Tratamento Farmacológico Doença Alzhiemer
Por: Emerson Bezerra • 27/4/2017 • Resenha • 591 Palavras (3 Páginas) • 297 Visualizações
Tarefa 4.2
A Doença de Alzheimer (DA) é a doença neurodegenerativa mais comum relacionada à idade, sendo a causa mais comum de perda de memória nesta população.Caracteriza-se pela perda progressiva da memória e outras funções cognitivas. O indivíduo se torna incapaz de desempenhar tarefas diárias simples, como o autocuidado, levando-o a diminuição do funcionamento ocupacional contribuindo com a perda drástica da qualidade de vida.
A fisiopatologia da DA está relacionada à degenerações neurológicas em diferentes regiões cerebrais, principalmente àquelas pertencentes ao sistema colinégico. As principais alterações são as placas neuríticas, resultante do metabolismo da proteína precursora da amiloide (APP) no hipocampo e os emaranhados neurofibrilares reduzindo a ação da enzima colina-acetil transferase, resultando na diminuição da função colinérgica.
A farmacoterapia da DA tem como foco principal o aumento da disponibilidade sináptica da acetilcolina atuando em 4 níveis: (1) Terapêutica específica para reversão dos processos fisiopatológicos que resulnam na morte dos neurônios; (2) Profilaxia do aparecimento da demência; (3) Tratamento dos sintomas; (4) terapêutica complementar para as manifestações não-cognitivas da demência.
Inibidores das colinesterases (I-ChE)
- Principais medicamentos usados no tratamento específico da DA
- Mecanismo de Ação: Inibição da acetilcolinesterase e butirilcolinesterase aumentando disponibilidade sináptica da acetilcolina aumentando sua a disponibilidade da fenda sinápica;
- Efeitos efeitos na cognição e algumas alterações não cognitivas;
- Principais medicamentos : tacrina, galatamina e donepezil (inibição reversível da acetilcolinesterase); rivastigmina (inibição pseudo-irreversível);
- Pode causar lesões hepáticas e efeitos colinégicos que podem ser limitantes do uso;
- Deve-se usar estes medicamentos até quanto demonstrarem resultados nos sintomas e que estes superem os riscos causados pelos seus efeitos adversos;
Memantina
- Antagonista não-competitivo da NMDA.
- Redução da glutamina promove a diminuição de Ca++ nas células nervosas diminuindo efeitos nefrotóxicos.
- Usado em DA de moderada a grave;
Outras abordagens
Muitas drogas tem sido testadas nos tratamento da DA, baseadas nas suas características fisiopatológica s, como:
- Antioxidantes : A formação de radicais livres pelo estresse oxidativo, pode contribuir para o aparecimento da DA, por isso o uso de Vitamina E (tocoferol) como adjuvante na tentativa de prevenir e retardar a evolução do quadro.
- Estrógenos : Exercem vários efeitos em diferentes receptores cerebrais, porem não há evidência de benefícios na redução do risco de demência;
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINES): a neurodegeneração tem um componente inflamatório e, por isso, pensou-se no uso destes medicamentos, porém não há evidências da eficácia dos AINE na DA e o uso crônico traz importantes efeitos adversos, limitando ainda mais seu uso.
- Estatínas: Alguns estudos sugeriram que há um menor risco de aparecimento da DA, porem não teve evidências na sua efetividade e eficácia.
- Ginko biloba:
- Seus glicosídeos e terpenóides causam vasodilatação e diminuição da viscosidade do sangue promovendo aumento do suprimento sanguíneo cérebro; reduzem radicais livres;
- Alguns estudos mostraram benefícios na cognição, nas atividades diárias e humor enquanto outros apresentaram dados inconsistentes.
Conclusão:
O artigo em questão apresentou a abordagem que tem sido usada no tratamento farmacológico da DA. Ele deixou muitas questões em aberto, e que ainda hoje vem sido testadas e estudadas em diversos países. Neste contesto, em uma busca feito na literatura sobre assunta demonstra que várias destas propostas de tratamento ainda estão sendo avaliadas e há necessidade de cautela nas escolhas destes tratamentos. Fica clara que , a principal abordagem ainda é o aumento da disponibilidade da acetilcolina e diminuição da glutamina.
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