RELAÇÃO ENTRE DERMATITE ATÓPICA E ALIMENTAÇÃO
Por: jessicacerino • 6/6/2018 • Monografia • 2.806 Palavras (12 Páginas) • 338 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA.
Curso de Graduação em Nutrição.
JÉSSICA MEDEIROS CERINO.
RELAÇÃO ENTRE DERMATITE ATÓPICA E ALIMENTAÇÃO.
Um estudo de caso entre uma criança e uma pré-adolescente.
Data
JÉSSICA MEDEIROS CERINO
RELAÇÃO ENTRE DERMATITE ATÓPICA E ALIMENTAÇÃO.
Um estudo de caso entre uma criança e uma pré-adolescente.
Trabalho de conclusão de Curso
realizado para obtenção de Grau,
no curso de Nutrição da Universidade
Estácio de Santa Catarina.
Orientador (a): Camila Amaral.
São José
DATA
1.0 HIPÓTESE
Acompanhamento nutricional específico minimiza crises e sintomas de dermatite atópica.
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Analisar os benefícios que o acompanhamento nutricional pode trazer para duas crianças que possuem dermatite atópica.
2.1OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A) Traçar perfil dos participantes quanto a dermatite atópica.
B)Descrever o motivo pelo qual a alimentação influencia no tratamento da dermatite atópica.
C) Analisar a alimentação de duas crianças que possuem esta enfermidade.
D) Investigar o uso de medicamentos usados pelas crianças para minimizar os sintomas da dermatite atópica.
E) Elaborar um plano alimentar de acordo com as intolerâncias e alergias alimentares das crianças, a fim de minimizar os sintomas desta doença.
F) Verificar se o uso de prebióticos minimizam os sintomas da dermatite atópica.
G) Comparar o estágio da doença em ambas crianças no início e no final da pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Dermatite atópica em crianças ; Alergias alimentares ; Restrições alimentares ; Pretbióticos.
Atopic dermatitis children ; Atopic dermatites food ; Prrobiotics
3.0 JUSTIFICATIVA
A dermatite atópica é um dos tipos mais frequentes de alergia cutânea caracterizada por eczema atópico. É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas. Não é uma doença contagiosa. Pode também vir seguida de asma ou rinite alérgica, variando de indivíduo para indivíduo.
Existem alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da dermatite atópica, como: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; estresse emocional e certos alimentos.
A alimentação tem um papel fundamental na dermatite atópica, por este motivo deve ser feito um acompanhamento com um médico dermatologista, nutricionista e realizar exames que comprovem qual o foco da alergia alimentar. Os alimentos mais causadores da dermatite atópica são: ovo, leite, glúten, amendoim. A exclusão de alimentos que causam a alergia pode amenizar consideravelmente os sintomas.
Além da alimentação existem medicamentos que ajudam a controlar o aparecimento da alergia como, cremes reparadores da pele, corticoides; porém não são tão eficazes quando não existe uma dieta com restrições para cada pessoa.
O estudo em questão faz uma comparação entre uma criança, que faz dieta de acordo com suas restrições alimentares e, uma pré-adolescente que não restringe nenhum tipo de alimento e faz uso de medicamentos com corticoide e hidratantes; ambas diagnosticadas com dermatite atópica. A primeira, teve um grande avanço positivo com o tratamento escolhido, já a pré-adolescente teve vários episódio de crises alérgicas seguidos de internações hospitalar.
4.0 REVISÃO DE LITERATURA
CONCEITO
A dermatite atópica (DA) é uma enfermidade cutânea, de caráter inflamatório, crônica muito comum que afeta até 20% das crianças e 10% dos adultos nos países industrializados (FLOHR; MANN, 2014).
A fisiopatologia desta alergia ainda não está definida, porém defeitos na barreira cutânea e respostas imunes alteradas sejam um dos fatores mais agravantes para o desenvolvimento da doença (BOGUNIEWICZ; LEUNG, 2011).
Esta doenças apresenta uma heterogeneidade significativa no fenótipo da alergia, idade de início, gravidade clínica, persistência, comorbidades e resposta à terapia. (FLOHR; MANN, 2014).
As doenças alérgicas são mais frequentes na infância. A exposição precoce a medicamentos que podem alterar o microbioma, incluindo medicamentos supressores de ácido e antibióticos, pode influenciar a probabilidade de alergia (MITRE et al., 2018).
Estudos apontam que a disfunção da barreira epidérmica desempenha um papel importante na sensibilização ao alérgeno e no desenvolvimento da dermatite atópica, que desencadeia o início da marcha alérgica (OHYA, 2018).
Uma característica marcante em todos os distúrbios atópicos , como asma, dermatite atópica e alergia alimentar, é a presença de respostas sensoriais patológicas, reflexos e comportamentos. Estes sintomas, caracterizados por irritação e tosse crônica nas vias aéreas, coceira crônica, desconforto e disfunção gastrointestinal, são comuns em pessoas com distúrbios atópicos. O sistema imunológico molda o escopo e a intensidade das respostas sensoriais, tendo ligação direta com o sistema nervoso sensorial. Além disso, fatores produzidos por neurônios demonstraram novas funções na propagação atópicainflamação em superfícies de barreira. (OETJEN; KIM, 2018)
Segundo Taniuchi, o desenvolvimento desta doença é fortemente influenciado pelos dois fatores a seguir: disfunção da pele causada por mutações da filagrina e desenvolvimento da colonização da microflora no início da infância. Mutações de filagrina que predispõem à asma, rinite alérgica e sensibilização alérgica, apenas na presença de dermatite atópica, apoiam fortemente o papel da filagrina na patogênese da DA e na progressão subsequente da atopia Vários estudos mostraram que o desenvolvimento da colonização da microflora na primeira infância pode afetar o desenvolvimento de doença alérgica ou a dessensibilização alimentar . Portanto, a exposição maciça a alérgenos à disfunção genética da pele no início da infância e um desequilíbrio da microflora podem ser necessários para o desenvolvimento da marcha atópica (TANIUCHI et al., 2018).
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