TUMORES DE CORDÃO UMBILICAL UMA REVISÃO DE LITERATURA
Por: hugobicalho • 10/9/2019 • Resenha • 706 Palavras (3 Páginas) • 320 Visualizações
TUMORES DE CORDÃO UMBILICAL UMA REVISÃO DE LITERATURA
Ana Laura Rocha Alves1; Ana Laura Peixoto Cavalcanti1; Eduardo Faria Nogueira1; Hugo Monteiro Bicalho1; Marcelo Gustavo Ribeiro da Paixão1
1 Discente da Faculdade de Medicina (FAMED) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Autor correspondente: Ana Laura Rocha Alves
E-mail: alrochaalves@gmail.com
Tel.: (37) 991954041
RESUMO
Introdução e objetivos: O cordão umbilical é uma estrutura de fundamental importância na vida intrauterina ao manter a conexão vascular entre o feto e a mãe. Tumores do cordão umbilical são anomalias raras e podem ser diagnosticados no período pré-natal por ultrassonografia. O seu significado clínico está relacionado principalmente com o tamanho, que pode eventualmente causar comprometimento vascular e afetar diretamente o crescimento intrauterino. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão de literatura sobre tumores de cordão umbilical. Material e métodos: A metodologia escolhida foi a revisão de literatura, os dados foram coletados nas bases SCIELO e PubMed, além de teses de mestrado. A elaboração deste estudo implicou em leitura da bibliografia básica e análise de informações obtidas que passaram a fazer parte do corpo deste trabalho. Resultado e discussão: Tumores de cordão umbilical são patologias raras e devem incluir diagnósticos diferenciais como teratoma do cordão umbilical, hemangioma e angiomixoma além de pólipos, quistos, hérnia de cordão umbilical e onfalocele (5). Apenas dois tumores malignos ocorrem no cordão umbilical: angiomas, e mais raramente, teratomas (2). O hemangioma do cordão umbilical é caraterizado pela proliferação de agregados compactos bem definidos de capilares de parede fina, com origem nas artérias umbilicais, na veia umbilical ou nos capilares do cordão umbilical, rodeado por edema e degeneração mixomatosa da gelatina de Wharton (6). Estão localizados na extremidade placentária do cordão. A sua etiologia ainda é desconhecida, não possuem cápsula e são tumores que não metastizam (1). Foram relatadas associações entre o hemangioma de cordão umbilical e de outros lugares como, pele, fígado, e da placenta (2). Usualmente, o hemangioma é uma lesão isolada, mas quando em grande volume pode haver associação com polidrâminios, crescimento intrauterino restrito, elevação materna da alfa-fetoproteína sérica e malformações fetais como anencefalia.. Além disso, há relatos de ocorrência com parto prematuro e morte fetal (6). A fisiopatologia se explica por meio de torções, compressão ou estenose dos vasos umbilicais, hemorragia fetal, hematoma de cordão e trombose vascular. Estes fatores coexistentes explicam a taxa de mortalidade que chega a atingir 35%. Os teratomas são tumores compostos por tecidos dos três folhetos germinativos, ocorrendo com mais frequência nas gônodas. Sua ocorrência extragonadal é rara, sendo o cordão umbilical um desses locais. O teratoma umbilical são localizados ao longo do cordão umbilical e há associações com malformações fetais (3). Muitas das complicações intraparto e desfechos perinatais estão relacionadas a anomalias do cordão umbilical sendo os turmores de cordão uma dessas causas. Em vista destas possíveis complicações a ultrassonografia pré-natal e o Doppler fazem-se importantes para detecção e acompanhamento de tumores do cordão umbilical. Angiomixoma, raro tumor de cordão umbilical e está relacionado à elevação da morbimortalidade perinatal. Estando associado a parto prematuros, anomalias cardiovasculares, hidropsia fetal não imune, mola hidatiforme, podrâmnio, distúrbio da frequência cardíaca fetal e natimorto, em alguns casos, pode haver compressão mecânica devido ao tumor. Com os avanços na ultrassonografia, torna-se possível examinar a placenta e o cordão detalhadamente antes do parto fornecendo uma oportunidade única para um diagnóstico precoce dessa anomalia (4).
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