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Considerações tuais sobre a suplementação de glutamina no tratamento quimioterápico

Por:   •  11/6/2018  •  Artigo  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  369 Visualizações

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Considerações atuais sobre a suplementação de glutamina no tratamento quimioterápico

INTRODUÇÃO

A quimioterapia é o tratamento de escolha para a maioria dos casos de câncer (BUTTERS,2010; MAURI,2008), contudo esta modalidade de tratamento causa diversas queixas e sintomas a exemplo da supressão da medula óssea, lesões no trato gastrintestinal, náuseas, vômitos, alopécia e neuropatia periférica (THURSTON, 2006).

A L-Glutamina (L-GLN) é um importante substrato celular não apenas por ser um aminoácido, mas também por ser fonte de energia – de nitrogênio e de carbono – para a síntese de outras moléculas. Este aminoácido é especialmente importante para o metabolismo de macrófagos, linfócitos e demais células do sistema imunológico, nas quais participa dos processos de divisão celular e de recuperação de estresses fisiológicos, como cirurgias, lesões/ferimentos, jejum prolongado, entre outros. (CRUZAT; ALVARENGA. TIRAPEGUI, 2010; FONTANA; VALDES;BALDISSERA, 2003).

Recentemente, a glutamina (Gln) tem sido destacada devido às suas propriedades radioprotetoras ( Labow BI, Souba WW, 2000). Em situações hipermetabólicas, como o câncer, os níveis plasmáticos de Gln são inadequados para compensar o aumento da demanda e a deficiência de Gln eventualmente se desenvolve. Vale ressaltar que modalidades de tratamento intensivo como radioterapia e quimioterapia estão relacionadas com concentrações plasmáticas reduzidas de Gln ( Boelens PG, et.al, 2001).

Acredita-se que este nutriente possa modificar a situação clínica sem aumentar o crescimento do tumor, promovendo melhor efetividade da quimioterapia, regulação da apoptose e da resposta imunológica e redução da toxicidade no trato gastrointestina.( Kuhn KS,2010)

Diante do exposto, esse estudo teve como objetivo trazer informações atualizadas sobre os efeitos da suplementação de glutamina na regulação imunológica no tratamento quimioterápico.

METODOLOGIA

A partir da escolha do tema, iniciou-se uma pesquisa de artigos em bases de dados cientificos: PubMed, Scielo, Bireme. Foram analisados 17 artigos no periodo de 03 de julho a 26 de julho de 2017.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

No câncer, observa-se comprometimento do estado nutricional, o qual está diretamente relacionado a mecanismos patogênicos inerentes à própria neoplasia, ou ainda, em consequência às terapias antineoplásicas. (Von Meyenfeldt M. 2005).

Em particular, essas terapias antineoplásicas estão relacionadas a manifestação de diversos sinais e sintomas, sendo os mais frequentes anorexia, náuseas, vômitos, mucosites, xerostomia, disgeusia, diarreia e aversões alimentares. (Gaurav K. et.al. 2012)

Além disso, o câncer é uma doença que acelera o metabolismo basal, ocasionando um estado de desnutrição. Dessa forma, a desnutrição associa-se à diminuição da resposta ao tratamento específico, aumento do risco de toxicidade induzida por quimioterapia, diminuição da qualidade de vida, maiores riscos de infecção pós-operatória e aumento da morbimortalidade. (Miranda TV. 2013)

Com o propósito de minimizar esses efeitos ocasionados pelos tratamentos oncológicos e melhorar a qualidade de vida desses pacientes um estudo de BOLIGON, 2010 mostram a eficiência da suplementação da glutamina sobre a redução do tempo de hospitalização e da taxa de infecção, retardando a resposta inflamatória de citorredução, ativando os linfócitos T destes pacientes. Além disso, pode diminuir os efeitos tóxicos ocorridos na radioterapia e quimioterapia melhorando a qualidade de vida do paciente neoplásico.

A glutamina é um aminoácido encontrado em grande quantidade na corrente sanguínea, assim considerado um aminoácido não essencial. No entanto, durante situações de estresse catabólico, como observado no câncer, este aminoácido é rapidamente liberado das reservas musculares, levando à redução de suas concentrações intracelulares, o que torna a glutamina condicionalmente essencial nesses casos (Kim H.2011).

Em um estudo de Martins et al.2017 com ratos  portadores de tumores Walker-256 foram utilizados 32 ratos onde dividiu-se em quatro grupos: ratos sem um WT,isto é, ratos de controle(grupo C); ratos de controle suplementado de glutamina(grupo GC); ratos com um (grupo WT WT); e ratos WT suplementados com glutamina(grupo WTG). Em seus resultados observou-se que o ganho de peso corporal foi semelhante nos grupos C e GC, enquanto a massa corporal foi significativamente reduzida no grupo WT em comparação com os grupos C e CG. A suplementação com glutamina diminuiu significativamente em 61% a perda de peso corporal no grupo WTG em comparação com o grupo WT.

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