A CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DAS COLÔNIAS DE FUNGOS E MICROSCÓPICAS DOS FUNGOS
Por: Joyce Daniela • 31/10/2021 • Exam • 2.633 Palavras (11 Páginas) • 472 Visualizações
uNIVERSIDADE VILA VELHA
Joana Lutzke DONDONI E JOYCE DANIELA FRANCISCO BITTENCOURT
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DAS COLÔNIAS DE FUNGOS E MICROSCÓPICAS DOS FUNGOS
VILA VELHA
2017
uNIVERSIDADE VILA VELHA
Joana Lutzke DONDONI E JOYCE DANIELA FRANCISCO BITTENCOURT
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DAS COLÔNIAS DE FUNGOS E MICROSCÓPICAS DOS FUNGOS
Relatório de microbiologia apresentado a universidade Vila Velha como exigência parcial para obtenção de nota com objetivo na aprovação em microbiologia na medicina veterinária.
Orientador: Marcus Alexandre Vaillant Belt
VILA VELHA
2017
- INTRODUÇÃO:
Microbiologia é o estudo de organismos microscópicos nos seus variados aspectos como morfologia, fisiologia, reprodução, genética, taxonomia e também interação com outros seres e meio ambiente. Deriva de três palavras gregas: Micro (pequeno), bio (vida) e logia (estudo).
Os cientistas acreditam que os microrganismos foram originados há mais de 4 bilhões e anos, porém a microbiologia é uma ciência nova. Os microrganismos foram observados pela primeira vez há 300 anos, entretanto estudos significativos surgiram há apenas 100 anos. Dentre os microrganismos estudados estão vírus, bactérias, algas e fungos. Alguns esses são nocivos à saúde de animais, humanos e plantas, além disso, são responsáveis pela deterioração de tecidos, madeiras e metais. Contudo, são importantes, pois realizam alterações no ambiente e são essenciais para manutenção da vida, como por exemplo, microrganismos simbióticos.
Além da área farmacológica e médica, a microbiologia também tem grande importância na área industrial, alimentícia, genética e agricultura. Os microrganismos abordados ao longo desse trabalho serão os fungos. A micologia é o estudo dos fungos, que são seres eucariontes, divididos em unicelulares (leveduras) e multicelulares (bolores e cogumelos). Inicialmente eram considerados como vegetais, porém possuem um conjunto de características que os diferem de plantas, como por exemplo, não sintetizam clorofila ou qualquer pigmento. E possuem, também, características semelhantes aos animais, como a presença de quitina na parede da maioria das espécies de fungos e possuem capacidade de armazenar glicogênio. Hoje eles são classificados no reino Fungi.
São seres ubíquos, ou seja, estão em todos os lugares, encontram-se em vegetais, animais, no homem, em detritos e em abundância no solo. A dispersão desses fungos na natureza é feita por várias vias: animais, homem, insetos, água e, principalmente, pelo ar. Os fungos trazem tanto benefícios quanto malefícios. Entre seus benefícios estão a produção de antibióticos; são os maiores decompositores do planeta, degradando a matéria orgânica na natureza e disponibilizando nutrientes para os próximos níveis tróficos; biotransformação, auxiliam através da fermentação a produção de queijos, cervejas, vinhos, pães etc; micorrizas, associação mutualistica entre fungos e raizes de plantas; controle biológico, eliminacão de pragas em plantações; entre outros.
De 250.000 espécies de fungos, há 150 patogênicos. Entre seus maleficios estão as micoses, que é quando o fungo que está no organismo do animai causando alguma lesão. Existem as intoxicações, que através da ingestão de toxinas fúngicas, geralmente o fungo não está mais presente, provoca doenças no animal. E por fim as alergias, nas quais são causadas pela presença do fungo que vai gerar uma resposta imune exacerbada e o próprio corpo vai gerar lesões. Além de provocar biodeterioração, por exemplo, mofos em roupas, paredes, objetos e alimentos. Por esses motivos dá-se a importância da caracterização e classificação dos fungos conforme espécie, para escolher o melhor tratamento e controle biológico.
Com relação a sua morfologia são classificados em quatro tipos: Leveduras (unicelulares), bolor, cogumelo (ambos multicelulares) e há fungos que podem crescer ora bolor, ora levedura, dependendo do ambiente, temperatura e nutrientes do meio. Esses fungos são classificados como Dimórficos.
Os fungos se desenvolvem em meios especiais de cultivo, formando colônias de dois tipos: leveduriforme e filamentosas. As colônias levedurifomes, em geral, são pastosas ou cremosas e caracterizam o grupo das leveduras. Como dito acima, são fungos unicelulares, em que a própria célula cumpre as funções vegetativas e reprodutivas. As estruturas microscópicas mais comuns são os blastoconídios, que possuem forma arredondada ou ovulada. Por brotamento da célula-mãe, formam-se os brotos ou as células-filha.
As colônias filamentosas que identificam os bolores podem ser algodonosas, aveludadas, pulvurulentas, com os mais variados tipos de pigmentação. Esses organismos são constituídos fundamentalmente pelas hifas, que podem ser septadas ou não-septadas. O conjunto de hifas dá-se o nome de micélio e eles possuem especializações, como micélio vegetativo que se desenvolve no interior do substrato e é um elemento de sustentação e absorção de nutrientes. Acima tem o micélio aéreo que podem diferenciar-se ou formar estruturas de reprodução – micélio reprodutivo. Essas estruturas têm origem sexuada ou assexuada e são de importância fundamental na identificação morfológica da maioria das espécies fúngicas.
Os conídios representam o modo mais comum de reprodução assexuada e é a estrutura responsável pela dispersão dos fungos na natureza. Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados e apresentam formas diferentes, esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes etc., com parede lisa ou rugosa, formados por uma única célula ou ter septos em um ou dois planos, apresentando-se isolados ou agrupados.
Na clínica médica veterinária, isolar esses microrganismos faz parte do diagnóstico, e uma vez classificados e caracterizados com as informações supracitadas, a escolha do tratamento médico adequado. As técnicas laboratoriais pra caracterizar os microrganismos variam desde uma microscopia simples à análise de material genético encontrado na célula.
Visto isso, no presente trabalho iremos apresentar método de inoculação, caracterização macroscópica, microscópica, utilizando método de microcultivo e utilização do microscópio de luz.
2 – OBJETIVO:
O objetivo do trabalho apresentado é o cultivo e a caracterização macroscópica da colônia, de acordo com a sua coloração, forma, borda, elevação, aspecto e pregueamento. Além da caracterização microscópica dos fungos conforme sua morfologia, tudo isso a fim de identificar o possível gênero do fungo.
3 – MATERIAIS:
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