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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRI

Por:   •  16/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.102 Palavras (9 Páginas)  •  1.331 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

ANDRESSA SERAFIM CORRÊA

CIBELLE CUNHA DOS SANTOS

DÉBORA GOMES DE SOUSA

FERNANDA DE OLIVEIRA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO

Goiânia – GO

Dezembro de 2015

1. INTRODUÇÃO

O sangue é formado pelos glóbulos brancos e pelo plasma sanguíneo e é através da circulação sanguínea que as inumeráveis células do organismo, em todos os tecidos, recebem seus nutrientes. É também o sangue retornando dos tecidos que conduz o gás carbônico e os resíduos das células do corpo. Sendo o hemograma é um exame de sangue que permite a avaliação dos três componentes principais do sangue periférico: eritrócitos, leucócitos e plaquetas e, portanto, é à base de qualquer avaliação hematológica.
        As informações fornecidas pela análise do sangue periférico pretendem responder basicamente a dois questionamentos se a medula óssea está produzindo um número suficiente de células maduras de diferentes linhagens e se os processos de proliferação, diferenciação e aquisição de funções de cada tipo celular estão se desenvolvendo de maneira adequada em todas as linhagens celulares. Alterações em qualquer um desses processos indicam para o clinico ou cirurgião veterinário que aquele organismo está desenvolvendo ou desenvolveu algum processo patológico. Sendo que juntamente com os sinais clínicos e resultados laboratoriais, permitem ao veterinário responsável pelo caso chegar a um diagnostico mais preciso.

2. TÉCNICAS

2.1 Eritrograma

Contagem de Hemácias

Primeiro realizou-se uma explanação sobre os tubos para coleta de sangue, já que cada tubo corresponde a uma finalidade diferente e possui uma capacidade diferente e que deve ser rigorosamente respeitada para que haja uma correta análise hematológica. Os tubos de tampa roxa contém EDTA, um anticoagulante indicado para hemograma e plaquetograma, os de tampa verde contem heparina, anticoagulante usado para algumas espécies de silvestres e para bioquímica, além de gasometria, os de tampa azul contém citrato que é utilizado para provas hemostáticas e deve ser coletado de vasos com bastante sangue, os de tampa cinza contém fluoreto que é usado para exames de glicose. Além desses, há os tubos vermelhos para exames sorológicos e bioquímicos e vem com um ativador de coagulo e tubo amarelo que contém um gel com a mesma função do tubo vermelho.

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Figura 1 – Tubos para coleta de sangue.

Também houve uma explanação sobre a necessidade de receber amostras com a resenha do animal que deve conter informações como: nome do tutor e do paciente, telefone do tutor, data, espécie animal, raça, sexo, horário de coleta, tratamento ao qual o animal possa estar sendo submetido, história clinica resumida e observações.

Depois da amostra recebida é necessária à verificação por um patologista clinico para que se observe se há coágulos na amostra colhida com EDTA, pois caso haja é necessário fazer nova coleta e o material deverá ser descartado. Após isso realiza-se a contagem de hemácias. Esta é feita utilizando a solução de Marcano, mas pode-se utilizar também a solução de Gower ou até solução fisiológica. Pipeta-se então, 4 ml da solução de Marcano em um tubo de ensaio e 0,02 ml da amostra de sangue com anticoagulante que deve ser transferido para o tubo de ensaio com a solução de Marcano e em seguida homogeneizado. A nova solução deve ser então pipetada para preencher um dos retículos da câmara de Neubauer evitando excesso de líquido e bolhas de ar sob a lamínula limpa que é em seguida aderida firmemente à câmara.

Após isso ou coloca-se a câmara de Neubauer pronta em uma placa de petri com um papel poroso e umedecido que funcionará como uma câmara úmida enquanto é feito o leucograma ou já se procede com a contagem de hemácias na câmara de Neubauer utilizando-se de um microscópio óptico em objetiva de maior aumento, no qual a contagem de todas as hemácias encontradas é feita nos quadros marcados “H” na figura relativa ao retículo de Neubauer.

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Figura 2 – Câmara de Neubauer.[pic 4][pic 5]

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Figura 4 – Retículo da Câmara de Neubauer

O valor obtido deverá ser multiplicado por 10000.

Hematócrito

Após isso é feita a determinação do hematócrito do animal utilizando o micro hematócrito. Para isso preencher com sangue o tubo de micro hematócrito até dois terços de seu volume limpá-lo e selar o tubo, introduzindo a extremidade vazia na massa própria, com movimentos de rotação, até aproximadamente cinco mm de profundidade ou selar o mesmo com fogo. Após isso se deve coloca-lo na máquina de centrifugação pelo tempo de cinco minutos e com Cartão de Leitura de Hematócritos – CLH, realizar a leitura no diagrama, onde a linha de cima é o limite do plasma e a linha de baixo é o limiar da faixa de hemácias.

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Figura 5 – Tubo de micro hematócrito.

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Figura 6 – Máquina de centrifugação.

Proteínas plasmáticas totais

Ainda com o micro hematócrito é necessário que se faça a dosagem de proteína sérica. Esta é feita quebrando-se o micro hematócrito na área logo após a capa flogística e colocando parte do conteúdo plasmático centrifugado no refratômetro. Após isso o mesmo dará a leitura das proteínas plasmáticas totais.

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Figura 7 – Refratômetro.

Volume Corpuscular Médio (VCM)

É definido como volume médio das hemácias expresso em fentolitros. Seu calculo é feito a partir dos valores do hematócrito e da quantidade de hemoglobina do paciente.

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Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)

É a percentagem de concentração de hemoglobina em 100 ml de hemácias.

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2.2 Leucograma

Contagem total de Leucócitos

Inicia-se o leucograma com a contagem total de leucócitos que é feita colocando-se em um tubo de ensaio 0,4 ml ou 400 microlitros de solução diluidora (solução de Turk). Após isso, deve-se acrescentar 20 microlitros de amostra de sangue e em seguida homogeneizar a solução no tubo e pipetar a solução colocando-a no outro retículo da câmara de Neubauer. Feito isso se deve contar todos os leucócitos dos 4 quadrados maiores (que estão indicados com a letra L na figura do retículo da câmara de Neubauer) e multiplicar por 50. Com isso, acha-se o número total de leucócitos.

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