O COMPROMETIMENTO PULPAR DA CÁRIE E DESFECHOS APICAIS
Por: eduardanoronhat • 29/3/2022 • Abstract • 2.147 Palavras (9 Páginas) • 105 Visualizações
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- Compreender a evolução da doença cárie e formação de lesões apicais. [pic 1]
- Conhecer as características radiológicas.
- A patologia pulpar pode variar desde uma inflamação transiente (pulpite reversível) a uma pulpite irreversível, que será seguida por uma necrose total da polpa e pode ser transformada pela ação microbiana em polpa gangrenada.
[pic 2]
- Usa-se spray de baixa temperatura no algodão e encosta no dente, o normal, se ainda houver vitalidade da polpa é, que a dor aguda, rápida e localizada passe após a atuação do estímulo – pulpite reversível.
- Se for uma pulpite irreversível sintomática – é caracterizada pela dor intermitente, espontânea, aguda, difusa, localizada, onde a rápida exposição a mudanças drásticas de temperatura promoverá episódios de dor prolongada e intensa mesmo depois da remoção da fonte da dor.
- A pulpite irreversível assintomática – pode-se tornar sintomática ou até mesmo necrótica caso não aconteça a intervenção do profissional;
- No início, a pulpite irreversível pode se tornar facilmente relacionada ao dente afetado, mas nos estágios mais avançados, o paciente fica incapaz de identificar o dente acometido.
- Se a polpa não tiver mais vitalidade, ou seja, for apoptótica/ necrótica, o paciente não sente mais dor quando o acesso na sua polpa é feito, e então tem-se o teste de vitalidade pulpar negativo.
[pic 3][pic 4]
- Necrose advém de uma reação defensiva/ processo inflamatório que visa localizar o irritante que a provocou e destruí-lo.
- Ocorre a elevação do fluxo sanguíneo, hiperemia, exsudato e uma dificuldade do adicional sanguíneo nessa região.
- Os vasos sanguíneos pulpares tornam-se dilatados e produzem o quadro de hiperemia.
- A vasodilatação prolongada predispõe o edema, pode ser infiltrado por células inflamatórias.
- Primeiro vai existir um abscesso, seguido de uma tumefação (aumento do volume do tecido), pus visível ou abscesso subclínico que não tem apresentação clínica pronunciada.
- Degranulação dos mastócitos
- Menor fluxo de nutrientes
- Dano celular
- Liberação de mediadores
- Vasodilatação
- Maior fluxo sanguíneo
- Extravazamento – edema
- Tumefação (ativa osteoclastos e reabsorve um pouco do osso)
- Para acontecer isso, deve haver uma pulpite irreversível (dor aguda, mesmo sem estímulo, continua acontecendo, é intensa, pulsátil, o calor aumenta a dor)
- Pulpite reversível (dor moderada ao estímulo e depois some, é súbita)
- Pulpite crônica/ hiperplásica – assintomático, exceto a pressão – quando há cavidade aberta, é um crescimento hiperplásico da polpa que se projeta para fora da câmara coronária – depois disso pode evoluir para um GRANULOMA e CISTO PERIAPICAL.
- Crônica:
- Periodontite apical crônica
- Granuloma apical
- Cisto periapical
- Aguda:
- Abscesso periapical
- Osteomielite, celulite.
- Antes de um cisto, deve haver um granuloma – é mais comum esse tipo de evolução, contudo pode ser que pare em granuloma ou pule para cisto.
- Lesões no ápice do dente, para acontecer, tem que haver um processo infeccioso que já passou por toda a polpa, o dente não está mais vital, polpa tem que estar morta, se estiver viva, não é granuloma.
- Polpa normal Pulpite aguda Necrose Inflamação do ápice [pic 5][pic 6][pic 7][pic 8]
Abscesso Granuloma [pic 9][pic 10]
Cisto.
[pic 11]
[pic 12]
- Em volta do ápice, se vê alterações radiolúcidas – reabsorção do osso para abrigar o processo infeccioso (granuloma ou cisto) = células inflamatórias rodeadas por tecido conjuntivo
[pic 13][pic 14]
- Realiza o teste de vitalidade, que deve dar negativo
- Realiza radiográfica – é observado um dente com área radiolúcida no ápice – ÁREA CIRCUNSCRITA – abscesso.
[pic 15]
- Granuloma: área radiolúcida circunscrita – delimitada
- Reabsorção óssea da lâmina dura periapical
- 75% das lesões inflamatórias periapicais
- 1mm – 20mm
- Cronicidade – regressão dos sintomas
- Confirma que é granuloma quando faz o histopatológico.
- Histopatológico:
- Cápsula de tecido conjuntivo fibroso
- Infiltrado de linfócitos – neutrófilos, plasmócitos, histiocitos, mastócitos e eosinófilos.
- Cristais de colesterol: células gigantes multinucleadas.
[pic 16]
- Tratamento endodôntico ou exodontia (se estiver todo destruído) [pic 17]
- Acontece independente de ter granuloma, abscesso (pode drenar ou prescrever medicação) ou cisto – é o MESMO tratamento, então não há problema se suspeitar de algum desses na radiografia, e quando fizer o histopatológico, aparecer um diagnóstico diferente.
- Abscesso é mais líquido, pode possuir um ponto de drenagem, mas pode não ter um, sendo um abscesso subclínico.
- Se é o mesmo tratamento, não precisa sempre realizar um histopatológico, pois o que alimenta o processo infeccioso são as bactérias do canal e devem ser retiradas
- Lesão periapical – se puder faz o canal ou retira o dente, ou seja, realiza o tratamento endodôntico e acompanha para ver se a lesão sumiu.
- Mas se retirar o dente e ver a bolinha junto do ápice, retira a bolinha e ela vai para o histopatológico.
- Se tiver lesão depois de ter feito o canal, analisa as radiografias anteriores e observar se a lesão diminuiu, visto que é uma reabsorção óssea, logo, requer mais tempo para voltar ao normal.[pic 18]
- Em volta, há uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso tentando conter o processo inflamatório
- No cisto, ao invés de ter apenas o tecido conjuntivo, há também o tecido epitelial
- Encontra-se células do processo inflamatório crônico – plasmócitos, cristais de colesterol.
- Uma cavidade patológica revestida por camadas de epitélio contendo material líquido ou semissólido. [pic 19][pic 20]
- É um cisto inflamatório
- COMO SE FORMA?
- Se o ápice do dente com processo inflamatório está rodeado por tecido conjuntivo, os mediadores e fatores de crescimento vão encontrar pedaços de epitélio e estimular a proliferação dos restos epiteliais de malassez que irão começar a se multiplicas
- Rapidamente, o tecido epitelial, quando começa a se proliferar, não vai conseguir ter suprimento de oxigênio chegando em algumas camadas, então elas morrem, e não possuem vascularização, então ao sofrer apoptose, o conteúdo celular é liberado no meio, então vai haver muita proteína, se tornando um meio mais concentrado.
- A membrana só passa liquido do menos concentrado para o meio mais concentrado, e ele vai ficar mais espaçado, o interior vai estar muito concentrado e vem o líquido intersticial de fora para dentro.
- Então vai crescer! As células epiteliais se organizam, e no meio fica uma cavidade líquida, há tecido epitelial + tecido conjuntivo + líquido = CISTO.
- Ocorre o estímulo de fibras colágenas ao redor da lesão, na tentativa de conter o crescimento, e no centro ocorre áreas de necrose.
- Cresce por pressão osmótica.
- Nos maxilares, podem ser formados cistos odontogênicos (inflamatório periapical e não inflamatório) e não odontogênicos
- Muito comum => cárie comum infecção pulpar comum cisto. [pic 21][pic 22]
- Crescimento lento (pela diferença de pressão osmótica e pela pressão no osso, pois acontece o espessamento do osso para tentar conter o crescimento), assintomático
- Dentes não possuem vitalidade
- Ápice radiolúcido com envoltório radiopaco
- Inflamação apical – formação e crescimento do cisto
- Nem todos os granulomas periapicais irão se tornar cistos radiculares
- Pode ser que permaneça como granulomas por um bom tempo.
- E pode ser que os restos epiteliais formem a cada de tecido conjuntivo
- Para a patogênese do cisto radicular, é necessária a inflamação periapical do granuloma
- Corpúsculos de Rushton
- Corpúsculos de Russel
- Fendas de cristais de colesterol
- HISTOPATOLÓGICO
[pic 23]
- Sempre vai haver uma área central com tecido epitelial e depois o tecido conjuntivo, ao dar um aumento, existe uma área transparente (seria o líquido) e epitélio em volta é o conjuntivo.
[pic 24][pic 25]
- Cristais de colesterol – são fendas parecendo prismas, oriundas da apoptose das células.
- Tecido epitelial escamoso estratificado
- Muita célula inflamatória
- Achados: corpúsculos de rushton, corpúsculos de Russel e fendas de cristais de colesterol.
- Tratamento do cisto periapical
- Excisão cirúrgica ou enucleação da lesão: quando a lesão não é muito grande, faz o tratamento endodôntico + acesso cirúrgico e remoção de toda a lesão.
- Masupialização: quando o cisto é muito grande, é removido apenas um pedaço do cisto, deixando-o aberto, como o cisco cresce por pressão osmótica, a lesão vai diminuindo (descomprimindo) como se fosse um balão furando
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