A influência dos hábitos alimentares na infância a longo prazo
Por: maaferrer_ • 23/4/2022 • Trabalho acadêmico • 2.915 Palavras (12 Páginas) • 142 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
A influência dos hábitos alimentares na infância a longo prazo
Marcela Ferreira da Silva
Suzana Miranda Guedes da Silva
RECIFE, PE
ABRIL, 2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
A influência dos hábitos alimentares na infância a longo prazo
Marcela Ferreira da Silva
Suzana Miranda Guedes da Silva
Projeto de Pesquisa apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário Brasileiro, sob a orientação da professora Tássia Borba.
RECIFE, PE
ABRIL, 2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................03
2.REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................................04
2.1 Hábitos alimentares e comportamento alimentar.....................................................04
2.2 Fatores que influenciam a formação de hábitos alimentares na infância...............05
2.3 Consequências de maus hábitos alimentares na saúde da criança e do adulto......06
3. JUSTIFICATIVA...........................................................................................................08
4. HIPÓTESE ....................................................................................................................09
5. OBJETIVOS...................................................................................................................10
5.1 Objetivos Gerais...........................................................................................................10
5.2 Objetivos Específicos...................................................................................................10
REFERENCIAS.................................................................................................................11
- INTRODUÇÃO
A alimentação saudável, além de proporcionar prazer, fornece energia e outros nutrientes que o corpo precisa para crescer, desenvolver e manter a saúde. A alimentação deve ser a mais variada possível para que o organismo receba todos os tipos de nutrientes. (EUCLYDES, 2000).
A infância é o período de formação dos hábitos alimentares, iniciando no período gestacional através do líquido amniótico, e seguindo durante toda a infância até chegar na fase adulta (VALLE, 2007). No decorrer dos primeiros anos de vida, o controle da ingestão alimentar passa a ser mais complexo, as crianças aprendem a se alimentar em resposta à presença de comidas palatáveis, contexto social, estado emocional e conhecimentos e crenças sobre nutrição e alimentação. Esses fatores interferem na capacidade das crianças maiores e adultos de regularem sua ingestão com base nas suas necessidades (BIRCH, 1998).
A influência dos pais, assim como a de outros cuidadores na alimentação das crianças, não somente se dá em relação às atitudes tomadas, como também pelo exemplo dado, já que a observação de outras pessoas se alimentarem favorece a aceitação por novos alimentos (BIRCH, 1999 & BIRCH, 1999).
Pais que ensinam seus filhos desde a infância sobre a importância da alimentação saudável, incentivam equilíbrio e variedade de alimentos, bons hábitos alimentares e tentam fornecer um ambiente alimentar saudável, modelam uma boa educação alimentar que se perduram no decorrer da vida (OLIVEIRA & OLIVEIRA, 2019). Hábitos alimentares praticados pelos pais de maneira inadequada, interferem não somente na qualidade de vida dos filhos na infância como também na fase adulta (LINHARES, et al., 2016).
Cunha (2014) afirma que, desde a infância o ser humano já tem as suas preferências em relação a alimentação, cabendo a família e a escola o papel de ensinar, incentivar e adequar esses hábitos alimentares, para que eles possam exercer suas funções nutritivas, levando também em conta os fatores genéticos e hereditários, que interferem fortemente na vida.
- REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Hábitos alimentares e comportamento alimentar
Hábitos e comportamentos alimentares são termos muito utilizados no campo da Nutrição, onde são destacadas ideias de autores que percebem os comportamentos como eventos controláveis e cuja repetição causa alterações nos hábitos. Conforme a abordagem de cada autor, hábitos e comportamentos alimentares podem ser identificados de formas iguais ou diferentes, com intenções e propósitos variados (GAMA et al., 2012)
Hábito é definido por Michaelis (2015), como a “forma habitual de ser ou agir, ação ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato”. Alimentar, por sua vez, tem por definição “dar ou tomar alimento; prover-se de alimento; enxundiar(-se), nutrir(-se), sustentar(-se)”.
Hábito alimentar se dá através da adoção de práticas relacionadas a costumes atravessados por gerações, com as possibilidades de aquisição dos alimentos e com construção de uma sociabilidade tanto em âmbito familiar e comunitário como compartilhada e atualizada pelas outras dimensões da vida social (FONTES et al., 2011). Conceito esse, semelhante ao de Pita (2010), que enfatiza o hábito alimentar como a atitude do indivíduo frente ao alimento, ou seja, os modos pelos quais os indivíduos selecionam, consomem e utilizam o conjunto de alimentos disponíveis de acordo com o seu meio social e cultural.
Enquanto que, a definição de comportamento tem sua origem latina: porto, que significa levar, transcorrido para o português na forma de “portar-se” que se trata da forma de agir do indivíduo perante os estímulos e em relação ao ambiente, caracterizados pela mudança, do seu movimento ou reação (TODOROV, 2012). Conceito esse que pode ser complementado pela definição de Aurélio (2008), que traz comportamento como, maneira de se comportar, procedimento, conduta, ato.
Na concepção de Matias et al. (2010), Philippi et al. (1999), o comportamento alimentar é um conjunto de ações referentes ao alimento, que inicia com a decisão, disponibilidade, modo de preparo, utensílios, horários e divisão das refeições e encerra com a ingestão. Porém de acordo com Aitzingen (2011) o comportamento alimentar é algo mais complexo, pois comer se trata de um ato social que vai além das necessidades básicas de alimentação, no momento das refeições o indivíduo busca satisfazer suas necessidades fisiológicas e hedônicas (prazerosas). Não definido pelo indivíduo como algo único, mas sim a partir de suas relações com o meio. Sendo assim, para uma melhor captação do comportamento alimentar de cada um é necessário conhecer todos os fatores que representam e determinam as escolhas alimentares.
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