Terapia Periodontal
Por: bassmar • 28/5/2015 • Dissertação • 2.204 Palavras (9 Páginas) • 865 Visualizações
FASE II da Terapia Periodontal - Cirurgia
A fase cirúrgica da terapia periodontal tem como propósito:
- controlar ou eliminar a doença periodontal
- corrigir condições anatômicas que possam: -favorecer a doença periodontal
-comprometer a estética
-impedir colocação de prótese correta
Objetivos principais:
- Melhorar o prognóstico dos dentes e seus substitutos
- Melhorar a estética
De que maneira:
- aumentando o acesso às superfícies radiculares, possibilitando a remoção de todos agentes irritantes
- reduzindo ou eliminando a profundidade da bolsa periodontal, possibilitando ao paciente a manutenção das superfícies radiculares livres de placa
- remodelando os tecidos moles e duros para obter uma topografia harmoniosa
Técnicas de Cirurgia Periodontal:
Cirurgia de Redução da Bolsa
- Ressectiva (gengivectomia, retalho deslocado apicalmente ou não, com ou sem ressecção óssea)
- Regenerativa (retalhos com enxertos, membranas, etc.)
Correção de Defeitos Anatômicos/Morfológicos
- Técnicas de cirurgia plástica para aumentar a gengiva inserida (enxertos gengivais livres e outras técnicas)
- Cirurgia estética (recobrimento radicular, recriação de papila)
- Técnicas pré- protéticas (aumento de coroa, aumento de rebordo, aprofundamento vestibular)
- Colocação de implantes dentários, incluindo técnicas para o desenvolvimento do local para implantes (regeneração óssea guiada, levantamento de seio)
Resumindo: estudaremos
Técnicas de Cirurgia Periodontal:
Cirurgia de Redução da Bolsa
- gengivectomia
- retalho deslocado apicalmente ou não ( com ou sem ressecção óssea)
Correção de Defeitos Anatômicos/Morfológicos
Técnicas pré- protéticas (aumento de coroa)
Retalho deslocado apicalmente (com ou sem ressecção óssea)
Reavaliação após a fase I da terapia:
Todos os pacientes devem ser tratados inicialmente por raspagem e alisamento radicular. Uma decisão final sobre a necessidade de cirurgia periodontal deve ser tomada somente após completa avaliação da Fase I da terapia, após 40 dias. A decisão pode ser tomada em qualquer controle daa fase de controle e manutenção, depois de terminada a fase I.
Critérios seleção da técnica:
- Características da bolsa periodontal: profundidade, sua relação com o osso e configuração
- Acesso para instrumentação, incluindo a presença de envolvimento da furca
- Presença de problemas mucogengivais
- Resposta a fase I da terapia
- Cooperação do paciente, habilidade h.o., fumante ou não.
- Idade e estado geral de saúde.
- Diagnostico periodontal (tipo de hiperplasia gengival, tipo de periodontite)
- Considerações estéticas
- Tratamentos periodontais anteriores.
O Retalho Periodontal
Classificação:
- Com base na exposição óssea após o deslocamento do retalho classificamos como:
Retalho de espessura total: todo tecido mole, incluindo periósteo é deslocado para expor o osso
Retalho de espessura parcial ou dividido: somente o epitélio e uma camada de tecido conjuntivo é deslocado. O osso permanece coberto pelo periósteo e uma camada de tecido conjuntivo.
- Com base no posicionamento do retalho após a cirurgia classificamos como:
Retalho não deslocado: o retalho retorna e é suturado na sua posição original.
Retalho deslocada (apical, coronal ou lateral): o retalho retorna a uma posição diferente da sua posição original. Tanto o retalho de espessura total, como parcial podem ser deslocados, para tal, a gengiva inserida deve ser totalmente separada do osso adjacente (romper a linha mucogengival, para dar movimento ao retalho). Os retalho palatinos não podem ser deslocados.
Retalho Palatino: O tecido palatino é todo inserido, queratinizado e não tem nenhuma propriedade elástica, portanto não pode ser deslocado apicalmente, nem ser dividido.
O tecido palatino pode ser delgado ou espesso, pode ou não ter defeitos ósseos, e a abobada palatina pode ser alta ou baixa. Essas alterações anatômicas alteram localização, ângulo e desenho da incisão.
Os retalhos devem ser afinados para se ajuntarem ao tecido ósseo e formar uma margem gengival delgada como lamina de faca. Retalhos palatinos geralmente são muito espessos e tem propensão a se separar do dente, descola e complica a cicatrização. Portanto devem ser afinados. O afinamento do retalho é mais fácil antes de seu completo deslocamento. Portanto o objetivo do retalho palatino deve ser considerado antes de realizar a incisão.
Distal de Molares e áreas edentulas devemos lançar mão de incisões em cunha e ou paralela.
As técnicas com preservação são aplicadas naquelas áreas em que a retração gengival precisa ser minimizada. Em algumas áreas estéticas, a terapia não cirúrgica pode ser mais apropriada que a cirurgia a retalho.
Todo procedimento cirúrgico deve ser planejado minuciosamente antes do início do procedimento. Isto deve incluir o tipo de retalho, a exata localização e os tipos de incisões, o manuseio do osso subjacente e a coaptação final do retalho e suturas. Embora alguns detalhes possam ser modificados durante o procedimento, um planejamento detalhado leva a um melhor resultado clínico.
INCISÕES:
Os retalhos periodontais utilizam incisões horizontais e verticais:
Incisões horizontais: ao longo da margem gengival, geralmente de distal para mesial. São elas: bisel interno, sulcular e interdental.
Incisão de bisel interno ou primária: se inicia a uma certa distancia da margem gengival e termina na crista óssea. Utilizamos geralmente laminas de bisturi nº 15C ou nº15. A porção de gengiva deixada ao redor do dente contém o epitélio de revestimento da bolsa e tecido de granulação e será descartada.
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