Relação da doença hepática gordurosa não alcoólica pós cirurgia bariátrica – revisão sistemática
Por: Thaiani8 • 23/4/2017 • Trabalho acadêmico • 2.791 Palavras (12 Páginas) • 487 Visualizações
Relação da doença hepática gordurosa não alcoólica pós cirurgia bariátrica – revisão sistemática
Ratio of non-alcoholic fatty liver disease after bariatric surgery - a systematic review
Thaiani Caroline de Olivera Sia1
Rafaela Liberali2
Vanessa Fernandes Coutinho3
1. Graduação em nutrição pela Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas e discente do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica – Metabolismo, Prática e Terapia nutricional da Universidade Estácio de Sá.
2. Professora do programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica – Fundamentos Metabólicos, Educadora Física e Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC.
3. Nutricionista; Doutora em Ciências dos Alimentos; Coordenadora de curso de Nutrição Clínica da Universidade Estácio de Sá.
Email: thaianicaroline@yahoo.com.br
R.A =110881
Campinas – Turma 2317
Data: 03 e 04 de Dezembro de 2016
RESUMO
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado. A obesidade, diabetes melittus tipo II e a dislipidemia, são os principais riscos para a DHGNA. Objetivo: demonstrar através de uma revisão sistemática a relação doença hepática gordurosa não alcoólica antes e após cirurgia bariátrica. Metodologia: revisão sistemática, utilizando como bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed), sendo estudos publicados em língua portuguesa e inglesa entre os anos de 2006 e 2015. Resultados: Os resultados dos estudos demonstraram a redução do IMC após a cirurgia bariátrica, já alguns estudos mostraram resultados significativos nos valores de AST e ALT, e outro não apresentou diferenças. Conclusão: De maneira geral a cirurgia bariátrica, é o melhor método no tratamento da esteatose hepática e na redução de peso.
Palavras Chaves: obesidade, esteatose hepática, DHGNA, fígado, cirurgia bariátrica, IMC, AST e ALT.
ABSTRACT
Introduction: Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) is characterized by fat accumulation in the liver. Obesity, diabetes mellitus type II and dyslipidemia are the main risks to NAFLD. Objective: To demonstrate through a systematic review regarding the non-alcoholic fatty liver disease before and after bariatric surgery. Methodology: systematic review, using as databases: Scientific Electronic Library Online (Scielo) and United States National Library of Medicine (PubMed), and studies published in Portuguese and English between 2006 and 2015. Results: Results studies have shown a reduction in BMI after bariatric surgery, as some studies have shown significant results in AST and ALT values, and the other did not differ. Conclusion: In general bariatric surgery is the best method in the treatment of hepatic steatosis and reduce weight.
Key – words: obesity, hepatic steatosis, NAFLD, liver, bariatric surgery, IMC, AST and ALT.
INTRODUÇÃO
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado [1], este tipo de doença abrange desde esteatose hepática benigna, até esteatohepatite não alcoólica ou NASH (Nonalcoholic Steatohepatitis) com necrose e regeneração nodular [2]. A característica principal da histológica da DHGNA é o acumulo de gordura, particularmente de triglicerídeos [3]. O fígado responde ao excesso de calorias consumidas sintetizando triglicerídeos. Esses triglicerídeos são exportados pelas lipoproteínas e armazenados no tecido adiposo. [4]
Os fatores de risco para a DHGNA podem ser classificados em “não modificáveis”, “modificáveis” ou “comportamentais”, podendo ser herança genética, etnia, sexo e idade, como não modificáveis, destacando-se alimentação inadequada, tabagismo, inatividade física, consumo de álcool e outras drogas, como modificáveis e os comportamentais pelo poder socioeconômico, cultural e ambiental [5].
A obesidade, diabetes melittus tipo II e a dislipidemia, são os principais riscos para a DHGNA, são freqüentes a síndrome metabólica nesses casos [6]. Devido ao índice aumentado de obesidade no mundo, a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a causa mais comum de doença crônica do fígado [7]. Estudos mostram que nos Estados Unidos a prevalência de DHGNA na população seja de 33%, a prevalência quando há obesidade varia de 60 a 95%. [8], outros estudos mostram o aumento e a prevalência de doenças cardiovasculares em indivíduos com DHGNA [9].
Segundo as características clínicas, os portadores de DHGNA são assintomáticos, diagnosticado através de alterações bioquímicas séricas de enzimas hepáticas em exames de rotina [10]. Alguns pacientes podem tem queixas de fadiga, mal-estar e desconforto no quadrante abdominal superior direito, sendo que a maior parte de pacientes com DHGNA não apresenta sintomas ou sinais clínicos [11]. As alterações laboratoriais mais freqüentes são o aumento na alanina aminotransferase e na aspartato aminotransferase [12]. A biopsia hepática é o único exame capaz de fazer o estadiamento da DHGNA, outro exame complementar e a ultrasonografia abdominal (USAB) indicando o diagnóstico da esteatose hepática em avaliações clinicas como nos estudos epidemiológicos [13].
O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão sistemática a relação doença hepática gordurosa não alcoólica antes e após cirurgia bariátrica.
METODOLOGIA
Tipo de pesquisa
A metodologia empregada foi a revisão sistemática, que se baseia em estudos para identificar, selecionar e avaliar criticamente pesquisas consideradas relevantes, também contribuem como suporte teórico-prático para a análise da pesquisa bibliográfica classificatória [28].
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