Vírus da Imunodeficiência Humana
Projeto de pesquisa: Vírus da Imunodeficiência Humana. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: babajuzinha • 16/9/2014 • Projeto de pesquisa • 2.607 Palavras (11 Páginas) • 423 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O conceito de vírus basicamente, se define como pequenos parasitas intracelulares obrigatórios com genoma constituído por um só tipo de ácido nucléico que utilizam o aparato enzimático da célula hospedeira para síntese de seus componentes e sua perpetuação na Natureza.
O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um lentivirus que originaa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), uma condição em seres humanos na qual a deterioração progressiva do sistema imunitário propicia o desenvolvimento de infeções oportunistas potencialmente mortais.
Veremos a seguir todos seus fatores detalhadamente, sendo estes: classificação, estrutura, mecanismo de multiplicação, ação patogênica nas células hospedeiras, formas de transmissões, sintomatologia, diagnostico, tratamento e profilaxia.
2. CLASSIFICAÇÃO
Genero: lentívirus (um retrovírus com um longo período de incubação).
Família: Retrovírus (são vírus que possuem genoma constituído por RNA fita simples senso positivo e que replicam o RNA viral por meio de um processo denominado transcrição reversa, onde moléculas de DNA dupla fita (dsDNA) são geradas a partir de RNA, pela ação da enzima transcriptase reversa.)
3. ESTRUTURA
Ovírion do HIV apresenta um envelope lipoprotéico externo, que contém um capsídio constituído por proteínas. O capsídio contém duas moléculas idênticas de RNA de cadeia simples, linear, de sentido positivo e as enzimas transcriptase reversa, capaz de transcrever DNA a partir de RNA, e integrase, responsável pela integração do DNA viral no cromossomo da célula hospedeira. O envelope viral apresenta glicoproteínas especiais que permitem a ligação a receptores presentes na membrana das células hospedeiras, principalmente células do sangue certos tipos de células presentes nos epitélios (células de Langerhans).
4. MULTIPLICAÇÃO
ADSORÇÃO: Depois de se ligar aos receptores da célula hospedeira.
PENETRAÇÃO POR FUSÃO o envelope do HIV funde-se à membrana celular e o nucleocapsídio se introduz no citoplasma.
DESNUDAMENTO: O nucleocapsídio se desfaz, liberando RNA, a transcriptase reversa e a integrase no citosol.
REPLICAÇÃO DO GENOMA VIRAL: A transcriptase reversa entra em ação imediatamente e transcreve uma cadeia de DNA a partir do RNA viral (trancriptase reversa). É esse modo de ação que caracteriza o retrovírus.
À medida que transcreve o DNA, a transcriptase reversa degrada o RNA molde. Em seguida produz uma cadeia de DNA complementar à recém-sintetizada, originando um DNA de cadeia dupla. Esse DNA penetra no núcleo da célula hospedeira e, pela ação da enzima integrase, insere-se em um dos cromossomos.
EXPRESSÃO DOS GENES VIRAIS: Uma vez integrado ao cromossomo da célula, o DNA viral começa a produzir moléculas de RNA. Algumas delas irão constituir o material genético dos novos vírus; outras serão traduzidas pelos ribossomos da célula, produzindo longas cadeias polipeptídicas.
REPLICAÇÃO DE COMPONENTES VIRAIS:Essas cadeias são posteriomente cortadas por enzimas virais, denominadas proteases, originando as diversas proteínas constituintes do vírus: tranquiptase reversa, integrase, proteínas do capsídio e glicoproteínas.
MONTAGEM E MATURAÇÃO: Estas últimas, que farão partes do envelope viral, migram para membrana da célula hospedeira onde se agregam. Por sua vez, RNA, enzimas e proteínas unem-se formando novos nucleocapsídios.Os nucleocapsídios aderem às regiões da membrana plasmática onde há glicoproteínas e são envolvidos por ela, surgindo assim os novos envelopes virais.
LIBERAÇÃO POR BROTAMENTO: Ao final desse processo, vírions completos do HIV são expelidos da célula hospedeira e podem infectar células sadias. A célula hospedeira, tendo o material genético do vírus integrado a o seu, continua a produzir partículas virais. Em certas células infectadas, o vírus integrado ao cromossomo mantém-se em estado latente (provírus), sem produzir RNA. Isso impede que o sistema imunitário e drogas antivirais eliminem o vírus completamente do corpo humano.
5. PATOGENIA
O vírus ataca glóbulos brancos (célula de defesa) chamados de linfócito T CD4, macrófagos e células dendriticas. No processo, o HIV aloja seus genes no DNA da célula CD4 atingida e passa a utilizá-la para se multiplicar e, com isso, contaminar novas células.
Durante o processo, as células CD4 morrem e com a redução do número desses glóbulos brancos, o organismo começa a perder a capacidade de combater doenças até atingir o ponto crítico que caracteriza a AIDS.
O HIV infecta as células do sistema imunológico, especialmente as células T, levando a uma severa imunodepressão e tornando a pessoa mais suscetível a doenças infecciosas.
Quando uma pessoa tem AIDS, isso significa dizer que o vírus já causou danos suficientes ao seu sistema imunológico, permitindo que infecções e alguns tipos de câncer se desenvolvam.
6. TRANSMISSÃO
Estão identificadas as principais vias de transmissão do VIH: através de relações sexuaisdesprotegidas; por contato sanguíneo, sobretudo através de feridas expostas, partilha de seringas contaminadas ou transfusão de sangue que não tenha sido rastreado; e de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. A infeção por VIH não proporciona imunidade adquirida, pelo que é possível ser infetado diversas vezes com estirpes diferentes do vírus.
A infeção com o VIH tem origem na transferência de sangue, sémen, lubrificação vaginal, fluido pré-ejaculatório ou leite materno. O VIH está presente nestes fluidos corporais, tanto na forma de partículas livres como em células imunitáriasinfectadas.
1. SINTOMATOLOGIA
Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico reage na tentativa de eliminar o vírus. Cerca de 15 a 60 dias depois, pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes ao estado gripal, o que é conhecido como síndrome da soroconversão aguda e até mesmo dengue ou muitas outras infecções virais.
Os sintomas mais comuns da infecção aguda são:
• Febre persistente;
• Cansaço e Fadiga;
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