A Doença de Parkinson
Por: 32452608 • 30/4/2022 • Trabalho acadêmico • 2.438 Palavras (10 Páginas) • 150 Visualizações
SUMÁRIO
1. FISIOPATOLOGIA 3
2. SINTOMAS 3
2.1 Acinésia e bradicinésia 3
2.2. Tremor de repouso 4
2.3. Rigidez 4
2.4. Instabilidade postural e alteração da marcha 4
3. DIAGNÓSTICO 4
4. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 5
5. IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS NO TRATAMENTO COM LEVODOPA 6
6. IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS NA DOENÇA DE PARKINSON 6
7. CONDUTA NUTRICIONAL 7
7.1 Dietoterapia na Doença De Parkinson 7
7.2 Dez passos para alimentação adequada para portadores da doença de parkinson 8
REFERÊNCIAS 10
- FISIOPATOLOGIA
A DP foi descrita, pela primeira vez, em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, em sua obra “Um Ensaio sobre a Paralisia Agitante”, no qual descreveu os principais sintomas de uma doença que futuramente seria chamada pelo seu nome (BRAVO; NASSIF, 2006).
A doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica, progressiva, idiopática. Tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes sociais, estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes, sendo que a sua prevalência e incidência aumentam com a idade (SAUDE, 2017).
A principal característica em pacientes é a intensa perda de neurônios cerebrais dopaminérgicos, predominantemente na região nigra, componente do sistema motor extrapiramidal, relacionada diretamente com a coordenação dos movimentos (BRAVO; NASSIF, 2006).
Esta diminuição intensa da produção de dopamina, substância química que auxilia a transmissão de mensagens entre as células nervosas (HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, 2018), causa assim as principais características do Parkinson, como bradicinesia, ou lentidão anormal dos movimentos; rigidez, uma resistência ao movimento passivo dos membros; comprometimento do equilíbrio postural, que predispõe a queda; e tremor característico quando os membros estão em repouso (STANDAERT; GALANTER, 2014).
A extensão da perda é profunda, com destruição de pelo menos 70% dos neurônios quando aparecem pela primeira vez os sintomas; com frequência, observa-se uma perda de 95% dos neurônios na necropsia (STANDAERT; GALANTER, 2014).
Ainda não é conhecida a etiologia pelos quais os neurônios dopaminérgicos se tornam disfuncionais, mas acredita-se que causas genéticas e ambientais aumentam os riscos de desenvolver a doença.
- SINTOMAS
- Acinésia e bradicinésia
Acinésia é um sintoma clássico da doença de Parkinson, significando dificuldade em iniciar um movimento, com diminuição progressiva da velocidade e amplitude do mesmo e dificuldade em executar um plano motor. A bradicinésia consiste na lentificação e pobreza do movimento global. Então esses dois sintomas traduzem-se na dificuldade e lentidão para abrir e fechar as mãos, em segurar um copo, em levantar-se de uma cadeira e iniciar os passos na marcha, dificuldade na escrita que tente progressivamente a ficar menor (micrografia). A perda de expressividade facial com os lábios espontaneamente afastados (hipomímia facial), diminuição do pestanejo, dificuldade em falar (disartria) com um tom progressivamente mais baixo (hipofonia). Em fases mais avançadas da doença poderá haver uma dificuldade em engolir (disfagia) por acinésia faríngea e perda de saliva pelo canto da boca (sialorreia) (PARKINSON, 2014).
- Tremor de repouso
O tremor de repouso é um movimento rítmico das extremidades, estando em presente nas mãos, face, lábio, fundamentalmente na posição de repouso (quando nenhuma força voluntária está a ser exercida no segmento corporal). Tende a aparecer de forma assimétrica, na mão esquerda ou direita, podendo afetar, com a progressão e agravamento da doença, os dois lados, e estar presente nas ações dos movimentos (PARKINSON, 2014).
- Rigidez
Consiste na resistência à mobilização passiva de um segmento do corpo humano (pescoço, tronco e membros) mantendo-se constante ao longo de toda a amplitude possível da flexão ou extensão do membro, propiciando a própria bradicinésia. O doente sente esta rigidez na maior dificuldade em pentear-se, escovar os dentes ou com uma marcha em bloco. Esta rigidez contribui em longo prazo para problemas osteoarticulares e atrofia muscular por desuso, devendo ser foco de fisioterapia direcionada (PARKINSON, 2014).
- Instabilidade postural e alteração da marcha
Os doentes tendem a adotar uma postura da coluna fletida para frente, que se não for corrigida, em longo prazo provoca alterações da curvatura da coluna como a cifose. A instabilidade postural é consequência de perturbação dos reflexos posturais, por lentificação na resposta a alterações do posicionamento do centro de massa corporal.
Alguns doentes apresentam igualmente uma marcha de pequenos passos com diminuição do balanceio dos braços (marcha em bloco), deficiente elevação dos pés e, por vezes, um aumento involuntário da velocidade dos passos cada vez mais curtos (festinação). Outros doentes têm bloqueios durante a marcha, no início ou durante a marcha, ficando com os pés colados ao chão e dificuldade em reiniciar a marcha (PARKINSON, 2014).
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