A ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Por: Anne Guimarães • 20/12/2022 • Trabalho acadêmico • 968 Palavras (4 Páginas) • 96 Visualizações
Os ácidos graxos ômega-3 são representados pelo ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido decosahexaenóico (DHA) que são necessários para a produção de eicosanóides, leucotrienos, prostaglandinas, para a produção de tromboxanos e outras substâncias, pois são responsáveis por mediar e controlar as inflamações (BORGES et al., 2017).
A dieta ocidental possui grande carência de ômega-3, ou seja, do consumo de peixes, diante a isso a suplementação dietética esse ácidos graxo é extremamente eficaz (WIERENGA, 2019). Esses ácidos graxos poli-insaturados são encontrados abundantemente nos peixes, como o salmão e cavala (DUARTE-GARCÍA, 2020).
De acordo com os estudos o ômega-3 tem a capacidade de minimizar a quantidade de proteína C-reativa (PCR), eicosanóides pró-inflamatórios, citocinas, quimiocinas e outros biomarcadores de inflamação. Contudo, o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), que pertencem à família ômega-3, são precursores de mediadores lipídicos chamados resolurinas e protectinas, que possuem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (BORGES et al., 2014). Diante disso, esses ácidos graxos são essenciais para indivíduos diagnosticados com Lúpus eritematoso sistêmico (MORAES et al., 2022).
Conhecido como uma das principais fontes de ω-3, o óleo de peixe tem efeitos anti-inflamatórios e autoimunes, inibindo os linfócitos T e B (KLACK et al., 2012). Apresentando efeitos positivos na prevenção e no controle de doenças cardiovasculares, dislipidemias e diabetes mellitus (BORGES et al., 2017).
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo de etiologia multifatorial, caracterizada por afetar múltiplos órgãos e sistemas e causar distúrbios imunológicos significativos e autoanticorpos direcionados contra antígenos nucleares em particular, que envolvem dano tecidual mediado pelo sistema imunológico. Embora possa ocorrer em ambos os sexos e em qualquer faixa etária, sua prevalência é maior em mulheres jovens, geralmente em faze reprodutiva, com incidência por volta dos 30 anos (FREIRE et al., 2011). Possui origem desconhecida, que pode está associado a fatores ambientais, hormonais e genéticos (ENDERLE et al., 2019).
Apesar dos avanços no processo de diagnóstico e tratamento da doença, que afetam positivamente seu prognóstico, pacientes com LES apresentam morbimortalidade significativamente maior em comparação com a população em geral. As manifestações são heterogêneas e variáveis, podendo causar complicações graves e, às vezes, irreversíveis (SOUZA et al., 2021).
imunológicas e outras condições
Acredita-se que a dislipidemia afete o prognóstico a longo prazo de pacientes diagnosticados com LES, não apenas para eventos cardiovasculares, mas também para outras ocorrências clínicas, como nefrite lúpica e dano cerebral.
4 DISCUSSÃO
Por meio de quatro estudos verificaram as modificações do perfil lipídico dos indivíduos/participantes. Em um ensaio randomizado duplo-cego acompanhado por Bello et al., a suplementação (3g de ômega-3/dia) por doze semanas não demonstrou resultado na associação da lipoproteína de baixa densidade com a de alta densidade (LDL e HDL). Contudo, obteve resultados negativos relacionados a problemas cardiovasculares, havendo crescimento do colesterol total e do colesterol LDL no grupo ômega-3 e no grupo placebo os biomarcadores diminuirão. No ensaio randomizado de Borges et al., houve o aumento do colesterol LDL e total através do grupo de tratamento e no grupo placebo houve o aumento do LDL, mas dentro das faixas normais. Lozovoy et al. Relataram redução do triglicerideocerol e aumento do cosleterol total no grupo ômega-3, enquanto não houve alterações no grupo placebo. Através do ensaio randomizado duplo-cego feito por wright et al. verificaram uma queda positiva nos triglicerideos no grupo ômega-3.
Os estudos de Borges et al. mediram as alterações nas adipocinas, relatando não haver efeitos do consumo de ômega-3 em alta quantidade de adiponectina e leptina. Entretanto, Lozovoy et al. Identificaram efeitos positivos do ômega-3 em aumentar os níveis de adiponectina e na redução dos níveis de leptina. Contanto, os estudos de Wright et al. verificaram os ácidos graxos da membrana plaquetária e avaliaram os efeitos de óleos de peixe. Eles observaram uma diminuição na porcentagem de ácido araquidônico após a intervenção em seu grupo de ômega-3. Além disso, o ômega-3 melhorou a porcentagem dos ácidos EPA e DHA na membrana plaquetária.
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