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Resumo Cravo da Índia

Por:   •  27/9/2021  •  Resenha  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  194 Visualizações

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Adriele Laitharth Perin

Estética e cosmética

Resenha referente a Aula Inaugural do semestre: "Terapias integrativas e seus Benefícios para Amenizar o stress durante a pandemia COVID 19".

Durante uma pandemia é esperado que as pessoas estejam frequentemente em estado de alerta, preocupadas, confusas, estressadas e com sensação de falta de controle diante das incertezas do momento. Estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados.

Os fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados à magnitude da epidemia e ao grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra no momento. Entretanto, é importante destacar que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças; a maioria será classificada como reações normais diante de uma situação anormal.

A pandemia COVID-19 impacta os seres humanos de maneiras específicas, visto suas características:

• Desconfiança do processo de gestão e de coordenação dos protocolos de biossegurança;

• Necessidade de se adaptar aos novos protocolos de biossegurança;

• Falta de equipamentos de proteção individual em algumas estruturas sanitárias;

• Risco de ser infectado e infectar outras pessoas;

• Sintomas comuns de outros problemas (febre, por exemplo) podem ser confundidos com a COVID-19;

• Preocupações com a perda de referência de cuidado e trocas sociais das crianças, isto é, limitações à convivência nas escolas, distanciamento da rede socioafetiva: avós, amigos, vizinhos, etc.;

• Risco de agravamento da saúde mental e física de crianças, pessoas com deficiência ou idosos que tenham sido separados de seus pais ou cuidadores devido à quarentena;

• Alteração dos fluxos de locomoção e deslocamento social.

REAÇÕES MAIS FREQUENTES:

Nesse contexto, são observadas reações das pessoas decorrentes, geralmente, de medo, tais como:

• Adoecer e morrer;

• Perder pessoas estimadas;

• Perder os meios de subsistência ou não poder trabalhar durante o isolamento e ser demitido;

• Ser excluído socialmente por estar associado à doença;

• Ser separado de entes queridos e de cuidadores devido ao regime de quarentena;

• Não receber um suporte financeiro;

• Transmitir o vírus a outras pessoas.

É esperada também que as pessoas vivenciem sensações recorrentes de:

• impotência;

• irritabilidade;

• angústia;

• tristeza.

Em caso de isolamento, podem-se intensificar os sentimentos de desamparo, tédio, solidão e tristeza. Entre as reações comportamentais mais comuns estão:

• Alterações ou distúrbios de apetite (falta de apetite ou apetite em excesso);

• Alterações ou distúrbios do sono (insônia, dificuldade para dormir ou sono em excesso, pesadelos recorrentes);

• Conflitos interpessoais (com familiares, equipes de trabalho...);

• Violência. É preciso atentar na violência doméstica e na direcionada aos profissionais de saúde;

• Pensamentos recorrentes sobre a pandemia; • Pensamentos recorrentes sobre a saúde dos familiares;

• Pensamentos recorrentes relacionados à morte e ao morrer.

EM SITUAÇÕES DE PANDEMIA, RECOMENDAM-SE AS SEGUINTES ESTRATÉGIAS:

• Reconhecer e acolher os próprios receios e medos, procurando pessoas de confiança para conversar;

• Retomar estratégias e ferramentas de cuidado empregadas em momentos de crise ou sofrimento e ações que trouxeram sensação de maior estabilidade emocional;

• Investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (meditação, leitura, exercícios de respiração, entre outros mecanismos para situar o pensamento no momento presente), estimular a retomada de experiências e habilidades usadas em tempos difíceis do passado para gerenciar emoções durante a pandemia;

• Ao trabalhar durante a pandemia, observar as necessidades básicas; garantir pausas sistemáticas durante o trabalho (se possível em um local calmo e relaxante) e entre os turnos;

• Em caso de estigma por receio de contágio, compreender a causa como fruto do medo e do estresse causado pela pandemia, não como questão pessoal. Convém dialogar com colegas de trabalho e supervisores que possam compartilhar das mesmas dificuldades, buscando soluções coparticipadas;  

• Investir e estimular ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertença social (como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário);

• Reenquadrar os planos e estratégias de vida, para seguir produzindo metas de forma adaptada às condições associadas à pandemia;

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