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O Estudo de Caso

Por:   •  17/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.206 Palavras (17 Páginas)  •  239 Visualizações

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Grupo Cruzeiro do Sul Educacional - Centro Universitário UDF

Curso: Nutrição                       Turno: Noturno      

Turma: N1 Semestre: 5° Semestre

Disciplina: Avaliação do Consumo Alimentar/Dietoterapia I/ Nutrição Materno Infantil

Professor (a): Leandro Rodrigues da Cunha/Mariana Reis Guedes

                                                Estudo de Caso 8

Aluno (a): Matheus Matos Pereira / RGM 18824617

Brasília, 24 de maio de 2020

Apresentação do Estudo de Caso

G.S.L, 38 anos, sexo feminino, solteira, advogada, moradora de Águas Claras e natural de DF, foi encaminhada para serviço de nutrição devido ao quadro de obesidade, HAS e DM. Paciente relatou que já era obesa desde da infância e teve aumento de peso excessivo ao parar de fumar há 1 ano e 3 meses, após descobrir que estava grávida de sua primeira filha. Acreditava que iria voltar ao peso pré-gestacional durante o aleitamento materno, mas não conseguiu. Amamentou exclusivamente até os 4 meses e ainda oferece leite materno para a filha de 8 meses. Faz uso dos seguintes medicamentos: Losartana®, Glifage XR® e Victoza®. Em uso de citrus aurantium (indicação de um amigo). É constipada (geralmente, em torno de 3 dias sem evacuar). HS: mora com a filha em apartamento próprio, tem uma diarista que trabalha 1x/semana para passar roupa e arrumar a casa. Não tem tempo de realizar atividade física, sai de casa cedo para o trabalho e só volta a noite, deixa a filha na creche (8 às 18h). Ainda está em aleitamento materno. Renda mensal em torno de 6 salários mínimos. HF: Pais obesos e hipertensos ainda vivos. Estatura: 1,65m; PA: 102Kg; CB: 36cm; CA: 123cm e CQ: 135 cm. HD: faz uso de shake de Herbalife® no café da manhã e chá verde após o jantar todos os dias. Não consome frutas e verduras porque esquece de comprar e não tem como preparar os alimentos. Solicita refeição de estabelecimentos comerciais por telefone, com frequência.

Fisiopatologia e Etiopatologia

A obesidade, definida de uma maneira simplificada, é o acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos, tais como dificuldades respiratórias, problemas dermatológicos e distúrbios do aparelho locomotor, além de favorecer o surgimento de enfermidade potencialmente letais como dislipidemias, doenças cardiovasculares, Diabetes Não-Insulino-Dependente (Diabetes Tipo II) e certos tipos de câncer. A obesidade é considerada uma doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), as quais são de difícil conceituação, gerando aspectos polêmicos quanto à sua própria denominação, seja como doenças não-infecciosas, doenças crônicas-degenerativas ou como doenças crônicas não transmissíveis, sendo esta última a conceituação atualmente mais utilizada (PINHEIRO et al., 2004).

A hipertensão arterial (HA), doença mais frequente na população brasileira.

Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, são hipertensos os adultos cuja pressão arterial sistólica (PAS) atinge valores iguais ou superiores a 140 mmHg, e/ ou cuja pressão arterial diastólica (PAD) seja igual ou maior que 90 mmHg, em duas ou mais ocasiões, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Foram classificados como PA normal registros inferiores a 130/85 mmHg, e PA ótima valores inferiores a 120/80 mmHg8. A hipertensão arterial é considerada uma síndrome por estar frequentemente associada a um agregado de distúrbios metabólicos, tais como obesidade, aumento da resistência à insulina, diabete melito e dislipidemias, entre outros. A presença desses fatores de risco e lesões em órgãos-alvo, quando presentes, é importante e deve ser considerada na estratificação do risco individual, com vistas ao prognóstico e decisão (ROSÁRIO et al., 2009).

Diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina, ou ambos. A hiperglicemia crónica da diabetes está associada a danos a longo prazo, disfunção e falha de diferentes órgãos, especialmente os olhos, os rins, os nervos, o coração e os vasos sanguíneos. Vários processos patogênicos estão envolvidos no desenvolvimento da diabetes. Estes vão desde a destruição autoimune das células b pancreáticas com consequente deficiência de insulina até anomalias que resultam em resistência à ação da insulina. Os sintomas de hiperglicemia acentuada incluem poliúria, polidipsia, perda de peso, por vezes com polifagia, e visão turva. A deficiência de crescimento e a susceptibilidade a certas infecções também podem acompanhar a hiperglicemia crônica. As consequências agudas e potencialmente fatais da diabetes descontrolada são a hiperglicemia com cetoacidose ou a síndrome hiperosmolar não-cetótica. (DIABETES CARE.,2014).

Alterações fisiológicas

Paciente apresenta-se com o quadro de Obesidade, Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Teve aumento de peso excessivo após para de fumar há 1 ano e 3 meses.

Apresenta constipação e geralmente fica sem evacuar em torno de 3 dias.

Medicamentos e Posologia

           Paciente faz uso dos medicamentos Citrus aurantium, Glifage XR, Losartana e Victoza.

A Laranja amarga (Citrus aurantium), é uma planta de origem asiática, pertencente à família Rutaceae, popularmente utilizada como medicamento ou suplemento dietético.

O C. aurantium também tem sido postulado como agente promotor da perda de peso, no entanto, ainda há controvérsias sobre seus resultados (OLIVEIRA et al.,2017).

O fruto da C. aurantium L contém aproximadamente 10% de flavonoides como a naringina, hesperidina e nobiletina, carotenóides e inúmeras feniletilaminas, metiltiramina, tiramina, octopamina e, sobretudo, sinefrina (OLIVEIRA et al.,2017).

O efeito antiobesidade atribuído ao C. aurantium se deve a presença da sinefrina, estimulante com propriedades similares a cafeína e efedrina, que atua aumentando o metabolismo, gasto energético e suprimindo o apetite (OLIVEIRA et al.,2017).

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