de divisões e diferenciações celulares transformam o oócito, um zigoto, em um ser humano (Figura 1). Partes importantes desse desenvolvimento ocorre no período embrionário [1].

Figura 1

TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO

A terceira semana do desenvolvimento se inicia sendo a semana subsequente a primeira falta do período menstrual, nesse período já é possível detectar a gravidez através do teste de ultrassom. A gastrulação (Figura 2) dá início a morfogênese, o evento mais importante desse período de desenvolvimento. Um dos principais eventos que ocorrem durante a terceira semana de desenvolvimento é a gastrulação, ou seja, processo de formação das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e exoderma) no embrião, as quais são as antecessoras de todos os tecidos embrionários e a orientação axial. O processo de gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto, nesta linha existe uma parte cefálica, chamada de nó primitivo, uma parte elevada que cerca a fosseta primitiva. Após o aparecimento da linha primitiva, as células migram de sua superfície profunda para formar o mesênquima - tecido conjuntivo embrionário formado por pequenas células fusiformes – formando os tecidos de sustentação do embrião. Uma parte do mesênquima forma o mesoblasto. As células do epiblasto desempenham um movimento de invaginação, quando suas células migram para a linha primitiva, se modificando e adotando uma forma de frasco, onde se desprendem do epiblasto e migram para de baixo dele. Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar se torna um disco embrionário trilaminar. Cada uma das três camadas germinativas se formou e dará origem a tecidos específicos (Figura 3), como:

• Ectoderma: formado na invaginação, quando células do epiblasto se desloca para o hipoblasto. Dá origem a epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça.

• Mesoderma: formado na invaginação, quando células do epiblasto se mantém entre o epiblasto e o endoderma recém-criado. Dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor, à maior parte do sistema cardiovascular e a todos os tecidos conjuntivos.

• Endoderma: formado na invaginação, quando células do epiblasto permanecem no epiblasto. Dá origem aos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório.

Figura 2

Figura 3

Ao final da terceira semana de desenvolvimento e ao começo da quarta, a produção de mesoderma se desacelera e, assim, a linha primitiva (Figura 4) diminui seu tamanho e se torna uma estrutura insignificante, podendo se degenerar ao final da quarta semana de desenvolvimento.

Figura 4

A formação da notocorda (Figura 5) é dada a partir das células pré-notocordais migram cefalicamente do nó primitivo, formando um cordão celular mediano, o canal notocordal. Esse processo cresce cranialmente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal. Há uma população mesenquimal, localizada a frente da notocorda que tem origem na crista neural, chamada de mesoderma pré-cordal. A placa pré-cordal dá origem ao endoderma da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral. A notocorda dá ao embrião rigidez, define seu eixo longitudinal primordial, sinaliza as porções necessárias para o desenvolvimento das estruturas musculoesqueléticas axiais e do sistema nervoso central, auxilia na formação dos discos intervertebrais localizados entre corpos vertebrais adjacentes.

Figura 5

Um início de um coração é formado durante a terceira semana de desenvolvimento, quando algumas células mesenquimais a linha primitiva toma caminhos mesodérmicos, migrando cranialmente ao lado do processo notocordal e ao redor da placa pré-cordal, quando elas se encontram para formarem o mesoderma cardiogênico na área cerdiogênica ele começa a se desenvolver.

Na região caudal à linha primitiva encontra-se uma área circular, a membrana cloacal, onde, futuramente será o ânus. Nessa região e na menrbana bucofaríngea o disco embrionário permanece bilaminar, diferente do resto do embrião o qual é trilaminar, devido a fusão do ectoderma e do endoderma embrionário.

Em meados da terceira semana do desenvolvimento, o mesoderma intraembrionário se separa o ectoderma e o endoderma na maior parte dos locais, exceto:

• Cranialmente, na membrana bucofaríngea;

• No meio da região cranial até o nó primitivo, onde está localizado o processo notocordal;

• Caudalmente, na membrana cloacal.

No início da terceira semana, aproximadamente no 16º dia, uma pequena evaginação da parede caudal da vesícula umbilical se estendendo para o pendículo de conexão, o alantoide. Este permanece muito pequeno, mas seu mesoderma se expande para baixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta. Uma parte do divertículo do alantoide original continua durante a maior parte do desenvolvimento como um cordão, o úraco, que se estende da bexiga até a região umbilical.

A neurulação (Figura 6) é a formação da placa neural e das pregas neurais e o fechamento das pregas formando o tubo neural. Ela se completa no final da quarta semana de desenvolvimento, quando há o fechamento do neuroporo caudal. A placa neural é formada por células epiteliais espessas que tivera origem quando a notocorda induziu o ectoderma. Em torno do 18º dia, a placa neural sofre invaginação ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal, contendo pregas neurais em ambos os lados. Ao decorrer da fundição das pregas neurais para a formação do tubo neural, algumas células neuroectodérmicas localizadas ao longo da margem interna das pregas neurais perdem sua afinidade epitelial a ligação com suas células vizinhas. Logo, a crista neural é formada entre

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