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Visita ao Afrânio Peixoto

Por:   •  26/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  258 Visualizações

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Visita ao Afrânio Peixoto

Ainda durante o primeiro semestre, estivemos conhecendo a rede de saúde mental de Vitória da Conquista. Tivemos como atividade do semestre uma visita ao Hospital Afrânio Peixoto, único hospital de leitos e ambulatórios psiquiátricos da cidade e região.

À primeira vista, a estrutura antiga que entrega a idade da Instituição pode parecer austera e até um pouco incômoda. No meu caso, o fato de ter visitado o Hospital anteriormente num Estágio de Vivências do SUS  pode ter influênciado a minha visão sobre o estabelecimento. Na primeira experiência eu fiquei tão incomodado com a situação de alguns pacientes e com o clima do ambiente, que não me ative ao funcionamento do hospital em relação ao SUS e à reforma psiquiátrica. Já na segunda vez, com um roteiro da visita em mãos, foi mais fácil estabelecer conexões mais efetivas para que o entendimento a respeito do funcionamento do Afrânio Peixoto.

Entendemos como funciona o acolhimento na instituição, desde o ambulatório até em casos em que há a necessidade de internação. Conferimos como é atualizado o prontuário de cada paciente e um funcionário do hospital nos informou sobre os protocolos para realização de procedimentos no hospital em casos de intercorrência, por exemplo.  

Conhecemos a estrutura, desde as instalações dos leitos, até a cozinha, refeitório, salas de oficinas, lavanderia, sala de intercorrências e ponto de distribuição de medicamentos. Destaque para as salas onde são realizadas as oficinas de arte e para a horta utilizadas para oficinas com os pacientes.

Em uma análise geral, percebi a resistência na opinião de alguns funcionários quando questionados sobre a Reforma Psiquiátrica, que tenta retirar, sem sucesso, a figura do hospital psiquiátrico da cena da saúde mental. A alta demanda e a falta de leitos no SUS para suprir a necessidade da saúde mental fazem com que a reforma não consiga avançar nesses pontos. Entender os dois lados e encarar os fatos do Sistema Único é uma bom início para buscar uma solução para o entrave.

 

Visita ao CAPS II

Segundo o portal da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, o CAPS II volta-se para o atendimento de pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem o vínculo social e a plena vivência.

Em visita ao CAPS II de Vitória da Conquista, acompanhados pelo Professor Dr. Fabrício Freire de Melo, e guiados por uma psicóloga/assist. social que trabalhava no local. Além de conhecer a estrutura, que funciona no prédio que abrigou um antigo hospital da cidade e conta com uma sala de espera, recepção, espaços para oficinas, horta, consultórios, ponto de distribuição de medicamentos e sala de intercorrências e aplicações, ouvimos alguns funcionários que transmitiam, em maioria, opiniões à luz da ideologia da reforma psiquiátrica.

Notamos os pontos positivos do atendimento integral realizado pelo CAPS, mas percebemos as limitações enfrentadas principalmente por problemas estruturais e falta de pessoal para atender à demanda, que atrapalham a transição proposta pela reforma.

Destaco a produção artística dos usuários, bastante incentivada e que reflete a importância das oficinas para a evolução dos tratamentos. A horta e algumas práticas integrativas que notamos no espaço, como o tratamento com florais, também contribuem para a ampliação das possibilidades terapèuticas.  

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