A LIMPEZA E MODELAGEM DO CANAL RADICULAR

LIMPEZA E MODELAGEM DO CANAL RADICULAR

Devemos ter em mente que a limpeza e modelagem dos sistemas de canais é um fator muito importante para se ter sucesso no tratamento endodôntico sendo considerada a fase mais importante pelo autor, isso se refere à remoção de todo substrato orgânico do sistema de canais e a modelagem de uma forma intencional dentro de cada canal para receber um preenchimento denso e permanente. Sabemos que essa limpeza e modelagem não pode ser exercida com força se não ficaram de forma inadequada trazendo insucesso no tratamento.

Foi demonstrado que um número significativo de canais produz bactérias negativas após a limpeza e modelagem sozinhas. No entanto, é necessária alguma forma de medicação intra-canal. Tentar esterilizar na presença de detritos de tecido infectados é uma tarefa frustrante que requer inúmeras visitas do paciente e aplicações repetidas de medicamentos. Mesmo que o tecido periapical dos canais radiculares não seja infectado, as degradações daquele canal podem vazar através do forame principal ou acessório criando lesões no periodonto de inserção.

Segundo o artigo, todos os canais serão limpos de maneira igualitária, o que diferencia é o material que será usado acima dele, como por exemplo: dente restaurado com amalgama obturados com guta percha ou incrustação em ouro obturados com cones de prata.

PREPARAÇÃO DO CANAL:

Guta-percha:

(1) A preparação do canal radicular deve desenvolver um funil continuamente afilado do ápice radicular à cavidade de acesso coronal.

(2). Em conformidade com o princípio acima, o diâmetro transversal da preparação deve ser mais estreito em todos os pontos apicais e mais amplo em cada ponto à medida que a cavidade de acesso é abordada.

(3). Ao contrário dos funis de desenho geométrico simples, essa preparação do canal radicular deve ocupar não apenas três planos, mas tantos planos quanto os apresentados pelo canal radicular e canal original; isto é, a preparação do canal radicular deve fluir com a forma do canal original. Esse conceito de fluxo é mais importante e será descrito em mais detalhes nas instruções específicas para a preparação do canal radicular.

(4) O forame apical deve permanecer em sua relação espacial original, tanto com o osso quanto com a superfície radicular. O movimento ou transporte da abertura apical é um erro comum na preparação do canal radicular que leva com muita frequência ao desconforto crônico do canal radicular ou falha total no tratamento.

(5) A abertura apical deve ser mantida tão pequena quanto possível em todos os casos. Embora sejam fornecidas diretrizes sobre o que é prático, esse término final vem apenas com a experiência clínica e é facilmente alcançado.

As experiências in vivo e in vitro confirmam que é desejável uma abertura apical mínima geralmente equivalente ao tamanho de uma pasta nº 3 na preparação final para recheios de guta-percha.

Cone de prata:

A restrição mais importante imposta pelos cones de prata é que eles não são plásticos no sentido físico. Suas formas não podem ser alteradas significativamente para se adaptar a todo o espaço do canal radicular. O sucesso com os cones de prata depende essencialmente da eficácia do selo apical, que pode ser bastante aprimorado por procedimentos de modelagem inteligentes.

(1) A preparação do canal radicular deve desenvolver um funil de afilamento contínuo desde o ápice da raiz até a cavidade de acesso coronal, mas o grau de conicidade necessário é menor que para obturações de guta-percha na maioria dos casos.

(2)Uma preparação ideal do cone de prata deve exibir um colar apical de dois, três ou quatro milímetros, no qual as paredes dentinárias são quase paralelas ao invés de uma configuração cujo diâmetro da seção transversal se estreita apicalmente em todos os pontos.

(3)Como no guta percha, deve ocupar tantos planos quanto os apresentados pela raiz e pelo canal radicular em tratamento.