Tumor Cerebral
Artigos Científicos: Tumor Cerebral. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/9/2014 • 970 Palavras (4 Páginas) • 2.328 Visualizações
Tumor Cerebral
Um tumor cerebral é uma massa de células que crescem de forma anormal no cérebro. O tumor pode ser benigno (não canceroso, que tem pouca chance de esparramar) ou maligno (canceroso, que provavelmente vai se esparramar). Tanto benigno como maligno, os tumores cerebrais são graves porque é um tumor que cresce comprimindo e causando lesão às outras estruturas no cérebro.
Os tumores primários do SNC podem ter origem em diversos grupos celulares, incluindo neuroglia, células meningoteliais, células ependimárias e até neurônios de aspecto maduro (células ganglionares).
Os fatores etiológicos que levaram ao aumento da incidência de tumores cerebrais em todas as faixas etárias não são bem definidos. Não existe também relação bem determinada entre a ocorrência de tumores cerebrais e os fatores ambientais, como pesticidas, campos eletromagnéticos e exposição à radiação, exceto pelo maior risco de meningiomas em pacientes submetidos à radioterapia (RDT) prévia. As condições genéticas para o desenvolvimento desses tumores têm sido estudadas profundamente nos últimos anos com grandes implicações em seu tratamento.
Vários fatores foram apontados como contribuintes para a tumorigênese: ativação de proto-oncogenes, perda de genes supressores tumorais e estimulação por fatores de crescimento. O resultado final é a desorganização do ciclo celular.
Há duas categorias de tumores cerebrais: primários e secundários. Os tumores primários originam-se do tecido cerebral, podem ser benignos ou malignos, e são classificados pelo tecido o qual eles começam. Devemos ter em mente algumas das características principais radiológicas dos tumores primários mais frequentes (benignos e malignos), metástases e processos infecciosos, descritos a seguir:
• Gliomas: São os tumores cerebrais primários mais comuns, começam dentro do tecido glial do cérebro (tecido de suporte). Os gliomas incluem os astrocitomas, os glioblastomas, os oligodendrogliomas e os tumores do epêndima.
• Glioma de alto grau: é um tumor de alto grau de malignidade, podendo apresentar-se sob diversos aspectos radiológicos, porém é mais frequentemente visto como uma lesão de contornos irregulares, com intenso edema vasogênico perilesional com distribuição digitiforme, muitas vezes com captação anelar de contraste com centro hipodenso, podendo significar necrose. O diagnóstico diferencial entre gliomas de alto grau e neurotoxoplasmose muitas vezes é determinado apenas pela presença de sorologia positiva para imunodeficiência neste último.
• gliomas de baixo grau: acometem pacientes mais jovens na 2ª e 3ª décadas de vida. São lesões usualmente hipodensas a TC, e hipoatenuantes quando ponderadas em T1 na RM. Limites imprecisos e com pouco edema ao redor. Não apresentam impregnação por contraste. Esta, quando presente, indica sinais de transformação maligna da lesão.
• Meduloblastomas: Tumores que vêm de células embrionárias jovens e acontecem mais geralmente em crianças.
• Meningiomas: São relacionados ao tipo de célula de revestimento das membranas que envolvem o cérebro e a espinha dorsal. Eles geralmente são benignos, mas podem ser recorrentes (que voltam freqüentemente) ou malignos. São lesões bem delimitadas, com captação homogênea e intensa de contraste. Pode apresentar calcificação. Geralmente se verifica uma “cauda dural” que, juntamente à reação hiperostótica adjacente, sugere o local de implante do tumor.
• Glioblastoma Multiforme: É um tumor de alto-grau que pode surgir de gliomas de baixo-grau.
• Linfomas: Surgem dos linfócitos, normalmente em outras partes do corpo, mas também podem acontecer só dentro do cérebro ou da medula espinha.
• Schwannomas (neurinomas) dos nervos vestibular (acústico) e trigêmeo: são lesões bem delimitadas, muitas vezes seguindo os trajetos dos nervos cranianos, com erosão do seu forame ósseo em direção à cavidade extracraniana (erosão do meato acústico interno). Apresentam impregnação heterogêneo de contraste, com áreas de hipocaptação. De crescimento lento, costumam comprimir e desviar estruturas adjacentes, sendo o edema perilesional incomum.
• metástases cerebrais: podem ser sólidas ou císticas, podendo ser múltiplas, o que as diferencia dos tumores primários. São usualmente bem delimitadas e esféricas, com intenso edema ao redor com distribuição concêntrica. Normalmente apresentam captação periférica e heterogênea de contraste, podendo ser também semelhantes ao abscesso cerebral.
Um tumor cerebral também pode ser um câncer que esparramou para o cérebro, vindo de outra parte do corpo. Estes são chamados tumores secundários (ou metastáticos), e geralmente vem dos pulmões ou da mama. Quando isto acontece, o câncer será igual ao câncer original. Por exemplo, câncer do pulmão que se espalha para o cérebro é conhecido como câncer metastático de pulmão porque as células do tumor se assemelham às células pulmonares anormais, em lugar de células cerebrais anormais. Os tumores cerebrais secundários são mais comuns que os tumores primários. Eles acontecem em aproximadamente 25 por cento das pessoas que têm câncer em outro lugar.
Milhares de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com tumores cerebrais a cada ano, de acordo com a Sociedade Americana de Câncer. Embora os tumores cerebrais possam aparecer em qualquer idade, eles geralmente se incidem em adultos de 40 a 70 anos de idade e crianças entre 3 e 12 anos de idade.
Quadro Clínico
Os sintomas de um tumor cerebral são freqüentemente iguais àqueles de outras doenças, podendo desenvolver-se gradualmente. Dessa forma, eles freqüentemente passam desapercebidos por muito tempo antes do diagnóstico.
Embora um tumor cerebral raramente cause dor de cabeça, as dores de cabeça em alguém sem história prévia, devem ser avaliadas por um profissional (neurologista). As dores de cabeça de um tumor cerebral tendem a ser pior ao despertar e a aliviar durante o dia. Outros sintomas dos tumores cerebrais incluem:
• Vômitos e náuseas
• Ataques epiléticos
• Fraqueza nos braços ou nas pernas
• Dificuldades na fala ou nos movimentos
• Falta de coordenação ao caminhar
• Mudanças na visão ou movimentos anormais dos olhos
• Sonolência
• Mudanças na memória ou na personalidade
Os sintomas específicos de um tumor cerebral dependem de seu tamanho e do local em que ele se encontra no cérebro. Eles podem ser causados por vários fatores, incluindo:
• Pressão aumentada dentro do crânio (hipertensão intra-craniana)
• Lesão de uma área vital do cérebro
• Inchaço (edema) e retenção de fluidos em volta do tumor
• Hidrocefalia, às vezes chamada de “água no cérebro”, resultante do bloqueio do fluxo de líquido cérebro-espinhal (líquor) produzido no cérebro, que se acumula no interior do crânio
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