Resenha Agroecologia - Miguel Altieri Capítulo

Resenha cap. 7 Agroecologia (Miguel Altieri) – O agroecossistema: fatores determinantes/ recursos/ processos e sustentabilidade

        A agroecologia define princípios básicos relacionados à estrutura e à função dos agroecossistemas, como sua definição de composição a partir de fatores bióticos e abióticos, o fluxo de energia relacionado a eles, bem como sua complexidade e a importância da diversidade de espécies relacionadas ao ambiente.

        Os agroecossistemas podem ser classificados de acordo com as variações do ambiente e são agrupados de acordo com o tipo de agricultura. Há cinco critérios, descobertos em 1936, para classificar os agroecossistemas de uma área: a associação de plantas e animais, métodos utilizados, intensidade do uso de mão de obra, capital, organização e produção resultante, além de considerar o destino dos produtos e o conjunto de estruturas que facilitam as operações da propriedade. Com isso, são reconhecidos 7 tipos de sistemas agrícolas.

        A paisagem também é amplamente utilizada para o planejamento agrícola, assim, favorecem relações ecológicas, diversificação do espaço, dispersão de espécies e coordenação do manejo agrícola. Os conceitos mais utilizados são a hierarquia das paisagens, gradientes, biodiversidade e metapopulação.

        Os recursos utilizados em um agroecossistema se encaixam em quatro categorias: recursos naturais, humanos, de capital e de produção. Os processos ecológicos envolvidos no manejo desses recursos são avaliados em termos de insumos, produtos, armazenamento e transformações. Existem processos energéticos, que envolvem a energia proveniente da luz solar e seu aproveitamento pelos fatores existentes dentro do agroecossistema; processos biogeoquímicos, que adicionam nutrientes para o sistema por meio da sua liberação pelo solo; processos hidrológicos, que tratam da água, seu uso e o planejamento envolvido para sua distribuição e eficiência no agroecossistema; processos sucessionais, pelos quais os organismos ocupam locais e modificam as condições ambientais e os processos de regulação biótica, que controla a invasão de plantas e competição, além do manejo de pragas.

        A estabilidade dos agroecossistemas está amplamente relacionada com a diversidade de organismos que participam dos processos de produção, que se ajudam e fazem com que seja estabelecido um equilíbrio dentro do sistema, e, justamente por isso, os sistemas agrícolas modernos são instáveis, pois demandam constante intervenção humana e apresentam desvantagens de ecossistemas imaturos. Para o controle desses sistemas, são utilizados os fatores: sustentabilidade, equidade, estabilidade (de manejo, econômica e cultural) e produtividade, sendo considerada também a vulnerabilidade desses sistemas.

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