Resenha Animais Selvagens

RESENHA

INTRODUÇÃO

A destruição dos hábitats e sua substituição por áreas alteradas pela presença do homem, como plantações, criações de animais domésticos e áreas urbanas e naturais configura uma das maiores ameaças à sobrevivência dos animais. Esse fator de ameaça atinge dimensões ainda maiores diante da perspectiva de que a velocidade de destruição do ambiente é maior do que o avanço dos estudos sobre biologia e ecologia in situ ou sobre a reprodução em cativeiro das espécies. Portanto, corre-se o risco de não haver mais áreas disponíveis para reintrodução das diversas espécies, devido à redução de seus ambientes naturais.

O comércio ilegal de animais selvagens, considerado o terceiro maior tráfico do mundo, precedido apenas pelo tráfico de drogas e de armas, sendo um dos principais agravantes às atuais questões ambientais que ameaçam de extinção as mais diversas espécies. Estudos estimam que cerca de 12 milhões de animais sejam retirados anualmente de seus habitats, tendo como destino o mercado ilegal de animais silvestres, tanto a nível nacional quanto internacional.

O Governo Federal, através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é responsável, junto aos institutos ambientais regionais e as polícias ambientais, pela fiscalização e combate ao tráfico de animais selvagens. Devendo em casos de flagrantes que resultem na apreensão da fauna, os espécimes vivos apreendidos serem devolvidos aos seus hábitats de origem ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades semelhantes.

ANÁLISE DA OBRA

Centros especializados no recebimento de animais silvestres, os chamados centros de triagem (CETAS), já existem em diversos estados como Amazônas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, entre outros. Essas instituições têm por objetivo recepcionar, triar e tratar animais selvagens resgatados ou apreendidos pelos órgãos fiscalizadores, além de, eventualmente, receber animais selvagens de particulares, que os mantinham em cativeiro doméstico de forma irregular. Por mais que existam preceitos ditados pelo IBAMA em relação as etapas mínimas pelas quais os animais apreendidos devem passar, em sua maioria, os centros atuam de forma independente, não havendo padronização de procedimentos de maneira a potencializar o cumprimento das finalidades dessas instituições, fazendo com que os animais fiquem muitas vezes em situações aquém do ideal. a otimização e padronização do trabalho desempenhado pelos CETAS, através de protocolos para o manejo e soltura de espécies trariam inúmeros benefícios para a conservação das mesmas in situ e ex situ.

Para que se possa ter sucesso com a manutenção de animais selvagens em cativeiro, faz-se necessário, primeiramente, estudos criteriosos no tocante à sua vida no ambiente natural, levando-se em conta os seguintes aspectos: hábitat, hábitos, comportamento, uso do espaço, sazonalidade e alimentação, entre outros. Pode-se ainda, em algumas situações, ser feita a extrapolação das informações de espécies aparentadas, quando são escassas ou inexistentes as informações para a espécie.

CONCLUSÃO

Portanto,