Estudo de Caso Adolescente
Por: Cassiana Demeneck • 8/12/2018 • Trabalho acadêmico • 2.458 Palavras (10 Páginas) • 451 Visualizações
Epidemiologia – Tipos de estudos epidemiológicos[pic 1]
SEMINÁRIO
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Os estudos epidemiológicos são classificados em:
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1 - Observacional[pic 6][pic 7][pic 8]
[pic 9]
2 - Experimental/Intervenção[pic 10]
Estudos descritivos:
- Informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência.
- O pesquisador simplesmente avalia a situação e descreve ou apresenta, não interfere de nenhuma forma.
- Estudo descritivo limita-se em descrever a ocorrência de uma doença em uma população, sendo, frequentemente, o primeiro passo de uma investigação epidemiológica. Finalidade: Analisa a distribuição do fenômeno em função do tempo, lugar e das características das pessoas por ele acometidas para identificar possíveis fatores de risco e descobrir sua origem e modo de propagação. Levanta hipóteses.
Estudos analíticos:
- Um estudo analítico aborda com mais profundidade as relações entre o estado de saúde e as outras variáveis.
- Finalidade: Procura identificar a relação entre o fenômeno e fatores ou condições diversas aos quais se possa atribuir seu comportamento e distribuição.
- Estudos comparativos que trabalham com “hipóteses”. Estudos de causa e feito, exposição a doença.
- Tentam comprovar uma hipótese.
Estudos experimentais:
- Neste tipo de estudo há interferência por parte do pesquisador.
- Envolvem uma tentativa de mudar um determinante de doença, tais como o progresso de uma doença. O principal delineamento dos estudos experimentais é o Ensaio Clínico Randomizado usando pacientes como unidades de análise.
- Exemplo - Objetivo: determinar se a sobrevida de pacientes com uma patologia X aumenta com o uso de uma droga Y. Grupo controle: pacientes que utilizam a droga tradicional. Grupos experimentais 1 e 2: Pacientes que recebem duas dosagens diferentes da droga.
DESCRITIVOS:
- Estudo de casos/Série de casos:
- Relato de um caso ou mais, com detalhes de características clínicas e laboratoriais. Exemplo: descrição de séria de casos de AIDS em homens jovens homossexuais e Sarcoma de Kaposi.
- Usado com frequência durante a faculdade.
- Descrição de casos mais complexos, novos ou diferenciados e que não apresentam muitos estudos. Não há necessidade de calcular amostra.
- Normalmente são estudos qualitativos
- Estudo transversal (seccional, corte, corte transversal, vertical, pontual ou prevalência)
- Mede a situação de um indivíduo em relação a determinada exposição e efeito, em um único ponto no tempo ou no decorrer de um curto intervalo de tempo
- Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não-expostos” e quem são os “doentes” e “sadios”. Retratam as características da população em estudo. [pic 11]
- Utilizados para estimar a frequência de um evento de saúde na população.
- É um estudo pontual, mostra a situação da população no momento do estudo.
- Normalmente é necessário que se calcule tamanho da amostra (número de pessoas que necessitam ser entrevistadas para representar determinado grupo).
- Exemplo: as eleições
- São estudos quantitativos, apresentam gráficos e tabelas.
Delineamento de um estudo transversal
- Seleção da população
- Verificação simultânea da exposição e da doença
- Análise de dados
- Estudo ecológico
- Analisam dados globais de populações inteiras comparando a frequência da doença entre diferentes grupos populacionais durante o mesmo período ou a mesma população em momentos diferentes.
- Não pode ser feita a ligação individual entre a exposição e o efeito
- Proporcionam um proveitoso início para pesquisas epidemiológicas mais detalhadas
- Não trabalha com indivíduos e nem faz entrevistas, trabalha com dados gerais (a unidade de análise são populações ou grupos de pessoas) e banco de dados.
- Avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros grupos;
- Áreas geográficas são geralmente as unidades de análise;
- Servem para levantar hipóteses;
- São pesquisas estatísticas;
- Exemplo: Associação entre vacinação e distribuição das doenças imunopreviníveis.
ANALÍTICOS[pic 12]
- Estudo de casos e controle
- Dois grupos diferentes que são comparados um com o outro. Devem possuir características semelhantes. Este tipo de estudo inclui: pessoas com a doença em um grupo + um grupo controle (grupo de comparação).
- Os estudos de casos e controles são longitudinais.
- Estudo barato e simples de ser realizado. Úteis na investigação de causas de doenças.
- Odds Ratio (OR) ou razão de chances é a medida de associação utilizada em estudos caso-controle
- Um exemplo clássico de um estudo de casos e controles foi a descoberta da relação entre a talidomida e os defeitos dos membros em bebês nascidos na Alemanha.
Comparação: crianças afetadas X crianças normais. Das 46 mães que tiveram bebês com más formações típicas, 41 tinham tomado talidomida entre a quarta e a nona semanas de gravidez. Nenhuma das mães (Grupo Controle), que tiveram crianças normais, havia ingerido a droga neste período.
- Estudo de coorte
- Os estudos de coorte, também chamados longitudinais ou estudo de incidência, iniciam com um grupo de pessoas (uma coorte) livre da doença, que são classificados em subgrupos, de acordo com a exposição a uma causa potencial de doença ou desfecho.[pic 13]
- Determina a força desta associação, através do cálculo do risco relativo (RR)
- Termo para identificar um grupo de pessoas que compartilham uma mesma experiência ou característica estudos de coorte analisam as associações de exposição e efeito por meio da comparação da ocorrência de doenças entre expostos e não expostos ao fator de risco. Os 2 grupos são seguidos por um período adequado e se observa quantas pessoas adquirem a doença, em cada grupo.
- Estudo de acompanhamento de determinada população por algum motivo.
- Estudo caro e que demanda muito tempo.
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
Termos Técnicos:
- Tratamento em teste = droga, técnica cirúrgica, conduta terapêutica.
- Unidade experimental = paciente, fragmento de tecido, amostra de sangue.
- Variável = peso corporal, pressão sistólica, idade sexo.
- Efeito de tratamento = comparação dos 2 grupos.
- Placebo = substância similar a droga. Objetivo do placebo: Amostra sem valor algum. Investiga a relação do emocional. Evita interferência do emocional na pesquisa. Não utilizado quando a pesquisa interfere com a saúde das pessoas.
- Base de comparação (controle positivo) = grupo que recebe o tratamento convencional.
- Experimento cego = o pesquisador não sabe a que grupo pertence o paciente, assim a expectativa do pesquisador sobre o resultado da pesquisa não influi sobre os resultados dos exames que o pesquisador realiza no participante.
- Experimento duplamente cego = nem o participante nem os pesquisadores sabem quais são os que estão recebendo tratamento padrão ou placebo. As expectativas de todos não influem sobre o resultado.
Fase pré-clínica e clínica
- Fase pré-clínica: síntese de novas drogas e o estudo em animais ou tecidos.
- Avalia o metabolismo, eficácia e toxicidade potencial.
- Grandes gastos.
- Estima-se que 1 em cada 10.000 drogas chega a fase de ensaio clínico e destas apenas 20% são comercializadas. Duração média das pesquisas 5 a 10 anos.
Fases de Ensaios Clínicos – Quando reprovada em qualquer uma das fases a pesquisa volta para os testes em animais.
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