Os Efeitos do Rituximab

Efeito de ação do Rituximab

O Rituximab é um anticorpo monoclonal direcionado para o CD20, proteína de superfície dos linfócitos B. Foi utilizado primeiramente para o tratamento de linfomas tipo B e mostrou-se efetivo no tratamento de diversas condições autoimunes. Consegue reduzir a quantidade de linfócitos B circulantes por um período de 6 a 9 meses sem, no entanto, interferir significativamente na quantidade de anticorpos circulantes.

O efeito de ação do Rituximab ainda não é completamente conhecido. Estudos in vitro mostram a capacidade do rituximab em levar a morte dos linfócitos B através da sinalização para a morte celular. Os efeitos incluem a inibição da proteína quinase ativada por mitógenos p38, NF-kappaB, Quinase regulada por sinais extracelulares 1/2 e via de sobrevivência antiapoptótica AKT.

Os efeitos da medicação são observados mesmo na ausência da participação do sistema imunológico, evidenciando ativação de vias apoptóticas. Entretanto, ensaios clínicos mostram aumento da atividade anti-linfócitos B quando associado o rituximab com a quimioterapia citotóxica.

A citotoxicidade dependente do complemento parece estar associação ao efeito de ação do Rituximab, entretanto, a ativação do complemento não acontece em todos os pacientes a despeito do desempenho clínico. Além do mais, células neoplásicas sobreviventes ao tratamento apresentam a expressão do marcador de superfície CD59, relacionado a inibição do complemento.

Imunidade humoral também participa do efeito de ação da terapia monoclonal através da sinalização para células NK, granulócitos e macrófagos. Citocinas, tais como INF-gama, aumentam a expressão de receptores ao braço Fc do anticorpo do Rimuxinab. Nessa interação, a ativação das células NK pela ligação com o anticorpo monoclonal levam a produção de INF-gama. Tal molécula pode apresentar efeito antitumoral direto ou ativar outras células imunológicas que contribuem para a imunidade medida por anticorpos, tais como granulócitos.

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