Cenários de Prática – Educação

Relatório Final (Teórico-prático)

Cenários de Prática IV – EDUCAÇÃO.

A história da educação brasileira foi marcada por lutas ideológicas entre socialismo e capitalismo, as quais geraram marcos nos aspectos sociais, refletindo na educação brasileira. A partir desses marcos houve a proposta da reconstrução educacional do Brasil por meio do movimento chamado de “Escola Nova”, o qual defendia uma escola para todos, publica e igualitária tentando desta forma superar o histórico de uma educação elitista e excludente.

A partir da inserção deste movimento de mudança na educação brasileira, começou a ser traçada a história da educação especial. Entretanto, inicialmente, esta modalidade educacional acontecia de forma segregadora, os alunos com deficiência eram encaminhados para salas especiais em escolas regulares, numa época em que se predominava o paradigma da integração. Após a conscientização e a sensibilização a sociedade sobre os prejuízos da segregação destes indivíduos, foi proposta a inclusão escolar, que defende a participação de todas as crianças com deficiência em todas as atividades que eram acessíveis para estas.

Esta proposta foi adotada a partir da incorporação do modelo norte-americano de inclusão escolar, que consiste na inclusão de todos os estudantes na classe comum, mas com a possibilidade de serem inseridos em outros ambientes na escola e na comunidade, de forma a promover uma educação de qualidade e sem desigualdade. Além das falhas devido à influência do modelo é preciso ter uma busca contínua pela educação de qualidade.

As politicas relacionadas à educação vêm avançando cada vez mais, entendendo que a educação é um direito de todos, contribuindo para uma sociedade justa e humana, na qual as escolas se adequam as necessidades e subjetividades dos alunos e não ao contrário. Um dos maiores marcos da política é a Declaração de Salamanca, que defende que as escolares regulares com orientação inclusiva constituem “o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. Além disso, sugere que tais escolas podem proporcionar educação eficaz para a maioria das crianças, melhorar a eficiência e, consequentemente, o custo-benefício de todo o sistema educacional”. (UNESCO, 1994).

Ainda hoje o professor recebe duas grandes cargas distintas, uma delas como o responsável pela melhoria da qualidade de ensino e a outra no sentido de ser um profissional criticado por ter uma formação de baixa qualidade.

        Apesar disso os professores são vistos como formadores das gerações futuras e mesmo com essa responsabilidade há uma grande pobreza nos métodos pedagógicos atuais que se pautam em avaliações rígidas e primitivas, o que acaba por engessar a prática profissional e impede que esse construa um saber mais coletivo, inovador e horizontal. Isso implica em ações individualistas que não possibilitam entre os professores e profissionais uma troca de saberes, de experiência e de opiniões, fortificando uma educação apenas reprodutora de estrutura antiga, na qual os alunos não são incentivados a questionar ou contribuir com sua própria formação.

        Historicamente, a Terapia Ocupacional na área da educação era conhecida apenas no trabalho com a educação especial, objetivando um maior nível de independência e autonomia numa perspectiva clínica de inserção escolar para crianças e adolescentes com deficiência mental e/ou déficit de aprendizagem nas chamadas escolas especiais. A Terapia Ocupacional vem ganhando seu espaço e importância na área da educação à medida que busca proporcionar um contexto efetivo de aprendizagem, onde a atuação é para além da inserção e sim da inclusão escolar não só das crianças com deficiência, mas com quaisquer tipos de dificuldades escolares.