A Biofilme Dental
Por: k4r3n04 • 14/6/2018 • Projeto de pesquisa • 1.054 Palavras (5 Páginas) • 773 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
ODONTOLOGIA
BIOFILME DENTAL
JULIANA SABRINA
KAREN MAGALHÃES
TEREZA CRISTINA
VINÍCIUS ARROXELAS
Teresina-PI
Maio, 2018.
Juliana Sabrina, Karen Magalhães, Tereza Cristina e Vinícius Arroxelas
BIOFILME DENTAL
Pré-projeto de Conclusão da disciplina Microbiologia Oral apresentado no Centro Universitário Uninovafapi.
Orientador(a): Mitra Mobin
Teresina-PI
Maio, 2018.
SUMÁRIO
- Introdução - Tema e Problematização
- Objetivo
2.1. Geral
2.2. Específico
- Justificativa
- Metodologia da Pesquisa
- Cronograma
- Orçamento
- Referências
- Introdução
Biofilme ou placa bateriana são termos referidos a um amontoado de bactérias, uma coletividade de microorganismos aderidas com elevado grau de organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas, coordenadas e funcionais. Estas comunidades biológicas encontram-se embebidas em matrizes de substâncias extracelulares poliméricas, ou seja, macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores, produzidas por elas próprias com a finalidade de aumentar a sua chance de sobrevivência em um determinado meio. (GIBELLE, 2012)
Os biofilmes podem desenvolver-se em qualquer superfície úmida, seja ela biótica ou abiótica. O biofilme pode apresentar uma ou mais espécies de microrganismos, dependendo do seu tempo de duração e sua localização. Pode envolver bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras. Além de bactérias, outros elementos celulares podem estar agregados no biofilme, como plaquetas, por exemplo, quando o biofilme está instalado em superfície banhada por sangue. A primeira fase da formação do biofilme é a adesão primária a uma superfície. Esta taxa de adesão depende primariamente do número e tipo de células presentes no líquido ao qual a superfície está exposta e da taxa de fluxo deste líquido através da superfície. As propriedades físico-químicas da superfície, a composição nutricional e temperatura do ambiente irão interferir na velocidade de formação do biofilme. A presença de antimicrobianos no meio pode afetar a formação de biofilmes. (CLUTTERBUCK et al., 2007)
Candida albicans, Staphylococcus coagulase negativa, Enterococcus spp, Klebsiela pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococccus aureus são microorganismos que pelas suas características, estão mais freqüentemente associados à produção de biofilmes. (LI; TIAN, 2008)
É reconhecida atualmente a multiplicidade de situações em que os biofilmes ocorrem. Em camadas de solos e ambientes aquáticos eles ocorrem naturalmente. Nos ambientes urbanos, podem estar presentes em sistema de tubulações de água e esgoto e em reservatórios de água, por exemplo. Basicamente, em qualquer ambiente que combine a presença de: líquido,superfície e microrganismos, a presença de biofilmes pode ocorrer. (TYERMAN., et al 2013)
Para nós que atuamos na área da saúde, há também uma diversidade de situações possíveis, desde a formação de biofilmes em dispositivos médicos diretamente ligados ao paciente, até a presença dos mesmos em máquinas ou tubulações em contato indireto com o indivíduo, no qual explica o seu desenvolvimento em superfície biótica ou abiótica. As fontes potenciais de
microrganismos são: O próprio paciente, pela pele e mucosas, focos de infecção à distância ou bacteremias, os profissionais de saúde, pelas mãos, por meio de contaminação durante procedimentos e do ambiente, pela água e anti-sépticos contaminados. Os biofilmes podem também produzir variedade de implicações nosológicas no ser humano e, algumas delas são independentes da presença de dispositivos médicos. Como exemplo, temos a formação de placa bacteriana nos dentes. Esse caso mostra que a superfície de formação dos biofilmes pode ser as próprias estruturas corporais. (GREENBERG, 2002)
No caso do biofilme dental, A formação desse biofilme se dá a partir de processos complexos, que proporcionam a instalação de uma comunidade microbiana diversificada, cooperativa, dinâmica, de elevado potencial patogênico e, muitas vezes, resistente a agentes antimicrobianos. Tais processos envolvem mecanismos de aderência dos microrganismos à película adquirida bem como de co-adesão microbiana entre espécies semelhantes (homotípica) ou diferentes (heterotípica), mediadas por glicoproteínas salivares e receptores de superfície celular. Esses processos são responsáveis pela sucessão bacteriana, gerando ambientes favoráveis à colonização por bactérias cariogênicas, como o Streptococcus mutans e o Lactobacillus casei. (FUQUA, 2002)
O S. mutans é considerado o principal agente etiológico da cárie dentária em humanos e fatores de virulência, tais como a composição de sua superfície celular e a produção de bacteriocinas, têm sido investigados em relação à sua cariogenicidade. A capacidade de adesão desse microrganismo está relacionada a sua patogenicidade, sendo, portanto, objeto de estudos que visam prevenir a formação de lesões de cárie, seja por meio de métodos mecânicos, com a utilização da escova dental, ou químicos, com a utilização de agentes antimicrobianos. (LAGONI., et al 2011)
- Objetivo
2.1. Objetivo geral
Descrever a formação e o desenvolvimento do biofilme dental e sua relação com a comunidade microbiana. Bem como, os lugares que se aderem suas fontes alvos principais e formas de contaminação.
2.2. Objetivo específico
O propósito deste estudo é o de avaliar as atividades antibacteriana e antiaderente das Candida albicans, Staphylococcus coagulase negativa, Enterococcus spp, Klebsiela pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococccus aureus frente a bactérias da cavidade bucal, e a associação frequente de S. mutuans na produção do biofilme dentário.
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