Tumores Endócrinos
Por: Juliana Maia • 11/7/2018 • Resenha • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 295 Visualizações
Tumores Endócrinos
Prof. Tiago Leitão
Tumores Endócrinos
Benignos parecem às vezes com os malignos. Às vezes surge característica de maligno num não maligno. Mas a tireoide nem tanto, existem bons critérios.
Na tireoide, o melhor e fazer PAAF. Isso dita e não a biópsia. A citologia consegue ser bastante precisa na tireoide (como no colo uterino), mas, em geral, não.
Classificação dos Tumores Epiteliais Endócrinos
Nódulos
- nódulo hiperplásico em bócio
- nódulo hiperplásico em tireoidite
- adenoma folicular
- carcinoma
- outros
PAAF, quando nódulo pequeno, usa US para guiar. E faz esgregaço. Transporta no álcool para qualquer coloração ou a seco (aí só cora com Giemsa).
A tireoide é formada por folículos que surgirão dentro do aspirado. Pode até não se romper.
Neoplasias de Tireoide
- adenoma folicular: benigna, mais comum de todos, sempre capsulados (critério de benignidade)
Macroscopicamente a tireoide é vinhosa. Cápsula que separa o tumor do tecido normal.
Microscopicamente, o tumor também é composto por proliferação de folículos, mas têm a cápsula separando. A cápsula pode ser muito fina. Os folículos produzem pouco coloide dando uma aparência sólida.
Esfregaços mostram microfolículos. Esfregaços muito celulares.
- carcinoma papilífero: mais comum.
Não capsulado. Nódulo branco.
Boa parte das vezes forma papilas (“forma de folha” – padrão arborecente – eixo de tecido conjuntivo cercado de células malignas). Às vezes não forma e fica parecendo o folicular.Assim, o essencial é ver as células que têm características nucleares únicas: núcleo claro (núcleo vasado ou orphan Annie eyes– cromatina deslocada para a carioteca); núcleos amoldados; e, a principal característica é algo semelhante à uma inclusão viral que é gerada por dobra do citoplasma por cima do núcleo – pseudoinclusão nuclear – e a fenda intranuclear (dobra da carioteca – semelhante a um grão de café).
À citologia (PAAF), tem que olhar de perto para enxergar as fendas no núcleo das células, que são mais comuns que as pseudoinclusões.
- carcinoma folicular: sempre capsulados (embora seja um critério de benignidade)
Quando o tumor começa a ultrapassar a cápsula e invade tecido tireoidiano, você começa a pensar em malignidade (invasão capsular – critério para diferenciar carcinoma de ademoma).
Na cápsula, pode-se ver invasão de vasos sanguíneos na cápsula.
No PAAF, é igual o adenoma. Exame de citologia não mostra as diferenças.
Os três mais comuns são os mais indolentes.
Hiperplasia não tem cápsula.
- carcinoma medular: calcitonina elevada; origem nas células C (parafoliculares); carcinoma neuroendócrino.
Aspecto organoide (traves finas delimitando bolsões – como o insular).
Na PAAF, você vê por que a cromatina fica no padrão “sal com pimenta”, típico de tumor neuroendócrino. Células fusiformes também.
Imunohistoquímica comprova. Dá pra usar para a calcitonina.
- carcinoma anaplásico: o pior de todos, raro.
Carcinoma sarcomatoide: progressão de uma neoplasia indolente que progride para uma forma mais agressivo. E sua aparência muda e fica parecendo um sarcoma, mas não é um sarcoma.
No PAAF dá pra ver por que suas células são muito aberrantes.
- carcinoma insular: aparência agressiva
Bolsões de células com finas traves de tecido conjuntivos (padrão insular).
Na PAAF é melhor fazer cirurgia.
CA paiplífero e folicular são bem diferenciados. Podem se converter nos não bem diferenciados.
CA insular e anaplásico não são bem diferenciados
Lesão Folicular na PAAF → Cirurgia
Comparando tireoide e outras glândulas
O que cai na prova:
- Sistema de interpretação de laudos
- Diferença entre adenoma folicular e carcinoma folicular. Ambos tem cápsula, mas um tem invasão da cápsula pelo tumor. Conteúdo interno transpõe a cápsula e invade tecido tireoidiano adjacente → critério de malignidade.
Se tiver só invasão de vasos sanguíneos na cápsula do tumor também já é critério de carcinoma
Pode ter um ou o outro.
Tumor de Hipófise
Interesse do neurocirurgião.
Vários tipos. Mais comuns da adenohipófise (adenomas).
Microadenoma: até 1 cm.
Adenomas da neurohipofise: podem fabricar hormônio e secretá-lo. Pode inclusive ter síndrome clínica da secreção do hormônio (síndrome endócrina – galactorreia, por exemplo). Pode ter efeito de massa (em geral, macroadenomas).
Prolactinoma: mais comum
Histologicamente, é muito parecido. A coloração de reticulina auxilia por que tem muito colágeno tipo III formando pacotes de células quando não é tumor. No tumor, o bolsão é muito maior, a reticulina não mostra pacotes pequenos, perde o padrão de pacotes de células.
A imunohistoquímica já te dá até o tipo.
Invasão de osso – o adenoma hipofisário pode invadir sim.
Carcinoma hipofisário
- Presença de metástases (critério único)
- Surge após macroadenomas recidivantes
- Média de 10 anos para metástase
- 75% funcionais (prolactina e ACTH)
Carcinoma hipofisário é raríssimo e parece com o adenoma. Aí é que o diabo.
Tem que ter presença de metástase para dar o diagnóstico. Pode invadir osso e tecido neural e você ainda não pode dizer que é carcinoma.
Surge após macroadenomasrecidivantes.
Média de 10 anos para metástase (ou seja, 10 anos até se malignizar).
75% funcionais (prolactina e ACTH).
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