Pressão Arterial e Hipertensão Pressão arterial
Por: laisa123 • 5/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.163 Palavras (5 Páginas) • 486 Visualizações
Pressão Arterial e Hipertensão
Pressão arterial
Pressão (força em mm/Hg) exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos.
Função - movimentar o sangue pelo organismo.
São de dois tipos: Sistêmica (grande circulação) e a Pulmonar (pequena circulação)
A pressão arterial altera-se ciclicamente no curso da atividade diária.
Atinge o seu valor máximo (pressão sangüínea sistólica), durante a “expulsão” do sangue (sístole) e o seu mínimo (pressão arterial diastólica), quando o coração termina o “período de repouso” (diástole).
Valores considerados normais em mm/Hg
Pressão Sistêmica - Classificação por idade:
Até 4 anos (85/60)
5 a 10 anos (95/62)
11 a 12 anos (108/67)
13 a 16 anos (118/75)
Adulto (120/80) até (130/90)
Idoso (140/90) até (160/100)
Tecidos e Órgão que participam da formação da pressão arterial
Tecidos de controle:
Hipotálamo (centro de controle vasomotor e cardíaco), Sistema Nervoso Autônomo, Hipófise posterior (neurohipófise via ADH), hipófise anterior (adenohipófise), supra-renais (corticóides e adrenalina), tireóide (T3 e T4)
Tecidos que apresentam a ação:
Direta:
Coração (débito cardíaco), Vasos sangüíneos da pele, mucosas e músculos (resistência periférica) e os rins (volemia) - formação da Pressão arterial.
Indireta:
Pulmões (ECA – enzima conversora de angiotênsina), fígado (angiotensinogênio)
Reflexos de controle da PA
Reflexo Barorreceptor (curto prazo) - rápido
Reflexo Barorreceptor
O reflexo está relacionado aos barorreceptores (células que geram potenciais de ação quando distendidas pelo aumento da pressão arterial na aorta e no seio carotídeo). Estes potenciais de ação são conduzidos pelos nervos vago e sino carotídeo aos centros vasomotores e cardíacos no SNC (principalmente no hipotálamo).
O SNC, via sistema nervoso autônomo, controla a pressão. Quando a pressão está alta, os potenciais de ação ativam o sistema parassimpático que libera acetilcolina sobre os coração e vasos da pele e mucosas (diminuindo a frequência cardíaca, a força de contração e o débito cardíaco, além de vasodilatar os vasos. Assim a pressão abaixa.
Caso a pressão fique muito baixa os barorreceptores diminuem a geração dos potenciais de ação e isto vai ativar o simpático liberando adrenalina e noradrenalina sobre o coração e os vasos, aumentando a frequência, a força de contração e vasoconstrição na pele e mucosa e a pressão arterial.
Reflexo renina- angiotênsina-aldosterona (longo prazo) - lento
Reflexos atriais (lento): Envolve a formação do peptídeo natriurético (induzido pela dilatação dos atrios) – vasodilatador que aumenta a filtração renal (perda de água e redução da volemia) e queda da pressão arterial.
- Reflexo Barorreceptor
[pic 1]
- Reflexo Renina, Angiotensina, Aldosterona
[pic 2]
Reflexo: Renina Angiotensina Aldosterona
A baixa pressão arterial leva a uma redução na filtração glomerular. Pouca água e sais minerais no filtrado estimulam as células justaglomerulares a produzir a enzima renina (hormônio endócrino). A renina converte o angiotensinogênio (produzida no fígado) em angiotensina I (inativa).
A angiotensina I passa pelos vasos dos pulmões onde (nos alvéolos) é produzida a ECA (enzima conversora de angiotensina) que converte a angiotensina I em angiotensina II.
A angiotensina II é vasoconstrictora, além de aumentar a sede e a produção e liberação de ADH (hormônio antidiurético no hipotálamo). Outro Hormônio aumentado pela AII é a aldosterona (produzida no córtex das supra-renais). Tanto o ADH quanto a aldosterona aumentam a reabsorção de sódio, potássio, prótons, cloro e água nos túbulos renais.
Todas as ações da Angiotensina II, AII, aumentam a pressão arterial o que aumenta a filtração glomerular e a redução da produção de renina pelas células justaglomerulares. Começa, então o ciclo de redução da pressão.
Reflexos rápidos fisiopatológicos:
Só ocorrem em ocasiões específicas.
Reflexo à Isquemia Sanguínea do SNC: ativação neuronal simpática. Aumenta a pressão e o fluxo de sangue para o SNC
Reflexo no estresse por exercícios físicos: contração do músculo esquelético + descarga simpática. Aumento da pressão arterial.
Hipertensão - Adultos (17 a 59 anos)
A pressão arterial é considerada elevada se em repouso a pressão diastólica for superior a 90 mmHg e/ou a pressão arterial sistólica for superior a 140 mmHg.
Os valores são demasiados baixos se a pressão sistólica for inferior a 105 mmHg e/ou a diastólica inferior a 60 mmHg.
Em ambos os casos a pessoa deverá fazer uma visita ao médico cardiologista
Obs. Para o paciente ser considerado hipertenso, sua pressão deverá ser aferida em repouso, ao longo do dia e em diversas posições corporais (deitado, sentado e em pé).
Alguns pacientes mantém a pressão alta ao longo do dia, outros apresentam picos de pressão (manhã ou noite).
Classificação da hipertensão (adultos)
140 ou 160/90 ou 100mmHg - Hipertensão limítrofe
160 ou 180/100 ou 110mmHg - Hipertensão moderada
superior a 180/110mmHg Hipertensão grave
Obs.
- Se a maioria dos valores é normal em repouso, mas excepcionalmente elevada em condições de esforço físico ou psicológico, é possível que estejamos em presença de uma situação de hipertensão lábil ou instável.
- Valores de pressão arterial diastólica superiores a 120 mmHg, provenientes de uma medição correta, requerem tratamento médico imediato.
Etiologia e Sintomas
15% - causas específicas: constrição da artéria renal, insuficiência renal, coarctação da aorta, aterosclerose, doença de cushing, aldosteronismo primário.
85% - hipertensão essencial - Causa genética (adaptação dos barorreceptores, adaptação ao reflexo renina-angiotensina-aldosterona) associada ao estresse físico e/ou emocional, associado à dieta não equilibrada e ao sedentarismo.
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