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A Obesidade Infantil

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.467 Palavras (6 Páginas)  •  460 Visualizações

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Obesidade Infantil

Introdução

O crescimento infantil não se restringe a aumento de peso e altura, mas caracteriza-se por complexo processo que envolve dimensão corporal e numero de células.

O crescimento longitudinal, ou seja, o ganho em altura é proporcionalmente mais lento que o aumento de peso. Uma criança no primeiro ano de vida triplica seu peso ao nascimento, enquanto comprimento aumenta em 50%. Assim na vigência déficit nutricional em qualquer idade, a altura não sofre impacto mediato, mas, o peso sim. Por esse motivo é que se reconhece a importância de se manter a criança com peso adequado, para que não haja prejuízo na estatura, pois quando esse se torna presente, parece não haver processos de recuperação. Uma vez que o peso e altura alteram-se durante toda infância, os pontos de corte de qualquer medida usada para definir obesidade devem ser dependentes da idade e do sexo.  

Ao avaliar o estado nutricional da criança, o profissional da saúde tem a sua disposição de frentes técnicas instrumentos para serem aplicados. A medida antropométrica ideal de adiposidade é uma que se correlacione razoavelmente com a gordura como uma porcentagem de peso corporal.

Um período crítico para o desenvolvimento de obesidade é definido como uma fase do desenvolvimento na qual as alterações fisiológicas aumentam a prevalência de obesidade mais tarde.

A definição de obesidade é muito simples quando não se prende a formalidades científicas ou metodológicas. O visual do corpo é o grande elemento a ser utilizado. O ganho de peso na criança é acompanhado por aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, depois, o ganho de peso continua maior e a estatura e a idade óssea se mantêm constantes. A puberdade pode ocorrer mais cedo, o que acarreta altura final, que fica diminuída, devido ao fechamento mais precoce das cartilagens de crescimento.

A obesidade infantil é definida, como nos adultos, por um acúmulo excessivo de massa de gordura. A obesidade ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos. Entre os transtornos nutricionais infantis, é um dos problemas de saúde mais frequentes, por isto, é considerado um grave problema de saúde pública. Nos países desenvolvidos, a obesidade infantil atinge proporções epidêmicas, começando a substituir a desnutrição e as doenças infecciosas, tornando-se fator significativo em problema de saúde. De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos e nos USA a obesidade infantil ganha com relação aos demais países. No Brasil, já foi verificado o aumento da obesidade infantil. Está presente nas diferentes faixas econômicas, principalmente nas faixas de classe mais alta. A classe socioeconômica influencia a obesidade por meio da educação, da renda e da ocupação.

Quanto menor a idade em que a obesidade se manifesta e quanto maior sua intensidade, maior a chance de que a criança se torne um adolescente e um adulto obeso. Vários fatores contribuem para a etiologia da obesidade. Fatores genéticos, culturais, econômicos, emocionais e comportamentais atuam em diferentes combinações nos indivíduos obesos. Outros fatores que contribuem para a obesidade infantil estão correlacionados com mundo atual que oferece uma série de opções que facilitariam esse resultado que são os alimentos industrializados, fast-foods, televisões, vídeo- games, computadores e a falta de atividades físicas (sedentarismo). Assim, múltiplas etiologias, correlatos comportamentais, efeitos psicossociais e consequências médicas, tornam a obesidade especialmente complexa.

A obesidade pode ser dividida em origem exógena, que é a mais frequente e endógena. Para a endógena, deve-se identificar a doença básica e tratá-la. A obesidade exógena origina-se do desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico, devendo ser manejada com orientação alimentar, especialmente mudanças de hábitos e otimização da atividade física.

Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar e suas características, atitudes de pais e amigos, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos).

No histórico familiar, uma criança que os dois pais são obesos possui 80% de chances de desenvolver a obesidade.

Os fatores relacionados com os pais são fundamentais salientar que crianças seguem padrões paternos, se esses não forem modificados ou manejados em conjunto, um insucesso do tratamento já é previsto.

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  • Mediadores comportamentais de semelhanças familiares no hábito alimentar e no estado nutricional.

Uns dos fatores relacionados como os transtornos psicológicos na infância como o transtornos depressivos surgem durante a infância e não apenas na adolescência e na vida adulta. Sentimentos de tristeza, irritabilidade e agressividade, dependendo da intensidade e da frequência, podem ser indícios de quadros depressivos em crianças. As súbitas mudanças de comportamentos nas crianças, não justificadas por fatores estressantes, são de extrema importância para justificar um diagnóstico de transtornos depressivos. Os sintomas depressivos podem interferir na vida da criança de maneira intensa, prejudicando seu rendimento escolar e seu relacionamento familiar e social. A depressão pode ser também sintoma de patologias orgânicas, como os distúrbios endocrinológicos e neurológicos. Pode ainda, ser mais frequente em alguns grupos de crianças, como as portadoras de problemas crônicos de saúde. Entre tais grupos vulneráveis para o desenvolvimento da depressão infantil encontra-se também o das crianças obesas. A obesidade nessas crianças muitas vezes acarreta dificuldades comportamentais, interferindo, assim, no relacionamento social, familiar e acadêmico da criança.

Os transtornos da ansiedade é um dos quadros psiquiátricos mais comuns em crianças sendo mais frequentes, o transtorno de ansiedade de separação e o transtorno de ansiedade generalizada, portanto a ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, que faz parte do desenvolvimento do ser humano, podendo tornar-se patológica quando acon- tece de forma exagerada e sem uma situação real ameaçadora que a desencadeie. O Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE C) é um instrumento muito utilizado para avaliar sintomas de ansiedade em crianças. Considerando que a obesidade infantil pode estar relacionada com sintomas de ansiedade, os pré-adolescentes obesos de ambos os sexos, com idade entre 9 e 13 anos, apresentam sinais de problemas emocionais.

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