A Utilização do Laser de Baixa Potência Para o Tratamento das Mucosites Orais
Por: Daniel Cardoso • 6/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.622 Palavras (7 Páginas) • 346 Visualizações
Resumo:
Pacientes submetidos a quimioterapia e radioterapia, associadas ou isoladas podem induzir a mucosite oral. Se trata de um processo inflamatório de difícil resolução. A mucosa oral apresenta-se eritematosa e edemanciada, progredindo para o desenvolvimento de úlceras e formação de pseudomembranas. Os locais mais afetados são: assoalho oral, borda lateral da língua, ventre lingual, palato mole e mucosa jugal. Fatores como hospitalizações prolongadas, mudanças na microflora oral, uso de antibióticos com largo espectro, herpes simples, infecções dentárias, tabagismo, higienização oral precária, e estado nutricional são fatores que podem agravar a severidade da condição clínica do paciente. A cavidade oral possui uma infinidade de micro-organismos residentes, que podem ser fonte de infecções secundárias. Apesar de não existir um consenso de qual a melhor abordagem para o tratamento das mucosites orais, a laserterapia de baixa potência vem se apresentando uma alternativa de baixo custo eficaz para o tratamento da mucosite oral, uma das complicações mais comuns e dolorosas induzidas pelo tratamento oncológico. Sendo assim, é de extrema importância o papel do cirurgião-dentista já no início do tratamento oncológico a fim de reduzir ou evitar complicações que possam agravar o estado de saúde do paciente. O objetivo deste trabalho foi elucidar através de uma revisão de literatura a utilização do laser de baixa potência e avaliar sua efetividade no tratamento das mucosites orais.
Palavras-chave: mucosite, laserterapia, paciente oncológico.
Abstract:
Patients undergoing chemotherapy and radiotherapy, associated or isolated, may induce oral mucositis. It is an inflammatory process of difficult resolution. The oral mucosa is erythematous and edematous, progressing to the development of ulcers and formation of pseudomembranes. The most affected sites are: oral floor, lateral edge of tongue, lingual belly, soft palate and jugal mucosa. Factors such as prolonged hospitalization, changes in oral microflora, use of broad-spectrum antibiotics, herpes simplex, dental infections, smoking, poor oral hygiene, and nutritional status are factors that may aggravate the severity of the patient's clinical condition. The oral cavity has an infinity of resident microorganisms, which may be the source of secondary infections. Although there is no consensus as to the best approach for the treatment of oral mucositis, low-power laser therapy has been presented as a low-cost alternative for the treatment of oral mucositis, one of the most common and painful complications induced by cancer treatment . Therefore, it is extremely important the role of the dentist at the beginning of the oncological treatment in order to reduce or avoid complications that may aggravate the patient's health status. The objective of this work was to elucidate through a literature review the use of low power laser and to evaluate its effectiveness in the treatment of oral mucositis.
Key words: mucositis, laser therapy, oncologic patient.
Introdução:
A mucosite é uma complicação muito comum dose-limitante decorrente da associação de terapias como radioterapia e quimioterapia ou isoladas para o tratamento oncológico. Nos casos em que o campo irradiado envolve cabeça e pescoço pode haver comprometimento da mucosa oral e das glândulas salivares, favorecendo o surgimento da mucosite.
É uma complicação aguda bastante comum, trata-se de uma inflamação da mucosa que ocorre geralmente em pacientes submetidos à oncoterapia 1.
Para o tratamento do câncer são utilizadas três tipos de tratamento: cirúrgico, radioterapia e quimioterapia.
Efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia incluem mucosite, cáries, xerostomia, ageusia, disgeusia, infecções secundárias, osteoradionecrose e trismo.
40% dos pacientes em tratamento antineoplásico quimioterápico apresentam mucosite e 100 % dos que são submetidos a radioterapia para região de cabeça e pescoço apresentam mucosite 2.
Mucosite oral é definida como uma condição inflamatória da mucosa que se manifesta através de eritema, ulceração, hemorragia, edema e dor. Muitas vezes, em decorrência de sua morbidade, o tratamento antineoplásico é alterado ou suspenso, interferindo consequentemente no controle tumoral e na sobrevida do paciente 2,3,
A alternativa do laser de baixa intensidade vem sendo utilizada como forma de tratamento/cicatrização da mucosite oral e tem obtido respostas positivas do ponto de vista clínico e funcional1,2.
O princípio da bioestimulação é utilizada a mais de 20 anos, sendo bastante aplicado na dermatologia, principalmente para o reparo de feridas na pele. Logo em seguida passou a ser utilizada para o tratamento de afecções na cavidade oral, como herpes labial, quelite angular, aftas, trismo, parestesias, hipersensibilidade dentinária para procedimentos pós-cirúrgicos 7.
Metodologia
Realizou-se uma revisão de literatura sobre a utilização da laserterapia de baixa potência no tratamento da mucosite oral.
Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Scielo, Medline e Bireme.
Revisão de literatura
Para o tratamento do câncer são utilizadas três tipos de tratamento: cirúrgico, radioterapia e quimioterapia.
Efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia incluem mucosite, cáries, xerostomia, ageusia, disgeusia, infecções secundárias, ulceração, hemorragias, osteoradionecrose e trismo estão entre os sinais e sintomas, comprometendo a alimentação, fala, e ingestão hídrica do paciente 1-6,8. A mucosite oral é um problema clínico de difícil controle 5.
40% dos pacientes em tratamento antineoplásico quimioterápico apresentam mucosite e 100 % dos que são submetidos a radioterapia para região de cabeça e pescoço apresentam mucosite 2.
Mucosite oral é definida como uma condição inflamatória da mucosa que se manifesta através de eritema, ulceração, hemorragia, edema e dor. Muitas vezes, em decorrência de sua morbidade, o tratamento antineoplásico é alterado ou suspenso, interferindo consequentemente no controle tumoral e na sobrevida do paciente 2,3, . Dificuldade ingestão de alimentos pode levar o paciente a interromper o tratamento e de nutrição enteral ou parenteral 3.
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